Chaby Pinheiro
Chaby Pinheiro | |
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Chaby Pinheiro | |
Nome completo | António Augusto de Chaby Pinheiro |
Nascimento | 12 de janeiro de 1873 Madalena, Lisboa, Portugal |
Nacionalidade | português |
Morte | 6 de dezembro de 1933 (60 anos) São Pedro de Penaferrim, Sintra, Portugal |
Ocupação | Ator |
Atividade | 1896-1933 |
Cônjuge | Jesuína de Chaby |
Assinatura |
António Augusto de Chaby Pinheiro mais conhecido por Chaby Pinheiro (Madalena, Lisboa, 12 de janeiro de 1873 — São Pedro de Penaferrim, Sintra, 6 de dezembro de 1933) foi um ator português.
Biografia
[editar | editar código-fonte]António Augusto de Chaby Pinheiro nasceu em 12 de janeiro de 1873 em Lisboa, na freguesia da Madalena, e foi batizado nessa freguesia a 9 de fevereiro de 1873, como filho de Fortunato Emídio Duarte Pinheiro, natural de Lisboa (freguesia da Madalena), e Margarida Luísa Pereira d’Eça Chaby, natural de Lisboa (freguesia de Santo Estêvão).[1][2][3][4][5][6]
[carece de fontes] Estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa mas não terminou a licenciatura.[3] Trabalhou na Direcção-Geral dos Correios, Telégrafos e Faróis.[3]
O contacto com grandes vultos das artes e das letras fez despertar nele a vocação para o teatro.[7] Iniciou-se profissionalmente na companhia teatral Rosas & Brasão em 10 de Outubro de 1896,[3] fazendo parte do elenco da peça O Tio Milhões[1][4] no Teatro Nacional D. Maria II.[2] Participou em grandes êxitos do teatro português, trabalhando em diversos géneros, incluindo a Revista.[8] Representou em mais de 60 espectáculos, destacando-se em: Teresa Raquin (1896), de Émile Zola; A Casa das Bonecas (1899-1900), de Henrik Ibsen e A Maluquinha de Arroios (1916), de André Brun.[4][8] Encenou três peças: O Amigo de Peniche (1920); A Vida de um Rapaz Gordo (1922), para a Companhia Cremilda-Chaby Pinheiro e O Leão da Estrela (1925), já na Companhia Chaby Pinheiro.[4]
Casou civilmente, a 17 de março de 1918, com 44 anos, em Lisboa, com Jesuína Saraiva, filha ilegítima de José Francisco Pereira, natural de São Miguel do Outeiro (Tondela), e de Maria José de Oliveira, natural do Porto, freguesia de Santo Ildefonso.[9]
No cinema apareceu em Lisboa, Crónica Anedótica (1930), de Leitão de Barros.[1][4]
A sua representação foi condicionada pelo facto de ser obeso.[2] Destacou-se essencialmente como cómico, tanto em Portugal como no Brasil.[2] Em 1931 participou em Xá Bi Tudo, de Fernando Ávila, aquela que seria a sua última revista, retirando-se definitivamente da vida artística.[4]
Chaby Pinheiro faleceu de hemorragia cerebral em 6 de dezembro de 1933, aos 60 anos, na Vivenda Jesuína de Chaby, que possuía com a mulher junto ao apeadeiro do Algueirão, então na freguesia de São Pedro de Penaferrim (atualmente Algueirão-Mem Martins), do concelho de Sintra. Não deixou descendência.[9][10] Foi sepultado no Cemitério do Alto de São João.[1][2][3][4]
As Memórias de Chaby Pinheiro foram publicadas postumamente, em 1938.[2]
Teatro
[editar | editar código-fonte]Algumas das suas 63 peças:
- O Tio Milhões (1896);
- Teresa Raquin (1899);
- A Casa de Boneca (1899-1900) de Henrik Ibsen com apresentações no Brasil;[11]
- A Maluquinha de Arroios (1916);
- Xá Bi Tudo (1931).[4]
Filmografia
[editar | editar código-fonte]- Lisboa, Crónica Anedótica (1930, Documentário) de Leitão de Barros[1][4]
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Chaby Pinheiro, António Augusto de (1938). Memórias de Chaby. Lisboa: Editora Gráfica Portuguesa. OCLC 4935733
Homenagens
[editar | editar código-fonte]- Teatro Chaby Pinheiro na Nazaré (MIM);[12]
- Foi condecorado com a Ordem de Santiago.[4]
Referências
- ↑ a b c d e Enciclopédia Larousse. 14. [S.l.: s.n.] ISBN 978-972-759-934-9
- ↑ a b c d e f Grande Enciclopédia Universal. 15. [S.l.: s.n.] ISBN 84-96330-15-x Verifique
|isbn=
(ajuda) - ↑ a b c d e Grande Livro dos Portugueses. [S.l.: s.n.] ISBN 972-42-0143-0
- ↑ a b c d e f g h i j «Ficha de Pessoa : "Chaby Pinheiro "». Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal. 13 de Novembro de 2012. Consultado em 16 de maio de 2016
- ↑ Nós, Portugueses. «António Augusto de Chaby Pinheiro». Nós, Portugueses. Consultado em 12 de junho de 2020
- ↑ «Livro de registo de baptismos da Paróquia da Madalena - Lisboa (1862-1877)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. 107 e 107v, assento 6 do ano de 1873
- ↑ «Chaby Pinheiro, um lisboeta no palco». Toponímia de Lisboa. 4 de janeiro de 2013. Consultado em 8 de abril de 2018
- ↑ a b Infopédia. «Artigo de apoio Infopédia - Chaby Pinheiro». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 8 de abril de 2018
- ↑ a b «Livro de registo de casamentos da 3.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa (01-01-1918 a 13-04-1918)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. 154, assento 154
- ↑ «Livro de registo de óbitos da Conservatória do Registo Civil de Sintra (1933)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. 324, assento 647
- ↑ Silva, Jane Pessoa da (2007). Ibsen no Brasil. Historiografia, Seleção de textos Críticos e Catálogo Bibliográfico (Tese de Mestrado). ???. São Paulo: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (USP). p. ???. Consultado em 28 de setembro de 2011
- ↑ Teatro Chaby Pinheiro na base de dados Ulysses da Direção-Geral do Património Cultural. Consultado em 2016-05-16.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Chaby Pinheiro. no IMDb.
- «Município da Nazaré». (Teatro Chaby Pinheiro)
- «O São Luiz». Texto de Vítor Pavão dos Santos (2002) [ligação inativa]. Arquivo de 2010-06-09