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Catastrofismo: diferenças entre revisões

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== História ==
== História ==
De acordo com a sua teoria, explica os diversos eventos de extinção que o naturalista constatou terem ocorrido na história de vida da Terra, através da análise de fósseis e estratos geológicos.<ref name="Faria">{{cite book|author=Faria, Felipe |title=Georges Cuvier: do estudo dos fósseis à paleontologia, 2012|date=2012|Scientia Studia & 34|isbn=978-85-7326-487-6}}</ref> O catastrofismo defende que em seu passado, a Terra sofreu a ação de fenômenos catastróficos, principalmente inundações, que resultaram nas configurações geológicas e biológicas atuais, o que explica, por exemplo, a ocorrência de fósseis marinhos em regiões distantes da costa.
De acordo com a sua teoria, explica os diversos eventos de extinção que o naturalista constatou terem ocorrido na história de vida da Terra, através da análise de fósseis e estratos geológicos.<ref name="Faria">{{cite book|author=Faria, Felipe|title=Georges Cuvier: do estudo dos fósseis à paleontologia, 2012 - Scientiae Studia & Editora 34|date=2012|isbn=978-85-7326-487-6}}</ref> O catastrofismo defende que em seu passado, a Terra sofreu a ação de fenômenos catastróficos, principalmente inundações, que resultaram nas configurações geológicas e biológicas atuais, o que explica, por exemplo, a ocorrência de fósseis marinhos em regiões distantes da costa.


Cuvier defendia que estas catástrofes, ou como ele denominava, [[revoluções]], atingiram determinadas regiões do globo, extinguindo a fauna e flora local, que somente podiam ser estudadas por intermédio de seus fósseis. Posteriormente, a região atingida pela catástrofe, era repovoada por organismos, que migravam das regiões não atingidas por ela. Este ciclo de extinção e repovoamento se repetiu ao longo da história da Terra.<ref name="Cuvier">{{cite book|author=Cuvier, Georges|title=Discours sur les révolutions de la surface du Globe, 1830 |date=1830|Edmond D'ocagne}}</ref>
Cuvier defendia que estas catástrofes, ou como ele denominava, [[revoluções]], atingiram determinadas regiões do globo, extinguindo a fauna e flora local, que somente podiam ser estudadas por intermédio de seus fósseis. Posteriormente, a região atingida pela catástrofe, era repovoada por organismos, que migravam das regiões não atingidas por ela. Este ciclo de extinção e repovoamento se repetiu ao longo da história da Terra.<ref name="Cuvier">{{cite book|author=Cuvier, Georges|title=Discours sur les révolutions de la surface du Globe, 1830-Edmond D'ocagne|date=1830}}</ref>


A ideia inicial de [[Georges Cuvier]], sofreu alterações ao longo do tempo, sendo expandida para catástrofes de ação global, as quais resultavam na extinção de toda a fauna e flora da Terra. Segundo os defensores desta vertente do catastrofismo, após a extinção de toda a fauna e flora global, novos organismos seriam criados pela ação divina. Era a incorporação da teoria catastrofista pelo [[criacionismo]] defendido por alguns naturalistas do século XIX, que também defendiam que a última destas catástrofes havia sido o ''Dilúvio Bíblico''.<ref name="Faria">{{cite book|author=Faria, F.Felipe de A.|title=Georges Cuvier e a instauração da Paleontologia como ciência,Tese de doutorado - UFSC, 2010 - disponível em http://www.anppas.org.br/novosite/arquivos/Tese%20-%20F.%20Felipe%20%20A.%20Faria.pdf|}}</ref><ref name="Rudwick">{{cite book|author=Rudwick, Martin|title=Bursting the Limits of Time: The Reconstruction of Geohistory in the Age of Revolution, 2005|date=2005|The University of Chicago Press|isbn=0-226-73111-1}}</ref>
A ideia inicial de [[Georges Cuvier]], sofreu alterações ao longo do tempo, sendo expandida para catástrofes de ação global, as quais resultavam na extinção de toda a fauna e flora da Terra. Segundo os defensores desta vertente do catastrofismo, após a extinção de toda a fauna e flora global, novos organismos seriam criados pela ação divina. Era a incorporação da teoria catastrofista pelo [[criacionismo]] defendido por alguns naturalistas do século XIX, que também defendiam que a última destas catástrofes havia sido o ''Dilúvio Bíblico''.<ref name="Faria">{{cite book|author=Faria, F.Felipe de A.|title=Georges Cuvier e a instauração da Paleontologia como ciência,Tese de doutorado - UFSC, 2010 - disponível em http://www.anppas.org.br/novosite/arquivos/Tese%20-%20F.%20Felipe%20%20A.%20Faria.pdf|}}</ref><ref name="Rudwick">{{cite book|author=Rudwick, Martin|title=Bursting the Limits of Time: The Reconstruction of Geohistory in the Age of Revolution, 2005 - The University of Chicago Press|date=2005|isbn=0-226-73111-1}}</ref>


