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Cinturão de Van Allen: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Magnetosphere rendition.jpg|thumb|right|300px|A [[magnetosfera]] protege a superfície da Terra das partículas carregadas do [[vento solar]]. É comprimida no lado diurno (Sol) devido à força das partículas chegantes, e estendido no lado noturno.]]


O '''Cinturão de Van Allen''' é uma região onde ocorrem vários fenômenos atmosféricos devido a concentrações de [[partícula]]s no [[campo magnético terrestre]], descobertas em 1958 por [[James Van Allen]]. As [[radiação|radiações]] de Van Allen não ocorrem, salvo em raras exceções, nos [[pólo]]s, e sim na região [[equador|equatorial]]. Estas formam dois cinturões em forma de anéis, com centro no equador. O mais interno se estende entre as altitudes de mil e cinco mil quilômetros, sua intensidade máxima ocorrendo em média aos três mil quilômetros. Consiste de [[próton]]s altamente energéticos, que se originam pelo decaimento de [[nêutron]]s produzidos quando [[raio cósmico|raios cósmicos]] vindos do [[espaço]] exterior colidem com [[átomo]]s e [[molécula]]s da [[atmosfera]] terrestre. Parte dos nêutrons é ejetada para fora da atmosfera e se desintegra em prótons e [[elétron]]s ao atravessar esta região do cinturão. Essas partículas se movem em trajetórias espirais ao longo de linhas de força do [[campo magnético]] terrestre.
O '''Cinturão de Van Allen''' é uma região onde ocorrem vários fenômenos atmosféricos devido a concentrações de [[partícula]]s no [[campo magnético terrestre]], descobertas em 1976 por [[James Van Allen cocão]]. As [[radiação|radiações]] de Van Allen não ocorrem, salvo em raras exceções, nos [[pólo]]s, e sim na região [[equador|equatorial]]. Estas formam dois cinturões em forma de anéis, com centro no equador. O mais interno se estende entre as altitudes de mil e cinco mil quilômetros, sua intensidade máxima ocorrendo em média aos três mil quilômetros. Consiste de [[próton]]s altamente energéticos, que se originam pelo decaimento de [[nêutron]]s produzidos quando [[raio cósmico|raios cósmicos]] vindos do [[espaço]] exterior colidem com [[átomo]]s e [[molécula]]s da [[atmosfera]] terrestre. Parte dos nêutrons é ejetada para fora da atmosfera e se desintegra em prótons e [[elétron]]s ao atravessar esta região do cinturão. Essas partículas se movem em trajetórias espirais ao longo de linhas de força do [[campo magnético]] terrestre.


O segundo cinturão, que fica situado entre 15.000 e 25.000 [[km]], contém partículas eletricamente carregadas de origem tanto atmosférica quanto solar. São principalmente [[íon]]s [[hélio]] trazidos pelo [[vento solar]]. As partículas mais energéticas deste são elétrons cuja energia atinge várias centenas de milhares de elétrons-volt. Os prótons são muito menos energéticos do que os do primeiro cinturão, porém seu fluxo é mais intenso.
O segundo cinturão, que fica situado entre 15.000 e 25.000 [[km]], contém partículas eletricamente carregadas de origem tanto atmosférica quanto solar. São principalmente [[íon]]s [[hélio]] trazidos pelo [[vento solar]]. As partículas mais energéticas deste são elétrons cuja energia atinge várias centenas de milhares de elétrons-volt. Os prótons são muito menos energéticos do que os do primeiro cinturão, porém seu fluxo é mais intenso.

Revisão das 19h36min de 13 de agosto de 2012

Luminescência noturna
Aurora Boreal
A magnetosfera protege a superfície da Terra das partículas carregadas do vento solar. É comprimida no lado diurno (Sol) devido à força das partículas chegantes, e estendido no lado noturno.

O Cinturão de Van Allen é uma região onde ocorrem vários fenômenos atmosféricos devido a concentrações de partículas no campo magnético terrestre, descobertas em 1976 por James Van Allen cocão. As radiações de Van Allen não ocorrem, salvo em raras exceções, nos pólos, e sim na região equatorial. Estas formam dois cinturões em forma de anéis, com centro no equador. O mais interno se estende entre as altitudes de mil e cinco mil quilômetros, sua intensidade máxima ocorrendo em média aos três mil quilômetros. Consiste de prótons altamente energéticos, que se originam pelo decaimento de nêutrons produzidos quando raios cósmicos vindos do espaço exterior colidem com átomos e moléculas da atmosfera terrestre. Parte dos nêutrons é ejetada para fora da atmosfera e se desintegra em prótons e elétrons ao atravessar esta região do cinturão. Essas partículas se movem em trajetórias espirais ao longo de linhas de força do campo magnético terrestre.

O segundo cinturão, que fica situado entre 15.000 e 25.000 km, contém partículas eletricamente carregadas de origem tanto atmosférica quanto solar. São principalmente íons hélio trazidos pelo vento solar. As partículas mais energéticas deste são elétrons cuja energia atinge várias centenas de milhares de elétrons-volt. Os prótons são muito menos energéticos do que os do primeiro cinturão, porém seu fluxo é mais intenso.

Via de regra, não existe entre os dois cinturões uma delimitação; eles fundem-se em altitudes variáveis. Durante os períodos de intensa atividade solar, grande parte das partículas eletricamente carregadas vindas do Sol consegue romper a barreira formada pelos cinturões de radiação de Van Allen. Ao atingir a alta atmosfera produzem os fenômenos de auroras polares e as tempestades magnéticas.


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