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Manuel de Sousa, arcebispo de Braga: diferenças entre revisões

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Bastardos não são Infantes em lado nenhum do Mundo, nem sequer em Portugal!...
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'''D. Manuel''', aliás '''Duarte de Portugal''' ([[1521]] - [[11 de Novembro]] de [[1543]]) foi um filho natural de [[João III de Portugal|D. João III]] e de Isabel Moniz (uma jovem moça da câmara da rainha [[Leonor de Espanha|D. Leonor]], madrasta do rei, e filha de um alcaide de Lisboa apelidado "o Carranca"), tendo sido concebido ainda antes do casamento de D. João com [[Catarina de Áustria]].
'''D. Manuel''', aliás '''Duarte de Portugal''' ([[1521]] - [[11 de Novembro]] de [[1543]]) foi um filho natural de [[João III de Portugal|D. João III]] e de Isabel Moniz (uma jovem moça da câmara da rainha [[Leonor de Espanha|D. Leonor]], madrasta do rei, e filha de um alcaide de Lisboa, homem honrado, apelidado "o Carranca"), tendo sido concebido ainda antes do casamento de D. João com [[Catarina de Áustria]].


Passou seus primeiros anos em [[Sintra]], no [[mosteiro de Penhalonga]]. Seu nome foi mudado para Duarte para evitar confusão com o nome do herdeiro legítimo. O régio pai dispensou-lhe todos os cuidados, tendo sido educado no [[mosteiro da Costa]], em [[Guimarães]], pelo monge [[Ordem de São Jerónimo|hieronimita]] [[Diogo de Murça|Frei Diogo de Murça]], onde permaneceu em estudos até [[1542]]. Dotado de superior inteligência, com talento para a [[música]] e para a arte da [[cavalaria]], recebeu inúmeros privilégios; à semelhança de outros bastardos régios, foi destinado à vida religiosa, tendo sido investido pelo pai no [[arcebispado de Braga]] em [[1542]], que estava vago por morte do seu antecessor, [[Diogo da Silva]], na altura em que o rei o autorizou a visitá-lo na corte. Recebeu do [[Papa Paulo III]] a [[Sé de Braga]], onde entrou em [[12 de agosto]] de [[1543]]. Homem extremamente culto, traduziu para o [[latim]] a maior parte da ''Crónica de Dom Afonso Henriques'' de [[Duarte Galvão]]. Pretendeu escrever uma História de Portugal em [[latim]], de que apenas deixou concluído o tomo relativo a [[Afonso I de Portugal|D. Afonso Henriques]]. Morreu a [[10 de Novembro]] de 1543, no exercício do episcopado, contando apenas 22 anos, de [[varíola]].
Passou seus primeiros anos em [[Sintra]], no [[mosteiro de Penhalonga]]. Seu nome foi mudado para Duarte para evitar confusão com o nome do herdeiro legítimo. O régio pai dispensou-lhe todos os cuidados, tendo sido educado no [[mosteiro da Costa]], em [[Guimarães]], pelo monge [[Ordem de São Jerónimo|hieronimita]] [[Diogo de Murça|Frei Diogo de Murça]], onde permaneceu em estudos até [[1542]]. Dotado de superior inteligência, com talento para a [[música]] e para a arte da [[cavalaria]], recebeu inúmeros privilégios; à semelhança de outros bastardos régios, foi destinado à vida religiosa, tendo sido investido pelo pai no [[arcebispado de Braga]] em [[1542]], que estava vago por morte do seu antecessor, [[Diogo da Silva]], na altura em que o rei o autorizou a visitá-lo na corte. Recebeu do [[Papa Paulo III]] a [[Sé de Braga]], onde entrou em [[12 de agosto]] de [[1543]]. Homem extremamente culto, traduziu para o [[latim]] a maior parte da ''Crónica de Dom Afonso Henriques'' de [[Duarte Galvão]]. Pretendeu escrever uma História de Portugal em [[latim]], de que apenas deixou concluído o tomo relativo a [[Afonso I de Portugal|D. Afonso Henriques]]. Morreu a [[10 de Novembro]] de 1543, no exercício do episcopado, contando apenas 22 anos, de [[varíola]].

Revisão das 18h09min de 7 de maio de 2014

D. Manuel, aliás Duarte de Portugal (1521 - 11 de Novembro de 1543) foi um filho natural de D. João III e de Isabel Moniz (uma jovem moça da câmara da rainha D. Leonor, madrasta do rei, e filha de um alcaide de Lisboa, homem honrado, apelidado "o Carranca"), tendo sido concebido ainda antes do casamento de D. João com Catarina de Áustria.

Passou seus primeiros anos em Sintra, no mosteiro de Penhalonga. Seu nome foi mudado para Duarte para evitar confusão com o nome do herdeiro legítimo. O régio pai dispensou-lhe todos os cuidados, tendo sido educado no mosteiro da Costa, em Guimarães, pelo monge hieronimita Frei Diogo de Murça, onde permaneceu em estudos até 1542. Dotado de superior inteligência, com talento para a música e para a arte da cavalaria, recebeu inúmeros privilégios; à semelhança de outros bastardos régios, foi destinado à vida religiosa, tendo sido investido pelo pai no arcebispado de Braga em 1542, que estava vago por morte do seu antecessor, Diogo da Silva, na altura em que o rei o autorizou a visitá-lo na corte. Recebeu do Papa Paulo III a Sé de Braga, onde entrou em 12 de agosto de 1543. Homem extremamente culto, traduziu para o latim a maior parte da Crónica de Dom Afonso Henriques de Duarte Galvão. Pretendeu escrever uma História de Portugal em latim, de que apenas deixou concluído o tomo relativo a D. Afonso Henriques. Morreu a 10 de Novembro de 1543, no exercício do episcopado, contando apenas 22 anos, de varíola.

Precedido por
Diogo da Silva
Brasão arquiepiscopal
Arcebispo Primaz de Braga

15421543
Sucedido por
Manuel de Sousa

Fontes