Buxo
Buxus sempervirens | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Buxus sempervirens L. |
O buxo (Buxus sempervirens) é uma planta da família Buxaceae, lenhosa, em geral arbustiva, com folhas inteiras e perenes, frequentemente opostas, sem estípulas. As flores são de sexos separados e raramente estão em plantas diferentes, sendo monoclamídeas, com 4 tépalas, 4 estames epissépalos. O fruto é capsular, apresentando sementes com carúncula.
Identificação[editar | editar código-fonte]
Tem de 1 a 6 m de altura. Arbusto de madeira dura, folhagem persistente; folhas sésseis, inteiras, cerosas, brilhantes e verde-escuras na página superior, verde-claras na inferior; flores amarelas (Março-Abril), pequenas, apétalas, pistiladas ou estaminadas ma axila das folhas; cápsula trivalve, explosiva, com m6 sementes pretas e brilhantes. Sabor muito amargo.
É uma espécie originária do Velho Mundo, sendo muito cultivada para jardinagem, onde se utiliza para topiária, o que quase sempre a impede de florescer, pela poda frequente.Pois a topiária é um processo que não permite o crescimento dessa planta.
Habitat[editar | editar código-fonte]
Europa Central e Meridional. Em Portugal é possível observar magníficos exemplares de Buxus sempervirens nos vales dos grandes afluentes da margem direita do rio Douro [1], e em charnecas e matagais de Trás-os-Montes, Estremadura e Alentejo, cultivado em todo o País; até 1600 m.[2]
Utilização[editar | editar código-fonte]
É explorado para a produção de ferramentas manuais (canivetes, facas, goivas, formões, teques de olaria, etc.), na marchetaria, na escultura, na construção de instrumentos musicais (como são exemplo as flautas, as gaitas de fole, os embutidos, filetes, escalas e cravelhas de cordofones, etc.). As propriedades medicinais desta planta foram verificadas no século XII por Santa Hildegarda. No Renascimento, era considerada como remédio para a calvície. Um autor da época citou o drama de uma jovem camponesa cujo crânio se tornou calvo como um ovo; a aplicação da loção de buxo desenvolveu-lhe a magnífica cabeleira, mas o rosto e o pescoço tornaram-se cabeludos como os de um aímio. Partes utilizadas: casca da raiz, folhas. Propriedades: colerético, depurativo, febrífugo, laxativo, sudorífico. Utilizar com precauções.[2]
Referências
- ↑ Silva, J. Sande Árvores e florestas de Portugal: floresta e sociedade, uma história comum. Lisboa: Jornal Público, Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Liga para a Protecção da Natureza. 2007. ISBN 978-989-619-104-7
- ↑ a b Selecção do Reader's Digest, SARL. Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. 1983.