Benki Piyãko

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Benki Piyãko
Benki Piyãko
Benki no seminário internacional “Encontro de Saberes”, em 14 de julho de 2010.
Nascimento 24 de fevereiro de 1974 (50 anos)
Apiwtxa,[1] Cruzeiro do Sul, AC[2]
Nacionalidade brasileiro
Etnia Ashaninka
Ocupação
Prémios Menschenrechts­preis (2004, 2013)
Prêmio-E (2012)

Benki Piyãko[nota 1], também Benki Pianko, Benki Piãnko e Benki Ashaninka (Apiwtxa, 24 de fevereiro de 1974[2]) é um representante político e xamânico do povo Ashaninka, localizado no Acre, na fronteira entre Brasil e Peru.[3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Benki Piyãko nasceu em 24 de fevereiro de 1974, no rio Amônia, perto da fronteira com o Peru.

A partir dos 2 anos, Benki passou a ser criado por seu avô, que lhe deu o nome Wenki (guerreiro da vida) e fez dele um pajé treinado.

De 2005 a 2007, ele foi secretário do meio-ambiente da região do rio Juruá, no Acre. Desde julho de 2007, ele dirige o centro de treinamento Yorenka Ãtame (saber da floresta), na cidade de Marechal Thaumaturgo. Atualmente, ele coordena uma colaboração com os jovens indígenas da aldeia de Marechal Thaumaturgo e, junto com eles, o projeto “Jovens Guerreiros Guardiões da Floresta”.[4]

Benki Piyãko é líder das comunidades indígenas do Acre e, além de defender a preservação de aldeias também combate a exploração predatória das terras. Procura disseminar técnicas às comunidades, que ajudem a preservar o meio ambiente.

Benki é também agente agroflorestal e vice-presidente da organização Ashaninka, onde é responsável pelo de manejo de recursos naturais.

Também tem atividade como músico e ator.[1]

O projeto Escola Yorenka Ãtame (saber da floresta), que pretendeu dar continuidade à preservação de conhecimentos tradicionais,[5] deve a sua concretização à ação de Benki Pianko. Benki soube construir uma ampla rede de relações que reuniu desde empresários cariocas até artistas da Rede Globo. Esse grupo decidiu "apoiar a ideia de uma escola para fomentar os projetos de desenvolvimento sustentável; ideia que Benki não conseguia concretizar como titular da pasta de Meio Ambiente e Turismo de Marechal Thaumaturgo por falta de apoio político e de recursos financeiros."[6]

Homenagens e premiações[editar | editar código-fonte]

Em 10 de dezembro de 2013, no Dia Internacional dos Direitos Humanos, foi-lhe atribuído o Prêmio dos Direitos Humanos (Menschenrechts­preis, em alemão) da cidade de Weimar, pelo seus esforços no convívio pacífico entre os Ashaninka e seus vizinhos brancos. A escolha do ganhador se deu a partir de uma recomendação da Sociedade para Povos Ameaçados (Gesellschaft für bedrohte Völker, em alemão).[7]

Recebeu também o Prêmio Nacional de Direitos Humanos em 2004. Este, por promover direitos humanos do povo Ashaninka e por divulgar a luta dos territórios indígenas e soberania do Brasil (a comunidade Apiwtxa, do povo Ashaninka, sofre invasões de madeireiras peruanas).[8]

Contemplado pelo Prêmio-E, em junho de 2012. O prêmio foi uma iniciativa da Unesco, do Instituto-E e da Prefeitura do Rio de Janeiro, objetivando reconhecer iniciativas de desenvolvimento sustentável.[9]

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Televisão[editar | editar código-fonte]

Ano Título Personagem
2017 A Força do Querer Ashaninka

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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  • Apiwtxa — Associação do Povo Ashaninka do Rio Amônia

Notas

  1. O nome Benki provavelmente se deriva de Wenki, “guerreiro da vida”

Referências

  1. a b de Oliveira e Elton Pacheco, Dalva (13 de agosto de 2012). «Entrevista: Benki Piyãko - vice-presidente da organização Ashanika e agente agroflorestal» (entrevista). Fundação Banco do Brasil. Consultado em 13 de dezembro de 2013 
  2. a b c Fachreferentin für Migrationsangelegenheiten der Stadt Weimar. «Begründung des Vergabebeirates, Benki Piyãko, Brasilien (Preisträger 2013)». Menschenrechtspreis der Stadt Weimar (em alemão). Consultado em 13 de dezembro de 2013 
  3. Campos, João (12 de julho de 2010). «Benki Pianko defende cautela na interação entre índios e brancos» (entrevista). Universidade de Brasília. Consultado em 10 de dezembro de 2013 
  4. name=weimar_des/> http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/instituto_e_unesco_and_rio_de_janeiro_city_hall_launch_the_e_award_to_acknowledge_outstanding_sustainable_initiatives_from_eco_92_on/#.UqrjwfTuLZE
  5. «Escola Saberes da Floresta Yorenka Ãtame». apiwtxa.org.br. 4 de junho de 2007. Consultado em 30 de agosto de 2023 
  6. Pimenta, José (7 de julho de 2014). «Etnicidade e nacionalidade entre os Ashaninka do Alto Juruá – Fronteira Brasil/Peru». Interethnic@ - Revista de Estudos em Relações Interétnicas (1). ISSN 2318-9401. doi:10.26512/interethnica.v14i1.15352. Consultado em 30 de agosto de 2023 
  7. Schwabe, Ulrike (3 de dezembro de 2013). «Menschenrechtspreis 2013 für Benki Piyãko aus Brasilien» (press release) (em alemão). Stadt Weimar. Consultado em 10 de dezembro de 2013 
  8. Instituto de Empreendedores Ambientais e Sociais - IDEAS. «Lideranças Indígenas - Benki Piyãko Ashaninka - Liderança Ashaninka». Consultado em 13 de dezembro de 2013 
  9. Comunicação (22 de junho de 2012). «Fundadores do Instituto Terra recebem prêmio na Rio+20» (entrevista). Instituto Terra. Consultado em 13 de dezembro de 2013 
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