George Sand: diferenças entre revisões

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Na ocasião de sua morte Victor Hugo escreveu; Je pleure une morte, et je salue une immortelle- Eu choro uma morta e saúdo uma imortal. VHli
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'''George Sand''' é o pseudônimo de '''Amandine''' (também '''Amantine''') '''Aurore Lucile Dupin''', baronesa de Dudevant ([[Paris]], [[1 de Julho]] de [[1804]] — [[Nohant]], [[8 de Junho]] de [[1876]]), aclamada [[romancista]] e [[memorialista]] [[francesa]], considerada uma das precursoras do [[feminismo]].<ref>[http://www.enotes.com/george-sand-criticism/sand-george George Sand 1804-1876]</ref>
'''George Sand''' é o pseudônimo de '''Amandine''' '''Aurore Lucile Dupin''', baronesa de Dudevant ([[Paris]], [[1 de Julho]] de [[1804]] — [[Nohant]], [[8 de Junho]] de [[1876]]), aclamada [[romancista]] e [[memorialista]] [[francesa]], considerada a maior escritora francesa e uma das precursoras do [[feminismo]].<ref>[http://www.enotes.com/george-sand-criticism/sand-george George Sand 1804-1876]</ref>


== Biografia ==
== Biografia ==
George Sand nasceu no n°15 da rua Meslay, no dia 1 de julho de 1804. Era filha de Maurice e Sofia Dupin. Seu pai faleceu após uma queda de cavalo, quando acompanhava o príncipe Murat em campanhas armadas. Amandine é então mandada para [[Nohant]], aos cuidados de sua avó, Marie-Aurore de Saxe.
George Sand nasceu no n°15 da rua Meslay, no dia 1 de julho de 1804, filha de Maurice e Sophie Dupin. Seu pai faleceu quando ela era ainda criança, após uma queda de cavalo, quando acompanhava o príncipe Murat em campanhas armadas. Amandine é então mandada para [[Nohant]], aos cuidados de sua avó, Marie-Aurore de Saxe.


Era bisneta do célebre [[Marechal de França]], o [[conde]] [[Maurício de Saxe]], sendo este, filho [[bastardo]] de [[Augusto II da Polónia|Augusto II]], rei da [[Polónia]] e de [[Saxe]], e da sua amante, a condessa Maria Aurora von Königsmark.
Sua avó era neta do célebre [[Marechal de França]], o [[conde]] [[Maurício de Saxe]], sendo este, filho [[bastardo]] de [[Augusto II da Polónia|Augusto II]], rei da [[Polónia]] e de [[Saxe]], e da sua amante, a condessa Maria Aurora von Königsmark.


Durante sua infância, ao lado de sua avó, - Marie Aurore de Saxe - Amandine passava os dias correndo pelos jardins de Nohant e brincando com seu meio- irmão Hippolyte (filho do seu pai com uma amante), companheiro de suas brincadeiras e parceiro em todas as suas travessuras. Os dois estudavam em casa com um preceptor. Sua avó preocupada com a educação e o comportamento de sua neta, a matriculou no ''Couvent des Anglaises'' em Paris. Acontece que a menina se apaixonou pela vida silenciosa e introspectiva que levava dentro das paredes de pedra do convento e começou então a desejar ser freira. Para alegrar suas amigas, decidiu criar pequenas peças de teatro e montar um grupo de meninas para representá-las. As peças eram um sucesso, e Amandine gostava cada vez mais da vida no convento. Sua avó, ao sabendo disso, retirou a neta do convento, e ela voltou a Nohant.
Durante sua infância, ao lado de sua avó, Amandine passava os dias brincando e descobrindo cada canto da propriedade de Nohant com seu meio- irmão Hippolyte (filho do seu pai com uma amante da região), companheiro e parceiro em todas as suas aventuras e travessuras. Os dois estudavam em casa com um preceptor, quando não desapareciam nas profundezas da região. Sua avó preocupada com a educação e o comportamento de sua neta, a matriculou no ''Couvent des Anglaises'' em Paris e enviou Hippolyte para uma grande escola de cavalaria de uma cidade vizinha. Acontece que a menina se apaixonou pela vida silenciosa e introspectiva que levava dentro das paredes de pedra do convento e desejou ser freira. Lá, se interessou também por música e teatro e para alegrar suas amigas, decidiu criar pequenas peças de teatro e montar um grupo de meninas para representá-las. As peças eram um sucesso, e Amandine gostava cada vez mais da vida no convento. Sua avó sabendo disso, levou a neta de volta a Nohant.