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Ainda durante o século XIX o Catastrofismo sofreu sérias críticas advindas dos defensores do [[Uniformitarismo]].<ref>{{citar periódico|ultimo = O Atualismo entre uniformitaristas e catastrofistas|primeiro = |titulo = O Atualismo entre uniformitaristas e catastrofistas|jornal = Revista da Sociedade Brasileira de História da Ciência|doi = ISSN: 2176-3275|url = http://www.sbhc.org.br/revistahistoria/view?ID_REVISTA_HISTORIA=51|acessadoem = 23 de fevereiro de 2015}}</ref>

Revisão das 11h55min de 10 de março de 2016

Catastrofismo, Teoria das Revoluções ou Catástrofes é uma teoria desenvolvida pelo naturalista Georges Cuvier (1769-1832).

História

De acordo com a sua teoria, explica os diversos eventos de extinção que o naturalista constatou terem ocorrido na história de vida da Terra, através da análise de fósseis e estratos geológicos.[1] O catastrofismo defende que em seu passado, a Terra sofreu a ação de fenômenos catastróficos, principalmente inundações, que resultaram nas configurações geológicas e biológicas atuais, o que explica, por exemplo, a ocorrência de fósseis marinhos em regiões distantes da costa.

Cuvier defendia que estas catástrofes, ou como ele denominava, revoluções, atingiram determinadas regiões do globo, extinguindo a fauna e flora local, que somente podiam ser estudadas por intermédio de seus fósseis. Posteriormente, a região atingida pela catástrofe, era repovoada por organismos, que migravam das regiões não atingidas por ela. Este ciclo de extinção e repovoamento se repetiu ao longo da história da Terra.[2]

A ideia inicial de Georges Cuvier, sofreu alterações ao longo do tempo, sendo expandida para catástrofes de ação global, as quais resultavam na extinção de toda a fauna e flora da Terra. Segundo os defensores desta vertente do catastrofismo, após a extinção de toda a fauna e flora global, novos organismos seriam criados pela ação divina. Era a incorporação da teoria catastrofista pelo criacionismo defendido por alguns naturalistas do século XIX, que também defendiam que a última destas catástrofes havia sido o Dilúvio Bíblico.[1][3]

Ainda durante o século XIX o Catastrofismo sofreu sérias críticas advindas dos defensores do Uniformitarismo.[4]

Referências

  1. a b Faria, Felipe (2012). Georges Cuvier: do estudo dos fósseis à paleontologia, 2012 - Scientiae Studia & Editora 34. [S.l.: s.n.] ISBN 978-85-7326-487-6  Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "Faria" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  2. Cuvier, Georges (1830). Discours sur les révolutions de la surface du Globe, 1830-Edmond D'ocagne. [S.l.: s.n.] 
  3. Rudwick, Martin (2005). Bursting the Limits of Time: The Reconstruction of Geohistory in the Age of Revolution, 2005 - The University of Chicago Press. [S.l.: s.n.] ISBN 0-226-73111-1 
  4. O Atualismo entre uniformitaristas e catastrofistas. «O Atualismo entre uniformitaristas e catastrofistas». Revista da Sociedade Brasileira de História da Ciência. doi:ISSN: 2176-3275 Verifique |doi= (ajuda). Consultado em 23 de fevereiro de 2015