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A primitiva toponímia do lugar foi "Penela", sendo o de "Penegate" utilizado desde [[1064]]. Por essas razões, os estudiosos acreditam que o topónimo esteve associado, em suas origens, à ocupação deste afloramento rochoso elevado, de difícil acesso ("penha" ou "pena"), embora não haja informações ou vestígios sobre a sua primitiva defesa, em posição dominante sobre o território envolvente, possivelmente uma torre em [[estilo românico]] erguida por D. [[Egas Pais de Penegate]], valido do [[Henrique de Borgonha, conde de Portucale|Conde D. Henrique de Borgonha]]. |
A primitiva toponímia do lugar foi "Penela", sendo o de "Penegate" utilizado desde [[1064]]. Por essas razões, os estudiosos acreditam que o topónimo esteve associado, em suas origens, à ocupação deste afloramento rochoso elevado, de difícil acesso ("penha" ou "pena"), embora não haja informações ou vestígios sobre a sua primitiva defesa, em posição dominante sobre o território envolvente, possivelmente uma torre em [[estilo românico]] erguida por D. [[Egas Pais de Penegate]], valido do [[Henrique de Borgonha, conde de Portucale|Conde D. Henrique de Borgonha]]. |
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===A torre medieval=== |
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A atual estrutura foi erguida por [[Mem Rodrigues de Vasconcelos]], cavaleiro de [[Dinis de Portugal|D. Dinis]] na guerra que opôs este monarca ao seu filho, o futuro rei [[Afonso IV de Portugal|D. Afonso IV]]. D. Dinis autorizou a construção de uma "''[[Domus Fortis|domus fortis]]''", em documento datado de [[5 de Outubro]] de [[1322]], onde se refere que ele "''havia proibido a construção destas casas fortificadas a não ser com sua expressa autorização''". Esta fortificação tinha a função de proteger Mem Rodrigues no cargo que então ocupava, o de Meirinho-mor do soberano na região de Entre-Homem-e-Cávado, onde a autoridade real era contestada por [[Pedro Anes de Vasconcelos]], tio de Mem Rodrigues: |
A atual estrutura foi erguida por [[Mem Rodrigues de Vasconcelos]], cavaleiro de [[Dinis de Portugal|D. Dinis]] na guerra que opôs este monarca ao seu filho, o futuro rei [[Afonso IV de Portugal|D. Afonso IV]]. D. Dinis autorizou a construção de uma "''[[Domus Fortis|domus fortis]]''", em documento datado de [[5 de Outubro]] de [[1322]], onde se refere que ele "''havia proibido a construção destas casas fortificadas a não ser com sua expressa autorização''". Esta fortificação tinha a função de proteger Mem Rodrigues no cargo que então ocupava, o de Meirinho-mor do soberano na região de Entre-Homem-e-Cávado, onde a autoridade real era contestada por [[Pedro Anes de Vasconcelos]], tio de Mem Rodrigues: |
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:"''Desta forma, conpria huma casa forte (...) para teer hy o corpo em salluo quando lhy conprise e outro ssy pera teer hy a molher e os filhos que non possam Receber dano daquelles que lhy a el mal querem polo meu serviço''"<ref>SILVA, José Custódio Vieira da. ''Paços Medievais Portugueses''. Lisboa: 1995. p.48-49.</ref> |
:"''Desta forma, conpria huma casa forte (...) para teer hy o corpo em salluo quando lhy conprise e outro ssy pera teer hy a molher e os filhos que non possam Receber dano daquelles que lhy a el mal querem polo meu serviço''"<ref>SILVA, José Custódio Vieira da. ''Paços Medievais Portugueses''. Lisboa: 1995. p.48-49.</ref> |
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===Do século XVII aos nossos dias=== |
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Em princípios do [[século XVII]] o então proprietário [[Miguel Valadares]], cónego de [[Guimarães]] e desembargador em [[Braga]], fez erguer a Capela de Nossa Senhora da Pena para sua [[sepultura]], conforme inscrição epigráfica na fachada principal. |
Em princípios do [[século XVII]] o então proprietário [[Miguel Valadares]], cónego de [[Guimarães]] e desembargador em [[Braga]], fez erguer a Capela de Nossa Senhora da Pena para sua [[sepultura]], conforme inscrição epigráfica na fachada principal. |
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O conjunto encontra-se em Vias de Classificação por Despacho de [[24 de Setembro]] de [[1990]].<ref>{{citar web |url=http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/71729/ |título=Pesquisa de Património: Torre de Penegate |publicado=igespar.pt |língua=português |acessodata=12 de outubro de 2011}}</ref> |
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==Características== |
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A [[torre]] apresenta [[planta (geometria descritiva)|planta]] retangular, em aparelho de [[granito]]. É dividida internamente em três pavimentos. |
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A Capela de Nossa Senhora da Penha, de pequenas dimensões, em [[estilo barroco]], conserva o [[retábulo]]-mor contemporâneo, em estrutura tripartida, com a imagem de Nossa Senhora ao centro, e as de São João e Santo António, em painéis pintados, de ambos os lados. |
A Capela de Nossa Senhora da Penha, de pequenas dimensões, em [[estilo barroco]], conserva o [[retábulo]]-mor contemporâneo, em estrutura tripartida, com a imagem de Nossa Senhora ao centro, e as de São João e Santo António, em painéis pintados, de ambos os lados. |
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Revisão das 08h41min de 13 de outubro de 2011
Torre de Penegate | ||
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Torre de Penegate, Portugal. | ||
Construção | (1360) | |
Estilo | gótico | |
Conservação | ||
Homologação (IGESPAR) |
VC (DL Despacho de 24 de Setembro de 1990)
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Aberto ao público |
A Torre de Penegate localiza-se em Vila Verde, freguesia de São Miguel de Carreiras, distrito de Braga, em Portugal.
