João Augusto Amaral Gurgel: diferenças entre revisões

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'''João Augusto Conrado do Amaral Gurgel''' ([[Franca]], [[1926]]) é um industrial e [[engenharia|engenheiro]] [[brasil]]eiro.
'''João Augusto Conrado do Amaral Gurgel''' ([[Franca]] [[São Paulo]], [[1926]]) - é um industrial e [[engenharia|engenheiro]] [[brasil]]eiro.


Desde sua juventude, sonhava em fazer um carro brasileiro, tanto é que na formatura da escola politécnica de [[São Paulo]], apresentou um pequeno carro de dois cilindros, no lugar de um guindaste.
Desde sua juventude, sonhava em fazer um [[Automóvel|carro]] brasileiro, tanto que em sua formatura da escola politécnica de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], apresentou um pequeno [[carro]] de dois cilindros, batizado ''Tião''. O projeto pedido foi um guindaste. Ouviu então de seu professor: "''Carro não se fabrica, Gurgel, se compra'' ".


Pós-graduado nos [[Estados Unidos]], trabalhou na [[Buick|Buick Motor Corporation]] e na [[General Motors|General Motors Truck and Coach Corporation]].
Pós-graduado nos [[Estados Unidos]], trabalhou na [[Buick|Buick Motor Corporation]] e na [[General Motors|General Motors Truck and Coach Corporation]].
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Em [[1958]], fundou a [[Moplast Moldagem de Plásticos]] e começou a desenvolver projetos próprios, tornando-se fornecedor de luminosos para diversas empresas brasileiras.
Em [[1958]], fundou a [[Moplast Moldagem de Plásticos]] e começou a desenvolver projetos próprios, tornando-se fornecedor de luminosos para diversas empresas brasileiras.


Com sonho em mente, fundou em [[1969]] a [[Gurgel Motores S/A]]: a indústria mais brasileira de todos os tempos. Infelizmente, a Gurgel acabou fechando as portas no final de [[1994]], por questões financeiras e derrotada pelas grandes multinacionais.
Com o sonho em mente, fundou em [[1969]] a [[Gurgel Motores S/A]]: a indústria mais brasileira de todos os tempos.

Sua carreira foi marcada pela busca do desenvolvimento de tecnologias automotivas nacionais, utilizando capital igualmente nacional. Era contra o uso do [[Álcool combustível|alcool]] de [[cana-de-açúcar]] como combustível. Segundo ele a terra deveria ser usada para produzir alimentos e não combustíveis. Idealizador do primeiro e até hoje, único carro genuinamente brasileiro: o BR-800.
A partir de [[1972]] passou a dedicar-se à produção de veículos especiais. Após [[1975]] começaram a ser produzidos os primeiros veículos utilitários da marca [[Gurgel]], marca que em [[1981]] lançou o primeiro veículo elétrico da [[América Latina]], o [[Gurgel Itaipu|Itaipu E-500]].

Infelizmente, a Gurgel acabou fechando as portas no final de [[1994]], por questões financeiras e derrotada pelas grandes multinacionais.

Em Abril de 2004, o empresário Paulo Emílio Freire Lemos adquiriu a marca Gurgel. O registro desta encontrava-se expirado no [[Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Brasil)|INPI]] desde 2003. Para tornar-se seu proprietário desembolsou o valor de [[R$]] 850,00. A família Gurgel não foi consultada e por isso decidiu mover uma ação judicial contra o empresário.

Atualmente ao 82 anos, João Augusto Conrado do Amaral Gurgel sofre de [[mal de Alzheimer]] e vive sob os cuidados da esposa Carolina.


A partir de [[1972]] passou a dedicar-se à produção de veículos especiais. Após [[1975]] começaram a ser produzidos os primeiros veículos utilitários da marca [[Gurgel]], marca que em [[1981]] lançou o primeiro veículo elétrico da [[América Latina]], o [[Gurgel Itaipu|Itaipu E-500]]. Sua carreira foi marcada pela busca do desenvolvimento de tecnologias automotivas nacionais, utilizando capital igualmente nacional.
Idealizador do primeiro e até hoje, único carro genuinamente brasileiro: o [[BR-800]].
Sua história está registrada no livro "Gurgel, um sonho forjado em fibra", do jornalista Lélis Caldeira, editora Labortexto, 2004.
Sua história está registrada no livro "Gurgel, um sonho forjado em fibra", do jornalista Lélis Caldeira, editora Labortexto, 2004.


==Ligações externas==
[http://www.revistapesquisa.fapesp.br/index.php?art=2602&bd=1&pg=1&lg= Como Gurgel conseguiu fabricar carros totalmente brasileiros]

[http://www.geocities.com/grangurgel/gurgel.pdf Uma história de fibra - A história de João Augusto Conrado do Amaral Gurgel contada por sua filha Maria Cristina]

[[Categoria:Empresários do Brasil]]
[[Categoria:Engenheiros do Brasil]]
[[Categoria:Engenheiros do Brasil]]

Revisão das 04h14min de 11 de abril de 2008

BR- 800
até hoje o único carro 100% brasileiro.

João Augusto Conrado do Amaral Gurgel (Franca São Paulo, 1926) - é um industrial e engenheiro brasileiro.

Desde sua juventude, sonhava em fazer um carro brasileiro, tanto que em sua formatura da escola politécnica de São Paulo, apresentou um pequeno carro de dois cilindros, batizado Tião. O projeto pedido foi um guindaste. Ouviu então de seu professor: "Carro não se fabrica, Gurgel, se compra ".

Pós-graduado nos Estados Unidos, trabalhou na Buick Motor Corporation e na General Motors Truck and Coach Corporation.

Em 1958, fundou a Moplast Moldagem de Plásticos e começou a desenvolver projetos próprios, tornando-se fornecedor de luminosos para diversas empresas brasileiras.

Com o sonho em mente, fundou em 1969 a Gurgel Motores S/A: a indústria mais brasileira de todos os tempos.

Sua carreira foi marcada pela busca do desenvolvimento de tecnologias automotivas nacionais, utilizando capital igualmente nacional. Era contra o uso do alcool de cana-de-açúcar como combustível. Segundo ele a terra deveria ser usada para produzir alimentos e não combustíveis. Idealizador do primeiro e até hoje, único carro genuinamente brasileiro: o BR-800.

A partir de 1972 passou a dedicar-se à produção de veículos especiais. Após 1975 começaram a ser produzidos os primeiros veículos utilitários da marca Gurgel, marca que em 1981 lançou o primeiro veículo elétrico da América Latina, o Itaipu E-500.

Infelizmente, a Gurgel acabou fechando as portas no final de 1994, por questões financeiras e derrotada pelas grandes multinacionais.

Em Abril de 2004, o empresário Paulo Emílio Freire Lemos adquiriu a marca Gurgel. O registro desta encontrava-se expirado no INPI desde 2003. Para tornar-se seu proprietário desembolsou o valor de R$ 850,00. A família Gurgel não foi consultada e por isso decidiu mover uma ação judicial contra o empresário.

Atualmente ao 82 anos, João Augusto Conrado do Amaral Gurgel sofre de mal de Alzheimer e vive sob os cuidados da esposa Carolina.

Sua história está registrada no livro "Gurgel, um sonho forjado em fibra", do jornalista Lélis Caldeira, editora Labortexto, 2004.

Ligações externas

Como Gurgel conseguiu fabricar carros totalmente brasileiros

Uma história de fibra - A história de João Augusto Conrado do Amaral Gurgel contada por sua filha Maria Cristina