Clara Immerwahr

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Clara Immerwahr
Clara Immerwahr
Clara Immerwahr, ca. 1890
Nascimento Clara Helene Immerwahr
21 de junho de 1870
Comuna de Środa Śląska
Morte 2 de maio de 1915 (44 anos)
Berlim
Residência Berlim
Sepultamento Friedhof am Hörnli
Nacionalidade alemã
Cidadania Reino da Prússia
Progenitores
  • Philipp Immerwahr
  • Anna Immerwahr
Cônjuge Fritz Haber
Filho(a)(s) Hermann Haber
Alma mater Universidade de Wrocław
Ocupação química, ativista pelos direitos das mulheres, ativista pela paz
Orientador(a)(es/s) Richard Abegg
Campo(s) química
Religião luteranismo, Judaísmo
Causa da morte suicídio

Clara Immerwahr (Comuna de Środa Śląska, 21 de junho de 1870Berlim, 2 de maio de 1915) foi uma química alemã.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Clara Immerwahr nasceu em uma família judia, na atual Polônia, numa fazenda perto de Breslau, em 21 de junho de 1870. Era a mais nova dos quatro filhos de Anne e Philipp Immerwahr. Seu pai era químico, e foi com ele que Clara se mudou para Breslau após a morte da mãe em 1890. Foi a primeira mulher alemã a doutorar-se em química, pela Universidade de Wrocław.[1]

Em 1901 casou com o químico Fritz Haber. Ela contribuiu para o avanço das pesquisas de seu marido, no entanto, devido ao estereótipo do papel feminino para a época, nunca teve sua participação reconhecida e a sua investigação científica foi prejudicada.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Haber colaborou intensamente com o militarismo alemão e desempenhou um papel importante no desenvolvimento da armas químicas, especialmente gases venenosos. Seus esforços culminaria com a supervisão da Segunda Batalha de Ypres, - no qual houve o primeiro ataque de gás na história militar - em Flandres, Bélgica em 22 de abril de 1915. Haber depois voltou para Berlim.

Pouco tempo após seu retorno, Immerwahr de posse de uma pistola militar de Haber, cometeu suicídio com um tiro no peito. Ela morreu nos braços do filho. Na manhã após sua morte Haber imediatamente saiu de casa para encenar o primeiro ataque a gás contra os russos na Frente Oriental.[2][3] O suicídio de Clara nunca foi divulgado por jornais, e não há evidência de que houve uma autópsia. A natureza não documentada de sua morte levou a controvérsias quanto aos prováveis motivos do suicídio.

Sepultura no Friedhof am Hörnli, Basileia

Fritz Haber se casou novamente mais tarde. Ele deixou a Alemanha por causa da perseguição nazista. Fritz Haber morreu em Basileia, Suíça, em 1934.[4] Posteriormente, o filho de Clara Immerwahr e Fritz Haber, Hermann Haber, emigrou para os Estados Unidos e cometeu suicídio em 1946.[4] Um de seus outros filhos, Ludwig ("Lutz") Fritz Haber (1921-2004, filho de Fritz Haber e sua segunda esposa, Charlotte), publicou um livro sobre a história do gás venenoso, The Poisonous Cloud (1986).[5]

Referências

  1. Cornwell, John (2003). Hitler's Scientists, Science, War and the Devil's Pact. [S.l.]: Penguin Press. p. 49. ISBN 0-14-20-0480-4 
  2. Cornwell, John (2003). Hitler's Scientists, Science, War and the Devil's Pact. [S.l.]: Penguin Press. p. 65. ISBN 0-14-20-0480-4 
  3. Stoltzenberg, Dietrich (1998). Fritz Haber: Chemiker, Nobelpreisträger, Deutscher, Jude: eine Biographie. [S.l.]: Weinheim. p. 356 
  4. a b Stoltzenberg, Dietrich (1998). Fritz Haber: Chemiker, Nobelpreisträger, Deutscher, Jude: eine Biographie. [S.l.]: Weinheim 
  5. «Lutz F. Haber (1921–2004)» (PDF). University of Illinois at Urbana-Champaign. Consultado em 10 de Julho de 2011. Arquivado do original (PDF) em 12 de Junho de 2010 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboço Este artigo sobre um(a) químico(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Clara Immerwahr