Saltar para o conteúdo

Besouro Mangangá: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Revertidas edições por 201.29.209.229 para a última versão por Salebot (Huggle)
Linha 4: Linha 4:


==História==
==História==
besouro manganga
besouro manganga


cidade de santo amaro terra do makulele viu mestre popo e vava e viu besouro nascer
A palavra capoeirista assombrava homens e mulheres, mas o velho escravo tio Alípio nutria grande admiração pelo filho de João Grosso e Maria Haifa. Era o menino Manoel Henrique que, desde cedo, aprendeu, com o mestre Alípio, os segredos da capoeira na rua do Trapiche de Baixo, em Santo Amaro da Purificação, sendo batizado como [[mamangaba|Besouro Mangangá]] por causa da sua facilidade em desaparecer quando a hora era para tal.
A palavra capoeirista assombrava homens e mulheres, mas o velho escravo tio Alípio nutria grande admiração pelo filho de João Grosso e Maria Haifa. Era o menino Manoel Henrique que, desde cedo, aprendeu, com o mestre Alípio, os segredos da capoeira na rua do Trapiche de Baixo, em Santo Amaro da Purificação, sendo batizado como [[mamangaba|Besouro Mangangá]] por causa da sua facilidade em desaparecer quando a hora era para tal.



Revisão das 18h07min de 20 de abril de 2011

 Nota: Para outros significados de Besouro, veja Besouro (desambiguação).

Manuel Henrique Pereira (18951924), conhecido como Besouro Mangangá ou Besouro Cordão de Ouro, foi um lendário capoeirista da região de Santo Amaro da Purificação, na Bahia, no Brasil.

História

besouro manganga besouro manganga

cidade de santo amaro terra do makulele viu mestre popo e vava e viu besouro nascer A palavra capoeirista assombrava homens e mulheres, mas o velho escravo tio Alípio nutria grande admiração pelo filho de João Grosso e Maria Haifa. Era o menino Manoel Henrique que, desde cedo, aprendeu, com o mestre Alípio, os segredos da capoeira na rua do Trapiche de Baixo, em Santo Amaro da Purificação, sendo batizado como Besouro Mangangá por causa da sua facilidade em desaparecer quando a hora era para tal.

Muitos e grandiosos feitos lhe são atribuídos. Diziam que não gostava da polícia (que diversas vezes frustrou-se ao tentar prendê-lo), que tinha o "corpo fechado" e que balas e punhais não podiam feri-lo. Certa época, quando Besouro trabalhou numa usina, por não receber o ordenado, segurou o patrão pelo cavanhaque e o obrigou a pagar o que lhe devia.

As circunstâncias de sua morte são contraditórias. Há versões que afirmam que Besouro morreu em um confronto com a polícia; outras, que foi traído, com um ataque de faca pelas costas. Esta última é muito cantada e transmitida oralmente na capoeira. Um fazendeiro, conhecido por dr. Zeca, após seu filho Memeu ter apanhado de Besouro, armou uma cilada, mandando-o entregar um bilhete a um amigo que administrava a fazenda Maracangalha. Tal bilhete pedia para que seu portador fosse morto. Besouro, analfabeto, não pôde ler que aquele bilhete era endereçado ao seu assassino e que esclarecia que o portador era a vítima, ou seja, ele próprio. Assim, no dia seguinte, ao voltar para saber a resposta, quarenta soldados o estavam esperando. Um homem conhecido por Eusébio de Quibaca acertou-lhe nas costas com uma faca de tucum (ou ticum), um tipo de madeira, tida como a única arma capaz de matar um homem de corpo fechado.

Cadê o Besouro

Canção muito conhecida na capoeira:

Besouro Mangangá era homem de corpo fechado
Bala não matava e navalha não lhe feria
Sentado ao pé da cruz enquanto a polícia o seguia
Desapareceu enquanto o tenente dizia

Cadê o Besouro
Cadê o Besouro
Cadê o Besouro
Chamado Cordão de Ouro

Besouro era um homem que admirava a valentia
Não aceitava a covardia maldade não admitia
Com a traição quebrou-se a feitiçaria
Mas a reza forte só Besouro quem sabia

Atrás de Besouro,
o tenente mandou a cavalaria
No estado da Bahia
E Besouro não sabia

Já de corpo aberto,
Fez sua feitiçaria
Cada golpe de Besouro
Era um homem que caía

Hoje, Besouro é conhecido como Cordão de Ouro, o exu das sete encruzilhadas. Está presente nos terreiros de Umbanda, onde incorpora em médiuns. Besouro, quando chega no terreiro, senta-se no chão em posição de lótus. Besouro, quando vem trabalhar, não gosta muito de conversar e gira nos seus protegidos calado.[carece de fontes?]

Filme

Uma adaptação cinematográfica da história de Besouro, dirigida por João Daniel Tikhomiroff, estreou no Brasil no dia 30 de outubro de 2009. Besouro foi interpretado por Ailton Carmo. O trailer foi o de maior sucesso do cinema brasileiro no ano.

Referências

Ligações externas