De volta ao convívio com Aurore de Saxe, a menina começou cada vez mais a amar sua avó e quando esta morreu, pouco tempo depois, Amandine sofreu de maneira inconsolável. Para que herdasse Nohant seria preciso que se casasse, assim, ela se casou com François-Casimir Dudevant,em [[1822]]. Desse casamento nasceram dois filhos - Maurice e Solange.Essa união, devido a amantes e bebidas de Casemir passou por incontáveis problemas, culminando com o divorcio- fato incomum para a época - em 1836.
De volta ao convívio com Aurore de Saxe, ela começou a compreender e amar cada vez mais a sua avó e quando esta morreu, pouco tempo depois, Amandine sofreu de maneira inconsolável. Para que herdasse Nohant seria preciso que se casasse, assim, pouco tempo depois, ela se casou com François-Casimir Dudevant,em [[1822]]. Desse casamento nasceram dois filhos - Maurice e Solange. Essa união, devido a infidelidades e alcoolismo de Casemir, desencadeou incontáveis problemas, culminando com o divorcio- fato incomum para a época - em 1836.


George começou a escrever para o jornal Le Figaro, com a colaboração de Jules Sandeau. Usavam, então, o pseudônimo de Jules Sand – inspirado no nome de Sandeau. Em 1831, lançaram o livro Rose et Blanche. Passou a usar o pseudônimo de George Sand em 1832, quando escreveu, sozinha (obrigada a usar um pseudônimo masculino, para ser aceita no meio literário), o romance Indiana, que fez grande sucesso. De 1832 a 1837, escreveu romances de amor, notadamente, além de Indiana, Valentina (Valentine, 1832) e Lélia (1833). Esses romances refletem seus próprios desejos e frustrações, advogam o direito da mulher de ter um amor sincero e dirigir sua própria vida.
George começou a escrever para o jornal Le Figaro, com a colaboração de Jules Sandeau. Usavam, então, o pseudônimo de Jules Sand – inspirado no nome de Sandeau. Em 1831, lançaram o livro Rose et Blanche. Passou a usar o pseudônimo de George Sand em 1832, quando escreveu, sozinha (obrigada a usar um pseudônimo masculino, para ser aceita no meio literário), o romance Indiana, seu primeiro livro, seu primeiro sucesso. De 1832 a 1837, escreveu muitos outros romances, que invariavelmente eram publicados, primeiramente, como folhetins no jornal. Esses romances refletiam seus próprios desejos e frustrações, advogando o direito da mulher de ter um amor sincero e dirigir sua própria vida.


Além de seus comentados relacionamentos, Sand também tinha outros hábitos incomuns para sua época. Vestia-se com roupas masculinas por diversão ou praticidade (como dizia). Também tinha o costume de fumar em público num tempo em que isso era inaceitável para uma mulher. Comentava-se, ainda, sobre a grande quantidade de obras que produzia como sendo uma característica pouco feminina.
Além de seus comentados relacionamentos, Sand também tinha outros hábitos incomuns para sua época. Vestia-se com roupas masculinas por diversão ou praticidade e comodidade (como dizia). Também tinha o costume de fumar em público num tempo em que isso era inaceitável para uma mulher. Comentava-se, ainda, sobre a grande quantidade de obras que produzia como sendo uma característica pouco feminina.


