Poupança: diferenças entre revisões
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==Bibliografia== |
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Revisão das 16h05min de 1 de janeiro de 2015
Poupança ou aforro, em Economia, é a parcela da renda que não é gasta no período em que é recebida, e, por consequência, é guardada para ser usada num momento futuro.
No Brasil, é comum a confusão entre o conceito de poupança e a caderneta de poupança, que é uma forma de investimento, sendo comum o seu uso de forma indiscriminada. Entretanto, a poupança do ponto de vista econômico é o acúmulo de capital para investimento.
Modelos psicológicos da poupança
Keynes (1936) – Defendia que o consumo tendia a aumentar com o aumento dos ganhos, todavia não se elevam em proporção desses ganhos. A poupança depende dos ganhos familiares, quanto maior forem os ganhos maior será a poupança. Segundo Keynes as pessoas com elevados ganhos tendem a ter elevadas poupanças. A Poupança dependia da boa vontade ou capacidade de cada individuo para poupar
Katona (1974) – Procurou explicar as contingências do comportamento de poupança. Segundo Katona para explicar o fenômeno da Poupança é necessário ter em conta fatores como a idade, o agregado familiar, estabilidade financeira, situação profissional etc. A poupança depende por isso da interação entre personalidade do sujeito e o ambiente económico. Katona identificou três tipos de poupança:
- Contratual
- Discricionária
- Residual
Segundo o autor o modelo individual é transponível para o colectivo.
Vanh Veldhoven e Groenland (1993) – Baseados no modelo de Katona acrescentam a existência de variáveis socioeconômicas nos comportamentos de poupança, como:
- Clima econômico – crescimento, inflação, taxa de interesse, taxa de desemprego
- Informação econômica – média
- Contexto econômico pessoal – patrimônio, lucros
- Contexto institucional – sistema bancário e fiscal
A motivação para poupar consiste na precaução, na riqueza, compras futuras, investimentos e projetos para os filhos. Sendo sobre as despesas fundamentais, como as de alimentação que as pessoas tendem a realizar mais economias.
Poupança e as crianças
Em 1986, van Raaij realizou vários estudos sobre os comportamentos de poupança e de consumo nas crianças. Tendo em conta várias variáveis como:
- o modo como é apresentada a poupança às crianças;
- as informações que contribuem para a construção das suas representações de poupança;
- o papel dos pais;
- a publicidade;
- o papel dos pares.
Os estudos revelaram o papel fundamental dos pais e da publicidade no incentivo à abertura de contas bancárias e à representação que as crianças têm sobre a poupança. Defendia que papel dos pais assentava na preocupação de dar um futuro melhor aos filhos, e o incentivo à poupança era considerado um hábito muito positivo. Baseado no modelo de aprendizagem social, Van Raaij defende que a criança poupa porque é um comportamento socialmente correcto, sendo por conseguinte, recompensada relativamente aos seus objectivos.
Poupança esquecida das famílias
Com a abertura do mercado de crédito aos consumidores em Portugal, multiplicaram-se as formas de concepção de crédito, por parte das Instituições financeiras, cada vez mais competitivas num mercado cada vez mais transacionável e inovador, o que permitiu o desenvolvimento de instabilidade financeira, por parte das famílias, que se tornaram em alvos fáceis de endividamento.
Ao mesmo tempo que o crédito permite às famílias, dispor de um capital que não próprio imediatamente, também significa que se está a criar uma penhora futura, sem que, muitas vezes as próprias famílias, se apercebam disso. Também significa para as famílias, a possibilidade de poder usufruir de bens e serviços que numa determinada situação da vida façam sentido, sem que para isso se considere um possível endividamento futuro, dado o esforço acrescido de gestão financeira.
A necessidade crescente de poupança por parte das familias, com a questão do sobreendividamento está cada vez mais distante, dada a dificuldade acrescida em cumprir com os compromissos, que muitas vezes surgem associados a créditos, como por exemplo, o caso do Crédito Habitação.
Poupança no Brasil
No Brasil, é comum que os poupadores optem por aplicações financeiras de baixo risco, sendo a caderneta de poupança a mais comuns delas.[1] Apesar do nome, as cadernetas de poupanção são investimentos de baixo risco, com liquidez diária e remuneração mensal. Elas são reguladas pelo governo federal e isentas de imposto de renda para pessoas físicas, além de possuírem garantia do FGC. No entanto, outros tipos de investimento, como o CDB, o RDB e até fundos de investimento são opções comuns dos poupadores.[1]
Referências
- ↑ a b Banco Central do Brasil (Abril de 2014). «FAQ - Aplicações financeiras». Consultado em 26 de setembro de 2014. Cópia arquivada em 24 de outubro de 2013.
(... ) As aplicações mais comuns no mercado financeiro são a Poupança, o Certificado de Depósito Bancário (CDB), o Recibo de Depósito Bancário (RDB) e os Fundos de Investimento.
Ver também
Bibliografia
- Barracho, Carlos (2001). Lições de psicologia Económica. Lisboa: Instituto Piaget