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'''Gildão''' ou '''Gildo''' ({{langx|la|''Gildo''}}), foi um oficial romano do {{séc|IV}}, ativo durante o reinado conjunto dos [[imperador romano|imperadores]] {{lknb|Valentiniano|I}} {{nwrap|r.|364|375}}, [[Valente (imperador)|Valente]] {{nwrap|r.|364|378}}, [[Graciano]] {{nwrap|r.|367|383}}, {{lknb|Valentiniano|II}} {{nwrap|r.|375|392}}, [[Teodósio]] {{nwrap|r.|378|395}}, [[Arcádio]] {{nwrap|r.|383|408}} e [[Honório]] {{nwrap|r.|395|423}}. Conhecido principalmente por ter liderado a chamada [[Guerra Gildônica]] contra o [[Império Romano do Ocidente]], durante a qual foi derrotado e morto. |
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== Vida == |
== Vida == |
Revisão das 02h51min de 3 de novembro de 2021
Gildão | |
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Nascimento | século IV Mauritânia |
Morte | 398 África |
Nacionalidade | Império Romano |
Religião | Cristianismo |
Gildão ou Gildo (em latim: Gildo), foi um oficial romano do século IV, ativo durante o reinado conjunto dos imperadores Valentiniano I (r. 364–375), Valente (r. 364–378), Graciano (r. 367–383), Valentiniano II (r. 375–392), Teodósio (r. 378–395), Arcádio (r. 383–408) e Honório (r. 395–423). Conhecido principalmente por ter liderado a chamada Guerra Gildônica contra o Império Romano do Ocidente, durante a qual foi derrotado e morto.
Vida
Gildão era filho do rei berbere Nubel e irmão de Samaco, Dio, Mazuca, Círia, Mascezel e do usurpador Firmo (r. 372–375), bem como pai duma filha chamada Silvana, que casar-se-ia com Nebrídio, sobrinho da imperatriz Élia Flacila (r. 378–385). É mencionado pela primeira vez em 373, quando serviu na África sob Teodósio, o Velho. Lá, ele prendeu o vigário Vincêncio, um subordinado do conde Romano, e capturou os líderes rebeldes Beles e Ferício. Em 386, Teodósio I (r. 383–395) nomeou-o conde e mestre dos soldados da África e levou sua filha como refém para garantir sua lealdade.[1]
Nas disputas religiosas que assolaram sua província, apoiou os donatistas, que seriam chamados "satélites de Gildão" (em latim: Gildonis satellites). Segundo o poeta cortesão Claudiano, em 394, quando Teodósio reuniu tropas contra Eugênio (r. 392–394), Gildão não auxiliou o imperador.[1] No outono de 397, revoltou-se contra o governo ocidental controlado pelo imperador Honório (r. 395–423) e seu ministro Estilicão, afetando o fornecimento africano de cereais para Roma, e declarou aliança ao governo oriental controlado pelo imperador Arcádio (r. 383–408) e seu ministro Eutrópio.[2]
Em decorrência de sua decisão, foi declarado pelo senado como inimigo público (em latim: hostis publicus). Gildão foi derrotado e morto por um exército liderado por seu irmão Mascezel, cujos filhos havia matado. Suas enormes propriedades foram confiscadas e um oficial chamado "conde do patrimônio de Gildão" (em latim: comes Gildoniaci patrimonii) foi criado para administrá-las.[2]
Referências
- ↑ a b Martindale 1971, p. 395-396.
- ↑ a b Martindale 1971, p. 396.
Bibliografia
- Martindale, J. R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1971). «Gildo». The prosopography of the later Roman Empire - Vol. I AD 260-395. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press