George Sand teve uma vida amorosa agitada, com paixões que a influenciaram consideravelmente, como o escritor Jules Sandeau, que lhe deu o pseudônimo literário, o poeta [[Alfred de Musset]], o advogado Michel de Bourges (entre 1835 e 1837), que a converteu aos ideais [[republicano]]s e [[socialista]]s, o músico [[Frédéric Chopin]], a quem esteve ligada entre [[1838]] e [[1847]].e seu ultimo amante Alexandre Manceau, dramaturgo. Depois de Jules Sandeau e antes de Alfred de Musset, teve também uma breve aventura com o escritor e arqueólogo [[Prosper Mérimée]].
George Sand teve uma vida amorosa agitada, com paixões que a influenciaram consideravelmente, como o escritor Jules Sandeau, que lhe deu o pseudônimo literário, o poeta [[Alfred de Musset]], o advogado Michel de Bourges (entre 1835 e 1837), que a converteu aos ideais [[republicano]]s e [[socialista]]s, o músico [[Frédéric Chopin]], a quem esteve ligada entre [[1838]] e [[1847]] e seu ultimo amante Alexandre Manceau, gravador e dramaturgo. Depois de Jules Sandeau e antes de Alfred de Musset, teve também uma breve aventura com o escritor e arqueólogo [[Prosper Mérimée]].


De 1838 a 1845, Sand expressou suas preocupações com os problemas sociais em romances como Consuelo (1842-1843) e O Companheiro da Viagem pela França (Le Compagnon du Tour de France, 1840). Sonhava com um mundo em que o amor fraterno unisse as classes sociais. Teve participação ativa na [[revolução de 1848]]. De 1846 a 1853, escreveu romances leves, idealizando a vida nas províncias francesas. Estes incluem Francisco, o Bastardo (François le Champi, 1847-1848), A Pequena Fada (La Petite Fadette, 1849) O Charco do Diabo (La Mare au Diable, 1846), Mauprat, (1837 entre tantos outros de igual sucesso. Finalmente, de 1854 a 1876, escreveu contos simples, à maneira das histórias de fadas. Desse período destaca-se Contos de uma Avó (Contes d'une Grand-Mère, 1873), com histórias que ela escreveu para seus netos.
De 1838 a 1845, Sand expressou suas preocupações com os problemas sociais em romances como Consuelo (1842-1843) e O Companheiro da Viagem pela França (Le Compagnon du Tour de France, 1840). Sonhava com um mundo em que o amor fraterno unisse as classes sociais. Teve participação ativa na [[revolução de 1848]]. De 1846 a 1853, escreveu romances leves, idealizando a vida nas províncias francesas. Estes incluem Francisco, o Bastardo (François le Champi, 1847-1848), A Pequena Fada (La Petite Fadette, 1849) O Charco do Diabo (La Mare au Diable, 1846), Mauprat, (1837 entre tantos outros de igual sucesso. Finalmente, de 1854 a 1876, escreveu contos simples, à maneira das histórias de fadas. Desse período destaca-se Contos de uma Avó (Contes d'une Grand-Mère, 1873), com histórias que ela escreveu para seus netos.


Os personagens de George Sand são super idealizados e suas histórias são repletas de ingenuidade, poesia e otimismo. Como dizia a escritora: "O romance não precisa ser necessariamente a representação da realidade." Suas memórias constituem suas obras de maior interesse, especialmente A História de Minha Vida (Histoire de Ma Vie, 1854-1855) e Ela e Ele (Elle et Lui, 1859), referência à sua vinculação a Musset.
Os personagens de George Sand e suas histórias são invariavelmente repletos de ingenuidade, poesia e otimismo. Como dizia a escritora: "O romance não precisa ser necessariamente a representação da realidade." Suas memórias constituem suas obras de maior interesse, especialmente A História de Minha Vida (Histoire de Ma Vie, 1854-1855) e Ela e Ele (Elle et Lui, 1859), referência à sua ligação com Musset.


George Sand faleceu no dia 8 de junho de 1876, em Nohant, na França. Alguns dos seus romances se transformariam em filmes, como; Les Beaux Messieurs des Bois Dorées (1976) La Petite Fadette (2004), La Mare au Diable (1972), Les Enfants du Siècle (1999), com Juliette Binoche e Benoît Magimel, que conta a história do relacionamento amoroso de Sand e Alfred de Musset. Seus romances continuam a serem teatralizados na França e realizados muitos filmes sobre sua vida.
George Sand faleceu no dia 8 de junho de 1876, em Nohant, na França. Alguns dos seus romances se transformariam em filmes e séries de tv, como; Mauprat (1926) Mauprat (1972) Les Beaux Messieurs des Bois Dorées (1976) La Petite Fadette (2004), La Mare au Diable (1972), Les Enfants du Siècle (1999), entre outros. Seus romances continuam a serem versionados para o teatro e realizados muitos filmes e livros sobre sua vida, assim como grupos de estudo sobre ela, seu tempo e sua obra.


