Cabanas de Torres

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Portugal Cabanas de Torres 
  Freguesia portuguesa extinta  
Localização
Cabanas de Torres está localizado em: Portugal Continental
Cabanas de Torres
Localização de Cabanas de Torres em
Map
Mapa de Cabanas de Torres
Coordenadas 39° 09' 16" N 9° 03' 58" O
município primitivo Alenquer
município (s) atual (is) Alenquer
Freguesia (s) atual (is) Abrigada e Cabanas de Torres
História
Extinção 2013
Características geográficas
Área total 6,79 km²
População total (2011) 989 hab.
Densidade 145,7 hab./km²
Outras informações
Orago São Gregório Magno
Localização da antiga Freguesia de Cabanas de Torres no Município de Alenquer

Cabanas de Torres foi uma freguesia portuguesa do município de Alenquer, com 6,83 km² de área e 989 habitantes (2011)[1]. Densidade: 144,8 hab/km².

Fonte em Cabanas de Torres.
Moinho de vento em Cabanas de Torres.

Foi extinta (agregada), em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Abrigada, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres com sede em Abrigada.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Cabanas de Torres localiza-se no distrito de Lisboa, concelho de Alenquer, sendo constituída pelas localidades de Cabanas de Torres e Paúla, que se situam no início das vertentes orientais da Serra de Montejunto.

Esta localidade, bem como a sua origem e fundação estão referenciadas há já muito tempo, e terá sido fundada há mais de quinhentos anos por população oriunda da região de Torres Vedras, em virtude de uma peste que terá assolado a região naquele tempo. Contudo, e a ser verdadeira a origem de vários instrumentos líticos existentes no Museu Municipal Hipólito Cabaço em Alenquer, é possível encontrar uma ocupação deste local desde o neolítico conforme diversos achados arqueológicos descobertos por populares por toda a extensão da localidade e comprovados pela descoberta do Algar do Bom Santo em 1991. Esta descoberta aconteceu a quatro quilómetros da localidade em plena serra perto do lugar do Bom Santo em Abrigada e a sua última ocupação terá sido no neolítico final. Sobre a origem do nome da localidade tanto as fontes clássicas como a crença local são unânimes: a população ter-se-á fixado nesta região da Serra de Montejunto e ali terá feito umas cabanas para se abrigarem .

Tanto os abrigos, como o vento, estão bem patentes na toponímia local. A freguesia da vertente leste da serra de Montejunto é Abrigada, e a localidade mais a oeste desta freguesia e que está mais próxima de Cabanas de Torres, é Cabanas do Chão .

População[editar | editar código-fonte]

Nº de habitantes [3]
Censo 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
Habit 447 562 636 687 782 866 1 048 1 188 1 292 1 296 1 126 1 161 1 073 1 013 989
Varº +26% +13% +8% +14% +11% +21% +13% +9% +0% -13% +3% -8% -6% -2%

Grupos etários em 2001 e 2011

0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos 65 e + anos
Hab 158 | 126 120 | 125 515 | 488 220 | 250
Var -20% +4% -5% +14%

Economia[editar | editar código-fonte]

Em termos económicos, Cabanas de Torres vive da agricultura, vitivinicultura, transformação de mármore, fornos de carvão, serração de madeiras, construção civil e comércio.

Património edificado[editar | editar código-fonte]

Festas e romarias[editar | editar código-fonte]

Colectividades[editar | editar código-fonte]

As principais colectividades existentes nesta localidade são:

  • Montejunto Orquestra Clube
  • Centro Cultural de Paúla
  • Associação Musical de Cabanas de Torres
  • Rancho Folclórico "Flor de Montejunto" de Cabanas de Torres
  • Rancho Folclórico "Primavera em Flor" de Paúla

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

CARDOSO, P. Luís, Diccionário Geográfico ou Noticia Histórica, Tomo Segundo, pág. 319, Lisboa, 1751, ANTT; Dicionário Geográfico, vol. VIII, rolo 311, fólios 31 e 32, ANTT.

Referências

  1. «População residente, segundo a dimensão dos lugares, população isolada, embarcada, corpo diplomático e sexo, por idade (ano a ano)». Informação no separador "Q601_Centro". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 1 de Março de 2014. Cópia arquivada em 4 de Dezembro de 2013 
  2. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro (Reorganização administrativa do território das freguesias). Acedido a 2 de fevereiro de 2013.
  3. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes