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Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas

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Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas
Sede da DGLAB, no edifício do Arquivo Nacional da Torre do Tombo.
Organização
Natureza jurídica Serviço central da administração direta do Estado Português
Missão Assegurar a coordenação do sistema nacional de arquivos e a execução de uma política integrada do livro não escolar, das bibliotecas e da leitura.
Dependência Governo de Portugal
Ministério da Cultura
Chefia Silvestre de Almeida Lacerda, Diretor
José Maria Salgado, Subdiretor
Órgãos subordinados Área do Livro;
Área dos Arquivos;
Área das Bibliotecas.
Número de funcionários 374 (2021)
Orçamento anual 11 803 627 € (2020)
Documentos institucionais Decreto-Lei n.º 103/2012, de 16 de maio(Lei orgânica)
Portaria nº 192/2012 de 19 de junho(Estrutura Nuclear)
Despacho nº 9339/2012(Estrutura das unidades orgânicas flexíveis)
Decreto-Lei nº 141/2015, de 31 de julho(Integração, por fusão, do Arquivo Histórico Ultramarino na DGLAB)
Localização
Jurisdição territorial Portugal Portugal
Sede Edifício do Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Alameda da Universidade, Alvalade, Lisboa
38° 45' 17" N 9° 9' 23" O
Histórico
Antecessor Direção-Geral do Livro e das Bibliotecas;
Direção-Geral dos Arquivos.
Criação 01 de junho de 2012 (12 anos)
Sítio na internet
https://dglab.gov.pt

A Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, também conhecida por DGLAB, é um serviço central da administração direta do Estado Português, dotado de autonomia administrativa, que tem por missão assegurar a coordenação do sistema nacional de arquivos e a execução de uma política integrada do livro não escolar, das bibliotecas e da leitura.

Foi criada em 2012, na dependência da Presidência de Conselho de Ministros/Secretário de Estado da Cultura, após a fusão entre dois organismos: a DGLB – Direção-Geral do Livro e das Bibliotecas e a DGARQ – Direção-Geral de Arquivos.[1][2][3]

Organização

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Área do Livro

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Direção de Serviços do Livro

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Desenvolve um programa integrado com o objetivo de promover a leitura e elevar os índices de literacia, em articulação com os sectores público e privado; fomentar a criação em todos os domínios da produção literária, através do apoio a autores, editores e entidades que concorrem para o desenvolvimento do setor; apoiar e promover a edição de obras que contribuam para um maior conhecimento do património literário português; atribuir e patrocinar prémios literários e de ilustração; planear e executar programas de divulgação dos autores portugueses no estrangeiro; apoiar o setor do livro e da leitura nos PALOP, em parceria com organismos nacionais e africanos; produzir e disponibilizar ao público informação sobre escritores e ilustradores portugueses.[4]

São atribuições da DGLAB na área do livro:[5]

  • Assegurar o desenvolvimento de uma política do livro não escolar e da leitura;
  • Promover a leitura, em articulação com os setores públicos e privado;
  • Fomentar a criação em todos os domínios da produção literária, através do apoio à criação e à edição, a prémios e a entidades que concorram para o desenvolvimento do setor do livro, em termos a definir em diploma próprio;
  • Estimular a pesquisa e a elaboração de estudos, em particular sobre o mercado do livro e sobre os hábitos de leitura, em articulação com o Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais (GEPAC);
  • Elaborar e desenvolver programas e projetos que contribuam para a consolidação de uma economia sustentável do setor do livro;
  • Planear e executar a difusão dos autores portugueses e das respetivas obras no estrangeiro;
  • Intensificar a difusão do livro português nos países de língua oficial portuguesa, sem prejuízo das atribuições próprias do Ministério dos Negócios Estrangeiros;
  • Produzir e disponibilizar informação sobre autores portugueses, editores e livrarias.

Área dos Arquivos

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À área de Arquivos compete a coordenação do sistema nacional de arquivos, independentemente, da sua forma e suporte de registo. Esta tem por missão estruturar, promover e acompanhar de forma dinâmica e sistemática a intervenção do Estado no âmbito da política arquivística. Através da sua atuação pretende-se contribuir para a proteção, valorização e disseminação do património arquivístico.[6] É ainda a entidade coordenadora da Rede Portuguesa de Arquivos.[7]

São atribuições da DGLAB na área dos arquivos:[5]

  • Assegurar a execução e o desenvolvimento da política arquivística nacional e o cumprimento das obrigações do Estado no domínio da património arquivístico e da gestão de arquivos, em qualquer forma ou suporte e em todo o território nacional;
  • Promover a qualidade dos arquivos enquanto recurso fundamental ao exercício da atividade administrativa, de prova ou de informação visando a sua eficiência e eficácia, nomeadamente no que se refere às suas relações com os cidadãos;
  • Superintender técnica e normativamente e realizar ações de auditorias em todos os arquivos do Estado, autarquias locais e empresas públicas, bem como em todos os conjuntos documentais que, nos termos da lei, venham a integrar o património arquivístico e fotográfico protegido;
  • Assegurar a aplicação das disposições integrantes da lei de bases da política cultura e do regime de proteção e valorização do património cultural, no âmbito do património arquivístico e fotográfico;
  • Promover o desenvolvimento e a qualificação da rede nacional de arquivos e facilitar o acesso integrado à informação arquivística;
  • Assegurar, em articulação com as entidades competentes, a cooperação internacional no domínio arquivístico;
  • Exercer, em representação do Estado, o direito de preferência em caso de alienação, designadamente em hasta pública ou leilão, de espécies arquivísticas valiosas ou de interesse histórico-cultural do património arquivístico e fotográfico, independentemente da sua classificação ou inventariação;
  • Exercer, em representação do Estado, os demais direitos patrimoniais relativos ao acervo de que é depositário;
  • Aceitar, em representação do Estado, doações, heranças e legados desde que previamente autorizados pelo membro do Governo responsável pela área da cultura, bem como aceitar dação, depósito, incorporação, permuta ou reintegração de documentos de arquivo.