Considerada a maior escritora francesa e a primeira mulher a viver de direitos literários,.sua casa em Nohant foi doada ao governo francês, por sua neta Aurore e está aberta a visitação publica.Seus restos mortais e de quase toda a sua família está no pequeno cemitério ao lado de sua casa em Nohant.
Considerada a maior escritora francesa e a primeira mulher a viver de direitos literários, sua propriedade em Nohant foi doada ao governo francês, por sua neta Aurore e está aberta a visitação publica.Seus restos mortais e de quase toda a sua família está no pequeno cemitério ao lado de sua casa em Nohant.


Na ocasião de sua morte Victor Hugo escreveu; ''Je pleure une morte, et je salue une immortelle- Eu choro uma morta e saúdo uma imortal. VH''
Na ocasião de sua morte Victor Hugo escreveu; ''Je pleure une morte, et je salue une immortelle- Eu choro uma morta e saúdo uma imortal. VH''


{{referências|extra = Histoire de ma vie (G.SAND), George Sand - Joseph Barry,}}
{{referências|extra = Histoire de ma vie (G.SAND), George Sand - Joseph Barry,}}

= MUSÉE GEORGE SAND =

http://www.berryprovince.com/visiter-et-profiter/parcs-et-jardins/maison-de-george-sand-et-parc-nohant-vic

http://www.berryprovince.com/visiter-et-profiter/histoire-et-savoir/musee-george-sand-et-de-la-vallee-noire-la-chatre

http://www.rosadoc.be/citytrips_parijs/vwsand.htm

http://www.musee-delacroix.fr/en/activities-events/recent-acquisitions-41/letter-from-george-sand-to-eugene-delacroix-october-11-1846

http://www.pays-george-sand.fr/

http://www.lanouvellerepublique.fr/Indre/Loisirs/Patrimoine-tourisme/n/Contenus/Articles/2015/02/22/Le-Musee-George-Sand-en-pleine-evolution-2233502

https://www.centrepompidou.fr/

== Obras ==
== Obras ==
=== Romances ===
=== Romances ===

Revisão das 17h29min de 18 de abril de 2015

George Sand em sua maturidade, fotografada por Felix Nadar.
George Sand em sua juventude.

George Sand é o pseudônimo de Amandine Aurore Lucile Dupin, baronesa de Dudevant (Paris, 1 de Julho de 1804Nohant, 8 de Junho de 1876), aclamada romancista e memorialista francesa, considerada a maior escritora francesa e uma das precursoras do feminismo.[1]

Biografia

George Sand nasceu no n°15 da rua Meslay, no dia 1 de julho de 1804, filha de Maurice e Sophie Dupin. Seu pai faleceu quando ela era ainda criança, após uma queda de cavalo, quando acompanhava o príncipe Murat em campanhas armadas. Amandine é então mandada para Nohant, aos cuidados de sua avó, Marie-Aurore de Saxe.

Sua avó era neta do célebre Marechal de França, o conde Maurício de Saxe, sendo este, filho bastardo de Augusto II, rei da Polónia e de Saxe, e da sua amante, a condessa Maria Aurora von Königsmark.

Durante sua infância, ao lado de sua avó, Amandine passava os dias brincando e descobrindo cada canto da propriedade de Nohant com seu meio- irmão Hippolyte (filho do seu pai com uma amante da região), companheiro e parceiro em todas as suas aventuras e travessuras. Os dois estudavam em casa com um preceptor, quando não desapareciam nas profundezas da região. Sua avó preocupada com a educação e o comportamento de sua neta, a matriculou no Couvent des Anglaises em Paris e enviou Hippolyte para uma grande escola de cavalaria de uma cidade vizinha. Acontece que a menina se apaixonou pela vida silenciosa e introspectiva que levava dentro das paredes de pedra do convento e desejou ser freira. Lá, se interessou também por música e teatro e para alegrar suas amigas, decidiu criar pequenas peças de teatro e montar um grupo de meninas para representá-las. As peças eram um sucesso, e Amandine gostava cada vez mais da vida no convento. Sua avó sabendo disso, levou a neta de volta a Nohant.

