Christiane Paquelet

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Christiane Paquelet
medalhista pan-americana
Christiane Paquelet
Paquelet em 1970
Natação
Estilo costas
Nacionalidade brasileira
Clube Fluminense Football Club
Medalhas
Jogos Pan-Americanos
Bronze Cali 1971 4x100m livre
Bronze Cidade do México 1975 4x100m livre
Bronze Cidade do México 1975 4x100m medley

Christiane Paquelet é uma museóloga e ex-nadadora brasileira. Foi recordista sul-americana e conquistou três medalhas em Jogos Pan-Americanos. Fez carreira no Fluminense Football Club.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Com 13 anos, já era a recordista brasileira dos 200 e 400 metros livre e sul-americana dos 800 metros livre.[1] Participou da campanha do vice-campeonato do Fluminense no Troféu Brasil de 1971, quando o Botafogo foi campeão. Venceu a prova dos 200 metros costas.[2][3] Foi convocada para disputar os Jogos Pan-Americanos de 1971, em Cali.[4] Foi medalha de bronze no 4x100m livre.[5]

Em 1974, ajudou o Brasil a conquistar o recorde sul-americano dos 4x100m livre durante a Copa Latina, na França. O quarteto formado por Paquelet, Maria Elisa Guimarães, Jaqueline Mross e Lucy Burle ficou em terceiro.[6]

Estabeleceu o novo recorde sul-americano nos 100 metros costas em 1975, durante o Troféu Brasil. Na época, o Fluminense se sagrou campeão da disputa.[7]

Disputou o Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 1975, na Colômbia, onde competiu em provas individuais e nos revezamentos, mas sem chegar às finais.[8][9][10] Competiu ainda nos Jogos Pan-Americanos do mesmo ano, na Cidade do México, sendo medalha de bronze nos revezamentos 4x100m livre e medley.[11]

Deixou a natação em 1976, aos 19 anos. Já com a aposentadoria anunciada, participou do Troféu Brasil daquele ano, com título para o Fluminense. A nadadora não escondeu a mágoa com as críticas que vinha recebendo por causa de seu rendimento na piscina.[12]

Trabalhou de 2000 a 2015 como diretora cultural do Comitê Olímpico do Brasil, onde era uma das responsáveis pela preservação da memória olímpica do país.[13][14] Deixou o cargo após aparecer no livro Atletas Olímpicos Brasileiros, da professora Kátia Rubio, que relatava uma participação da nadadora nos Jogos Olímpicos de 1972. O livro citava que Paquelet foi aos Jogos, mas uma lesão a impediu de competir. No entanto, a ex-nadadora admitiu ter mentido sobre sua presença na competição e pediu desculpas para a pesquisadora, deixando o cargo que exercia no COB.[15][14][13]

Referências

  1. «Gente nova, sangue novo. O futuro começa num ano que finda». Correio da Manhã. 1 de janeiro de 1970 
  2. «Flu comanda Troféu com recorde». Jornal dos Sports. 16 de janeiro de 1971 
  3. «Botafogo bate Flu e ganha o Troféu Brasil». Jornal dos Sports. 18 de janeiro de 1971 
  4. «Nem só a vitória interessa aos que vão nadar em Cáli». Correio da Manhã. 23 de julho de 1971 
  5. «O esforço heroico por 30 medalhas». Jornal dos Sports. 15 de agosto de 1971 
  6. «Brasil supera recorde na Copa Latina». Jornal dos Sports. 14 de abril de 1974 
  7. «Flu é campeão do Troféu Brasil de Natação». Jornal dos Sports. 17 de março de 1975 
  8. «Queda de madruga causa surpresa». Jornal dos Sports. 26 de julho de 1975 
  9. «Maria Elisa diminui, mas é eliminada». Jornal dos Sports. 27 de julho de 1975 
  10. «Dia foi ruim para brasileiros». Jornal do Brasil. 24 de julho de 1975 
  11. «As 43 medalhas dos brasileiros». Jornal do Brasil. 27 de outubro de 1975 
  12. «O adeus de Paquelet». Jornal do Brasil. 25 de janeiro de 1976 
  13. a b «Diretora admite mentira em livro e deixa cargo no Comitê Olímpico do Brasil». olimpiadas.uol.com.br. Consultado em 5 de abril de 2024 
  14. a b «Ex-nadadora admite ter mentido sobre ida aos Jogos Olímpicos e deixa COB». www.uol.com.br. Consultado em 5 de abril de 2024 
  15. «Katia Rubio aceita desculpas de dirigente do COB que se demitiu». Estadão. Consultado em 5 de abril de 2024 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]