Analytic Hierarchy Process: diferenças entre revisões

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Revisão das 19h20min de 3 de fevereiro de 2009

O AHP (Analytic Hierarchy Process) é um método para auxiliar as pessoas na tomada de decisões complexas. Mais do que determinar qual a decisão correta, o AHP ajuda as pessoas a escolher e a justificar a sua escolha. Baseado em Matemática e Psicologia, ele foi desenvolvido na década de 1970 pelo Prof. Ph. D. Thomas L. Saaty[1]. Tem sido extensivamente estudado e refinado desde então. O AHP fornece um procedimento compreensivo e racional para estruturar um problema, para representar e quantificar seus elementos, para relacionar estes elementos com as metas globais e para avaliar soluções alternativas. É utilizado pelo mundo todo em uma ampla variedade de situações de decisões, em campos como governo, negócios, indústria, saúde e educação.

Diversas empresas fornecem software para auxiliar a aplicação do AHP.

Os usuários do AHP, primeiramente, devem decompor seu problema de decisão em uma hierarquia de subproblemas mais facilmente compreendidos, cada qual pode ser analisado independentemente. Os elementos da hierarquia podem relacionar-se com qualquer aspecto do problema de decisão – tangível ou intangível, ser medidos com precisão ou estimado grosseiramente, ser de boa ou de pobre compreensão – ou seja, qualquer coisa que se aplique à decisão.

Uma vez que a hierarquia é construída, os responsáveis pelas decisões avaliam sistematicamente seus vários elementos, comparando-os um ao outro, em pares. Ao fazer as comparações, eles podem usar dados concretos sobre os elementos, ou podem usar seus julgamentos sobre o significado relativo ou a importância dos elementos. Esta é a essência do AHP: os julgamentos humanos, e não apenas a informação numéricas, podem ser usados na tomada de decisão.

O AHP converte os julgamentos em valores numéricos que podem ser processados e comparados sobre toda a extensão do problema. Um peso numérico, ou prioridade, é derivado para cada elemento da hierarquia, permitindo que elementos distintos e freqüentemente incomensuráveis sejam comparados entre si de maneira racional e consistente. Esta potencialidade distingue o AHP de outros métodos de tomada de decisão.

Na etapa final, as prioridades numéricas são derivadas para cada uma das alternativas da decisão. Desde que estes números representam a habilidade relativa das alternativas de conseguir o objetivo da decisão, permitem uma consideração direta dos vários cursos de ação. Predefinição:Portal-administração

Usos e aplicações

Embora possa ser utilizado por indivíduos lidando com decisões simples, o AHP é mais útil quando equipes estão envolvidas em problemas complexos, especialmente aqueles de apostas altas, que necessitam de percepção humana e cuja resolução terá repercussão de longo-prazo[2]. O uso do AHP como método de tomada de decisão traz vantagens singulares quando elementos importantes da decisão são difíceis de quantificar ou comparar, ou quando a comunicação entre os elementos é impedida por especialidades, terminologias e perspectivas diferentes.

A aplicação do AHP envolve a síntese matemática de vários julgamentos sobre o problema de decisão. É comum ter de se realizar dezenas e até centenas de julgamentos. Embora a matemática possa ser feita à mão ou com uma calculadora, é mais comum o uso de um dos vários modelos de software disponíveis para a entrada de dados e síntese dos resultados. Os modelos mais simples são as planilhas eletrônicas. Há também modelos mais complexos, acadêmicos ou comerciais, que podem incluir aparelhos especiais para a aquisição dos julgamentos em reuniões.

Passos do AHP

O método pode ser resumido como:

  1. Identificação das alternativas e atributos significantes.
  2. Os responsáveis pela decisão indicam a significância relativa entre os atributos. Por exemplo, se as alternativas são imóveis, os investidores podem preferir a localização sobre o preço e o preço sobre as condições de pagamento.
  3. Similarmente, para cada atributo, e para cada par de alternativas os responsáveis pela decisão especificam suas preferências (por exemplo, se a localização da alternativa A é melhor do que a da B).
  4. As comparações entre os atributos e as alternativas são registradas em matrizes na forma de frações entre 1/9 e 9. Cada matriz é avaliada pelo seu autovalor para checar a coerencia dos julgamentos. Este procedimento gera uma "razão de coerência" que será igual a 1 se todos os julgamentos forem coerentes entre si. Se um tomador de decisão disser que prefere X do que Y, Y do que Z, mas, ele prefere Z do que X, então a razão de coerência será maior do que 1,2 e os julgamentos deverão ser revistos. Este passo é uma das principais causas para que muitos usuários do AHP acreditarem que se trata de um método com bom embasamento teórico.
  5. Calculam-se valores globais de preferência para cada alternativa.

O AHP no Brasil

O estudo de métodos de tomada de decisão se insere na Pesquisa Operacional, que por sua vez é uma sub-área de conhecimento da Engenharia de Produção, conforme a Tabela de Áreas do Conhecimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Assim, diversos trabalhos podem ser obtidos em congressos ou periódicos publicados pela Associação Brasileira de Engenharia de Produção ou pela Sociedade Brasileira de Pesquisa Operacional. Dentre os pesquisadores que aplicam o método podem ser citados o Prof. Dr. Helder G. Costa[3]. da Universidade Federal Fluminense, a Profa. Dra. M. Carmen Neyra Belderrain do Instituto Tecnológico de Aeronáutica e os Profs. Drs. Fernando A. S. Marins e Valério A. P. Salomon da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquisa Filho.

Referências

  1. SAATY, T.L. (1980). The Analytic Hierarchy Process. New York: McGraw-Hill. ISBN 978-0070543713 
  2. BHUSHAN, N.; K. RAI (2004). Strategic Decision Making: Applying the Analytic Hierarchy Process. London: Springer-Verlag. ISBN 1-8523375-6-7 
  3. COSTA, H.G. (2006). Auxílio Multicritério à Decisão: método AHP. Rio de Janeiro: ABEPRO. ISBN 978-85-88478-30-5 

Ligações externas