De volta ao convívio com Aurore de Saxe, ela começou a compreender e amar cada vez mais a sua avó e quando esta morreu, pouco tempo depois, Amandine sofreu de maneira inconsolável. Para que herdasse Nohant seria preciso que se casasse, assim, pouco tempo depois, ela se casou com François-Casimir Dudevant,em 1822. Desse casamento nasceram dois filhos - Maurice e Solange. Essa união, devido a infidelidades e alcoolismo de Casemir, desencadeou incontáveis problemas, culminando com o divorcio- fato incomum para a época - em 1836.

George começou a escrever para o jornal Le Figaro, com a colaboração de Jules Sandeau. Usavam, então, o pseudônimo de Jules Sand – inspirado no nome de Sandeau. Em 1831, lançaram o livro Rose et Blanche. Passou a usar o pseudônimo de George Sand em 1832, quando escreveu, sozinha (obrigada a usar um pseudônimo masculino, para ser aceita no meio literário), o romance Indiana, seu primeiro livro, seu primeiro sucesso. De 1832 a 1837, escreveu muitos outros romances, que invariavelmente eram publicados, primeiramente, como folhetins no jornal. Esses romances refletiam seus próprios desejos e frustrações, advogando o direito da mulher de ter um amor sincero e dirigir sua própria vida.

Além de seus comentados relacionamentos, Sand também tinha outros hábitos incomuns para sua época. Vestia-se com roupas masculinas por diversão ou praticidade e comodidade (como dizia). Também tinha o costume de fumar em público num tempo em que isso era inaceitável para uma mulher. Comentava-se, ainda, sobre a grande quantidade de obras que produzia como sendo uma característica pouco feminina.

George Sand teve uma vida amorosa agitada, com paixões que a influenciaram consideravelmente, como o escritor Jules Sandeau, que lhe deu o pseudônimo literário, o poeta Alfred de Musset, o advogado Michel de Bourges (entre 1835 e 1837), que a converteu aos ideais republicanos e socialistas, o músico Frédéric Chopin, a quem esteve ligada entre 1838 e 1847 e seu ultimo amante Alexandre Manceau, gravador e dramaturgo. Depois de Jules Sandeau e antes de Alfred de Musset, teve também uma breve aventura com o escritor e arqueólogo Prosper Mérimée.

De 1838 a 1845, Sand expressou suas preocupações com os problemas sociais em romances como Consuelo (1842-1843) e O Companheiro da Viagem pela França (Le Compagnon du Tour de France, 1840). Sonhava com um mundo em que o amor fraterno unisse as classes sociais. Teve participação ativa na revolução de 1848. De 1846 a 1853, escreveu romances leves, idealizando a vida nas províncias francesas. Estes incluem Francisco, o Bastardo (François le Champi, 1847-1848), A Pequena Fada (La Petite Fadette, 1849) O Charco do Diabo (La Mare au Diable, 1846), Mauprat, (1837 entre tantos outros de igual sucesso. Finalmente, de 1854 a 1876, escreveu contos simples, à maneira das histórias de fadas. Desse período destaca-se Contos de uma Avó (Contes d'une Grand-Mère, 1873), com histórias que ela escreveu para seus netos.

Os personagens de George Sand e suas histórias são invariavelmente repletos de ingenuidade, poesia e otimismo. Como dizia a escritora: "O romance não precisa ser necessariamente a representação da realidade." Suas memórias constituem suas obras de maior interesse, especialmente A História de Minha Vida (Histoire de Ma Vie, 1854-1855) e Ela e Ele (Elle et Lui, 1859), referência à sua ligação com Musset.

George Sand faleceu no dia 8 de junho de 1876, em Nohant, na França. Alguns dos seus romances se transformariam em filmes e séries de tv, como; Mauprat (1926) Mauprat (1972) Les Beaux Messieurs des Bois Dorées (1976) La Petite Fadette (2004), La Mare au Diable (1972), Les Enfants du Siècle (1999), entre outros. Seus romances continuam a serem versionados para o teatro e realizados muitos filmes e livros sobre sua vida, assim como grupos de estudo sobre ela, seu tempo e sua obra.