A DGLAB é responsável pela administração dos:[5]

Arquivos Nacionais

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Arquivos Distritais

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Área das Bibliotecas

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A DGLAB é o organismo coordenador do Programa da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas. A DGLAB pretende disponibilizar recursos e serviços para as bibliotecas, fomentando entre estas o diálogo e a cooperação, de modo a contribuir para um serviço de biblioteca pública de qualidade.[8]

São atribuições da DGLAB na área das bibliotecas:[5]

  • Assegurar a execução da política nacional para as bibliotecas públicas, em conformidade com as orientações dos organismos do setor, em articulação com as autarquias, às quais compete a tutela e gestão desses equipamentos;
  • Superintender técnica e normativamente as bibliotecas públicas, de acordo com o quadro legislativo para o setor;
  • Acompanhar a evolução da sociedade da informação e do conhecimento, promovendo no setor das bibliotecas públicas a produção e o acesso a recursos e serviços eletrónicos;
  • Promover a qualidade do serviço de biblioteca pública procedendo, regularmente e em articulação com o GEPAC, à sua avaliação, bem como à elaboração de estudos;
  • Promover, em conjunto com outras entidades, a formação dos técnicos de bibliotecas;
  • Representar o setor do livro, dos arquivos e das bibliotecas em organismos e fóruns internacionais em articulação com o GEPAC.

Histórico institucional

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O Instituto Português de Arquivos (IPA) foi criado pelo Decreto-Lei n.º 152/88, de 29 de Abril, surgindo com o objetivo de planear e estabelecer um sistema nacional de arquivos que visava a coordenação e execução de uma política arquivística integrada.[1]

Da fusão do Instituto Português de Arquivos com o Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT) resultaram os Arquivos Nacionais / Torre do Tombo, cuja orgânica foi aprovada pelo Decreto-Lei n.º 106-G/1992, de 1 de Junho. O Instituto dos Arquivos Nacionais / Torre do Tombo (1997-2007) sucedeu ao ANTT na universalidade dos seus direitos e obrigações, consubstanciados no Decreto-Lei n.º 42/1996 de 7 de Maio. No âmbito do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE), o IAN-TT foi extinto, dando origem à Direção-Geral dos Arquivos.[1]

A Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas foi criada pelo Decreto-Lei nº 92/2007, de 29 de Março, com vista a assegurar a coordenação e a execução da política integrada do livro não escolar, das bibliotecas e da leitura. Resulta da sucessão de vários organismos: o IPL, instituído em 1980, cujas atribuições começaram por se circunscrever às políticas de apoio à edição, de implantação do livro nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e de promoção do autor no estrangeiro. Mais tarde, incluiu-se também a promoção da leitura, pelo que em 1987, ano do lançamento do Programa da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, o IPL foi substituído pelo Instituto Português do Livro e da Leitura (IPLL).[1]

A opção por uma política vertical em cada um dos sectores da cultura conduziu à fusão do Instituto Português do Livro e da Leitura com a Biblioteca Nacional, em 1992, criando-se o Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro. A separação novamente dos dois organismos fez nascer, em 1997, o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB), a que se sucedeu a já referida Direção Geral do Livro e das Bibliotecas, que integrava também a Biblioteca Pública de Évora.[1]

Ligações externas

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Referências

  1. a b c d e «História Institucional». DGLAB. 25 de julho de 2013. Consultado em 30 de agosto de 2022. Cópia arquivada em 30 de agosto de 2022 
  2. «Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas - ePortugal.gov.pt». eportugal.gov.pt. Consultado em 31 de agosto de 2022 
  3. «Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas». Portal da Cultura. Consultado em 31 de agosto de 2022 
  4. DGLAB, Administrador (28 de junho de 2013). «LIVRO». Consultado em 31 de agosto de 2022 
  5. a b c d «Decreto-Lei n.º 103/2012, de 16 de maio». DIÁRIO DA REPÚBLICA ELETRÓNICO. IMPRENSA NACIONAL CASA DA MOEDA. ANEXO I. Consultado em 31 de agosto de 2022 
  6. DGLAB (23 de setembro de 2008). «Área dos Arquivos». Consultado em 31 de agosto de 2022 
  7. «Rede Portuguesa de Arquivos». Rede Portuguesa de Arquivos. Consultado em 31 de agosto de 2022 [ligação inativa]
  8. «DGLAB Área das Bibliotecas». bibliotecas.dglab.gov.pt. Consultado em 31 de agosto de 2022