Saltar para o conteúdo

Citicolina

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Citicolina
Estrutura química de Citicolina
Nome IUPAC (sistemática)
5'-O-[hydroxy({hydroxy[2-(trimethylammonio)ethoxy]
phosphoryl}oxy)phosphoryl]cytidine
Identificadores
987-78-0
33818-15-4--
N06BX06
13805
Informação química
489,332 g/mol
Farmacocinética
Considerações terapêuticas
Aviso médico

Citicolina é um fármaco ativador e reconstituinte cerebral. Possui ação protetora do cérebro, estimula a produção de fosfolípidos e reduz o nível de ácidos gordos livres.[1] É utilizada no envelhecimento neuronal, insuficiência vascular cerebral, sequelas de AVC e na melhora de performance de memória.[2] Nas isquemias, como é um fármaco precursor da fosfatidilcolina, atua como um estabilizador da membrana neuronal, protegendo o local da separação da fosfatidilcolina de seus ácidos graxos livres, importantes na formação de radicais livres.[3]

O fármaco é eliminado pela lactação e não é administrado em mulheres que amamentam. Em grávidas seu uso não está totalmente elucidado por falta de estudos clínicos. Nas hemorragias cerebrais intracranianas a dose limite corresponde a 600 mg/dia.[2]

Interações medicamentosas

[editar | editar código-fonte]

A citicolina aumenta o potencial de ação da L-dopa, sendo assim, os médicos avaliam cuidadosamente a prescrição deste medicamento quando o paciente faz tratamento com meclofenoxato e centrofenoxina.[2]

Controvérsia

[editar | editar código-fonte]

Segundo a Nota Técnica N° 14 /2012 (atualizada em 24/11/2015) do Ministério da Saúde, além do fármaco não ser aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration), não há evidências sólidas de que a Citicolina tenha eficácia na prevenção de delirium e alguma melhora neurológica após infarto cerebral. Estudos mal elaborados sugerem que citicolina pode ser benéfica em pacientes idosos com insuficiência vascular cerebral crônica - necessitando de mais estudos para comprovar os supostos benefícios.[4]

Notas e referências

  1. Revista de Neurología. «Estado acutal da citicolina na isquémia cerebral». Consultado em 12 de setembro de 2009 
  2. a b c P.R. Vade-mécum ABIMIP 2006/2007
  3. MORENO, J. Marta. Abordaje práctico del delirium: síndrome confusional. [S.l.: s.n.] 
  4. SAÚDE, Ministério (24 de novembro de 2015). «Nota Técnica N° 14 /2012 (atualizada em 24/11/2015)*» (PDF). Ministério da Saúde. Consultado em 12 de junho de 2018