Considerada a maior escritora francesa e a primeira mulher a viver de direitos literários, sua propriedade em Nohant foi doada ao governo francês, por sua neta Aurore e está aberta a visitação publica.Seus restos mortais e de quase toda a sua família está no pequeno cemitério ao lado de sua casa em Nohant.

Na ocasião de sua morte Victor Hugo escreveu; Je pleure une morte, et je salue une immortelle- Eu choro uma morta e saúdo uma imortal. VH

Referências

Histoire de ma vie (G.SAND), George Sand - Joseph Barry,

MUSÉE GEORGE SAND

http://www.berryprovince.com/visiter-et-profiter/parcs-et-jardins/maison-de-george-sand-et-parc-nohant-vic

http://www.berryprovince.com/visiter-et-profiter/histoire-et-savoir/musee-george-sand-et-de-la-vallee-noire-la-chatre

http://www.rosadoc.be/citytrips_parijs/vwsand.htm

http://www.musee-delacroix.fr/en/activities-events/recent-acquisitions-41/letter-from-george-sand-to-eugene-delacroix-october-11-1846

http://www.pays-george-sand.fr/

http://www.lanouvellerepublique.fr/Indre/Loisirs/Patrimoine-tourisme/n/Contenus/Articles/2015/02/22/Le-Musee-George-Sand-en-pleine-evolution-2233502

https://www.centrepompidou.fr/

Obras

Romances

Rose et Blanche (com Jules Sandeau, 1831);

Indiana (1832);

Valentina (Valentine, 1832);

Lélia (1833);

Le Secrétaire Intime (1834);

Lettres d'un Voyager (1834-1837);

Jacques (1834);

Leone Leoni (1835);

André (1835);

Simon (1836);

Mauprat (1837);

Les Maîtres Mosaïstes (1838);

L'Uscoque (1838);

La Dernière Aldini (1839);

Spiridon (1839);

Les Sept Cordes de la Lyre (1840);

O Companheiro da Viagem pela França (Le Compagnon du Tour de France, 1840);

Horace (1842);

Consuelo (1842-1843);

La Comtesse de Rudolstadt (1844);

Jeanne (1844);

Lettres à Marcie (1844);

Le Meunier D'Angibault (1845);

Teverino (1845);

Le Péché de Monsieur Antoine (1846);

O Charco do Diabo (La Mare au Diable, 1846);

Isidora (1846);

Lucrezia Floriani (1846);

Le Piccinino (1847);

Francisco, o Bastardo (François le Champi, 1847-1848);

A Pequena Fadette (La Petite Fadette, 1849);

Le Château des Désertes (1851);

Les Maîtres Sonneurs (1853);

A História de Minha Vida (Histoire de Ma Vie, 1854-1855);

Adriani (1854);

Un Hiver à Majorque (1855);

Le Diable aux Champs (1856);

Évenor et Leucippe (1856);

La Daniella (1857);

Les Dames Vertes (1857);

Les Beaux Messieurs de Boisdoré (1858);

L'Homme de Neige (1858);

Ela e Ele (Elle et Lui, 1859);

Narcisse (1859);

Flavie (1859);

Le Marquis de Villemer (1860);

Jean de la Roche (1860);

Constance Verrier (1860);

La Ville Noire (1860);

Valvèdre (1861);

La Famille de Germandre (1861);

Tamaris (1862);

Antonia (1862);

Mademoiselle la Quintinie (1863);

Laura,

Voyage Dans le Cristal (1864);

La Confession d'une Jeune Fille (1865);

Monsieur Sylvestre (1865);

Le Dernier Amour (1867);

Cadio (1868);

Mille de Merquem (1868);

Pierre Qui Roule (1870);

Malgrétout (1870);

Césarine Dietrich (1871);

Francia (1872);

Nanon (1872);

Contos de uma Avó (Contes d'une Grand-Mère, 1873);

Ma Soeur Jeanne (1874);

La Tour de Percemont (1876);

Oeuvres Complètes (1882-1883); J

ournal Intime (1926);

Oeuvres Autobiographiques (1970).

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