Plano Cohen: diferenças entre revisões
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O '''Plano Cohen''' foi uma [[Conspiração (política)|conspiração]] elaborada por [[Forças Armadas do Brasil|militares brasileiros]] com a intenção de simular uma revolução [[Antissemitismo|judaico]]-[[Revolução comunista|comunista]] no [[Brasil]].<ref name=":1"/><ref name=":0">{{citar periódico|ultimo=Mezzaroba|primeiro=O.|data=1992|titulo=Plano Cohen: a consolidação do anticomunismo no Brasil|url=https://periodicos.ufsc.br/index.php/sequencia/article/view/16143|jornal=Sequência|numero=24|acessodata=21-12-2018}}</ref><ref name=":2">{{citar periódico|ultimo=Motta|primeiro=Rodrigo Patto Sá|data=1998|titulo=O mito da conspiração judaico-comunista|url=http://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/18845/20908|jornal=Revista de História (USP)|numero=138|acessodata=21-12-2018}}</ref> Embora tratasse de situações hipotéticas, o plano foi falsamente atribuído à [[Internacional Comunista]] e usado como instrumento político para a implantação de um regime ditatorial [[contrarrevolucionário]] no Brasil, o [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]].<ref name=":0" /> |
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Revisão das 01h33min de 18 de agosto de 2020
O Plano Cohen foi uma conspiração elaborada por militares brasileiros com a intenção de simular uma revolução judaico-comunista no Brasil.[1][2][3] Embora tratasse de situações hipotéticas, o plano foi falsamente atribuído à Internacional Comunista e usado como instrumento político para a implantação de um regime ditatorial contrarrevolucionário no Brasil, o Estado Novo.[2]
Origens
O plano foi elaborado pelo capitão do exército Olímpio Mourão Filho, na época chefe do estado-maior da milícia da Ação Integralista Brasileira e chefe de seu serviço secreto.[2] Embora tenha sido usado politicamente como sendo fruto de uma conspiração comunista, seu conteúdo refere-se mais especificamente a uma conspiração judaico-comunista, incluindo elementos típicos do antissemitismo da época e uma série de traços em comum com outros documentos forjados com intenções semelhantes, como Os Protocolos dos Sábios de Sião.[3]
O Golpe de 1937
No dia 30 de setembro de 1937, o general Góis Monteiro, chefe do Estado-Maior do Exército brasileiro, noticiou através do programa radiofônico Hora do Brasil, a descoberta de um plano cujo objetivo era derrubar o presidente Getúlio Vargas. Segundo o general, o Plano Cohen, como passou a ser chamado, tinha sido arquitetado em conjunto pelo Partido Comunista Brasileiro e por organizações comunistas internacionais. O nome "Cohen" foi dado em referência ao líder comunista Bela Cohen, que governara a Hungria entre março e julho de 1919.[1]
Pouco tempo depois, com o apoio de várias lideranças nacionais, Getúlio autorizou o Exército a cercar o Congresso Nacional, no Rio de Janeiro. À noite, em pronunciamento ao país, o presidente anunciou a outorga da nova Constituição. Começava assim, o período ditatorial de Vargas conhecido como Estado Novo.[1]
Trecho do Plano Cohen
- XVIII - OS REFÉNS
- No plano deverão figurar, como já foi dito atrás, os homens a serem eliminados e o pessoal encarregado dessa missão. Todavia, tão importantes quanto estes serão os reféns, que, em caso de fracasso parcial, servirão para colocar em choque as autoridades. Serão reféns: os Ministros de Estado, presidente do Supremo Tribunal, e os presidentes da Câmara e do Senado, bem como, nas demais cidades, duas ou três autoridades ou pessoas gradas.
Referências
- ↑ a b c «Plano Cohen». Só História. Consultado em 20 de dezembro de 2018
- ↑ a b c Mezzaroba, O. (1992). «Plano Cohen: a consolidação do anticomunismo no Brasil». Sequência (24). Consultado em 21 de dezembro de 2018
- ↑ a b Motta, Rodrigo Patto Sá (1998). «O mito da conspiração judaico-comunista». Revista de História (USP) (138). Consultado em 21 de dezembro de 2018
Bibliografia
- SILVA, Hélio. A ameaça vermelha: o plano Cohen. Rio Grande do Sul: LP&M, 1980.