História
Antecedentes
A primitiva toponímia do lugar foi "Penela", sendo o de "Penegate" utilizado desde 1064. Por essas razões, os estudiosos acreditam que o topónimo esteve associado, em suas origens, à ocupação deste afloramento rochoso elevado, de difícil acesso ("penha" ou "pena"), embora não haja informações ou vestígios sobre a sua primitiva defesa, em posição dominante sobre o território envolvente, possivelmente uma torre em estilo românico erguida por D. Egas Pais de Penegate, valido do Conde D. Henrique de Borgonha.
A torre medieval
A atual estrutura foi erguida por Mem Rodrigues de Vasconcelos, cavaleiro de D. Dinis na guerra que opôs este monarca ao seu filho, o futuro rei D. Afonso IV. D. Dinis autorizou a construção de uma "domus fortis", em documento datado de 5 de Outubro de 1322, onde se refere que ele "havia proibido a construção destas casas fortificadas a não ser com sua expressa autorização". Esta fortificação tinha a função de proteger Mem Rodrigues no cargo que então ocupava, o de Meirinho-mor do soberano na região de Entre-Homem-e-Cávado, onde a autoridade real era contestada por Pedro Anes de Vasconcelos, tio de Mem Rodrigues:
- "Desta forma, conpria huma casa forte (...) para teer hy o corpo em salluo quando lhy conprise e outro ssy pera teer hy a molher e os filhos que non possam Receber dano daquelles que lhy a el mal querem polo meu serviço"[1]
Do século XVII aos nossos dias
Em princípios do século XVII o então proprietário Miguel Valadares, cónego de Guimarães e desembargador em Braga, fez erguer a Capela de Nossa Senhora da Pena para sua sepultura, conforme inscrição epigráfica na fachada principal.
No início do século XX, em 1907, a torre passou para a família dos actuais proprietários, tendo tido lugar, em décadas posteriores, obras de consolidação e restauro. Entre elas, foram colocadas ameias em 1939, o que lhe descaracterizou a feição original, sendo edificado um segundo corpo, de carácter residencial.
O conjunto encontra-se em Vias de Classificação por Despacho de 24 de Setembro de 1990.[2]
Características
A torre apresenta planta retangular, em aparelho de granito. É dividida internamente em três pavimentos.
A portada, em arco apontado, rasga-se na face Leste, acima do nível do solo. Era primitivamente acedida por uma escada de madeira amovível, da qual ainda restam os apoios. Acredita-se que essa entrada tenha sido guarnecida por um alpendre, de que seriam testemunhos as duas mísulas que enquadram a portada. Na face Oeste, ao nível da janela do último pavimento, um balcão de matacães permitia o tiro vertical sobre o único acesso que leva à torre. O seu topo é coroado por ameias.
A Capela de Nossa Senhora da Penha, de pequenas dimensões, em estilo barroco, conserva o retábulo-mor contemporâneo, em estrutura tripartida, com a imagem de Nossa Senhora ao centro, e as de São João e Santo António, em painéis pintados, de ambos os lados.
Referências
- ↑ SILVA, José Custódio Vieira da. Paços Medievais Portugueses. Lisboa: 1995. p.48-49.
- ↑ «Pesquisa de Património: Torre de Penegate». igespar.pt. Consultado em 12 de outubro de 2011