Centro Empresarial de São Paulo

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Vista parcial do centro empresarial.
Foto aérea frontal. Imagem por Daniel Frias @da.frias
Cenesp do alto. Bairro Jardim São Luiz ao fundo. Foto por Daniel Frias @da.frias

O Centro Empresarial de São Paulo (CENESP) é um complexo de escritórios localizado próximo à Marginal Pinheiros em São Paulo. O complexo abriga diversas empresas, como Rhodia e Tivit.[1]

Características[editar | editar código-fonte]

Com área construída de 350 mil metros quadrados em um terreno de 23 hectares, o condomínio tem um total de 144 mil metros quadrados de área bruta locável divididos em seis edifícios[2], com ar-condicionado central e carpete não propagador de fogo.[3]

O sistema de ar-condicionado só era menor em 1987 do que o do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.[3] Cada edifício tem sete elevadores, três escadas com portas corta-fogo e, já na inauguração, tubulações de transporte pneumático para documentos e correspondências.[3] O sistema de comunicações da época da inauguração só tinham par no Brasil nas instalações da Petrobras, no Rio de Janeiro, e no Congresso Nacional, em Brasília.[3] o volume de ligações telefônicas feitas no Cenesp na segunda metade dos anos 1980 era o equivalente ao de uma cidade como Botucatu.[3] Entre cada andar existe um "interandar", com dois metros de altura, por onde passam fios, tubos e dutos necessários para a infraestrutura de cada edifício, de onde é possível fazer a manutenção sem interromper o expediente de cada empresa.[3] O sistema eletrônico de segurança foi projetado pela mesma empresa que havia desenvolvido os sistemas do Banco Central e da Casa da Moeda.[3]

Apesar de tudo isso, os valores dos imóveis em 1987 eram cerca de 25% mais baratos que na região da Avenida Paulista, já que o valor do metro quadrado na região da Marginal Pinheiros era cerca de 90% menor.[3] Para quem vê de fora a paisagem dos prédios parece quase desabitada, pois quase todo o movimento de funcionários e visitantes é feito em galerias subterrâneas, onde existe um centro comercial que já contava com sessenta lojas em sua abertura, além de agências bancárias, restaurantes e lanchonetes.[3] Também na época da inauguração contava com a maior cozinha da América do Sul[carece de fontes?], para atender o restaurante self-service e os restaurantes executivos.

O CENESP já foi considerado um dos maiores complexos de escritórios do hemisfério sul mas considerando a área bruta locável — o espaço disponível para os escritórios, já foi desbancado por outros empreendimentos como o Centro Empresarial Nações Unidas (CENU).

História[editar | editar código-fonte]

Sua construção foi iniciada em 1974, quando o êxito do projeto foi bastante questionado.[3] Para esses críticos, o empresariado em geral não estaria disposto a trabalhar longe do centro da cidade e de suas próprias residências, mas em 1986 o conjunto já era considerado um "êxito imobiliário", segundo a revista Veja em São Paulo.[3] O investimento total foi de doze milhões de dólares, e o patrimônio era avaliado em duzentos milhões de dólares em 1987.[3] Muitas empresas que tinham diversos escritórios na capital paulista optaram por agrupar suas atividades no Centro Empresarial.[3] O empreendimento é considerado um dos que influenciaram no desenvolvimento da área da Marginal Pinheiros como região empresarial.[3]

Com o aumento da oferta de imóveis corporativos na região da Marginal Pinheiros, diversos locatários passaram a se mudar do Centro Empresarial atraídos por edifícios mais modernos e mais bem localizados.

Hoje, o empreendimento passa por uma crise de vacância e tem cerca de 60% dos seus locais vagos.[4]

Referências

  1. http://www.centroempresarial.com.br/pt-br/empresas/
  2. Julião •, Henrique. «Cenesp conclui revitalização de R$ 101 milhões». DCI Diário Comércio Indústria e Serviços. Consultado em 17 de fevereiro de 2019 
  3. a b c d e f g h i j k l m n «Meca dos negócios». Editora Abril. Veja em São Paulo: págs. 10 e 11. 23 de julho de 1986 
  4. «Relatório Mensal do Fundo de Investimento Imobiliário FII CENESP» (PDF). Novembro de 2018. Consultado em 16 de fevereiro de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]