Vila Pública: diferenças entre revisões

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Sua localização exata é desconhecida. Para Platner, provavelmente esteve em algum lugar ao norte da moderna [[Praça de Jesus (Roma)|Praça de Jesus]],<ref name=Pla581 /> pois segundo descrição dos autores clássicos o edifício localizava-se próximo à [[Septa Júlia]],<ref name=Villa /> ao [[Circo Flamínio]] e ao [[Templo de Belona]], de tal modo que, o [[senado romano|senado]], reunido no último, pode ouvir os gritos dos {{formatnum|4000}} presos que estavam sendo executados no interior da Vila Pública por ordens de [[Sula]] após sua vitória na [[batalha da Porta Colina (82 a.C.)|batalha da Porta Colina]] de {{AC|82|x}}.<ref name=Pla581 />{{harvref|Richardson|1992|p=57}} Seja como for, é consensual que o espaço aberto da Vila Pública incluía o território imediatamente a sul do [[Diribitório]] e leste da Área Sagrada do [[Largo de Torre Argentina]], bem como parte da área do [[Templo de Ísis Campense]].<ref name=Villa />
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Revisão das 05h08min de 23 de julho de 2015

Vila Pública
Vila Pública
Denário de Públio Fonteio Capitão com descrição da Vila Pública
Tipo Vila
Construção 435 a.C.
Promotor / construtor Marco Gerânio Macerino
Caio Fúrio Pacilo Fuso
Geografia
País Itália
Cidade Roma
Localização Região VII - Via Lata
Coordenadas 41° 53' 45" N 12° 28' 48" E{{#coordinates:}}: não pode ter mais do que uma etiqueta primária por página
Vila Pública está localizado em: Roma
Vila Pública
Vila Pública

A Vila Pública (em latim: Villa Publica) era um prédio da Roma Antiga situado no Campo de Marte, famoso por ser um dos mais antigos edifícios de Roma e o único público a ser edificado ali antes do fim da República Romana.[1] Seu nome, como sugerido pelos estudiosos, aplica-se não somente ao edifício, mas ao espaço aberto circundante, onde boa parte dos negócios da Vila Pública ocorreram. Ela foi estabelecida em 435 a.C.[2] pelos censores Marco Gerânio Macerino e Caio Fúrio Pacilo Fuso para servir como base dos censores; ali os exércitos romanos eram cobrados e regulados e os censos administrados. Fora sua função original, também serviu, segundo Tito Lívio, como abrigo às embaixadas inimigas à Roma.[3]

O edifício foi restaurado e ampliado em 194 a.C. e provavelmente novamente em algum momento após 55 a.C., quando foi descrito num denário de Públio Fonteio Capitão, e antes do reinado do imperador Tibério (r. 14–37), quando Valério Máximo referiu-se a ele no passado.[3] Para Samuel Ball Platner, a reconstrução teria ocorrido ca. 34 a.C. e teria sido encabeçada pelo próprio Fonteio Capitão. Segundo a descrição do denário, era um recinto murado dentro do qual havia um edifício quadrangular com dois andares, dos quais o inferior abriu para fora com uma fileira de arcos. Marco Terêncio Varrão afirma que o prédio era decorado com pinturas e estátuas.[1]

Sua localização exata é desconhecida. Para Platner, provavelmente esteve em algum lugar ao norte da moderna Praça de Jesus,[1] pois segundo descrição dos autores clássicos o edifício localizava-se próximo à Septa Júlia,[3] ao Circo Flamínio e ao Templo de Belona, de tal modo que, o senado, reunido no último, pode ouvir os gritos dos 4 000 presos que estavam sendo executados no interior da Vila Pública por ordens de Sula após sua vitória na batalha da Porta Colina de 82 a.C..[1][4] Seja como for, é consensual que o espaço aberto da Vila Pública incluía o território imediatamente a sul do Diribitório e leste da Área Sagrada do Largo de Torre Argentina, bem como parte da área do Templo de Ísis Campense.[3]

Sob Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.), essa zona foi ocupada pelo Pórtico de Minúcio e o Teatro de Balbo, porém, segundo indicação Josefo, sob a dinastia flaviana ainda havia porções desocupadas. Para Andrew B. Gallia, sob Augusto a Vila Pública teria sido limitada a sul pelo distrito residencial de Palacina. Para Lawrence Richardson Jr., parte do edifício e o Altar de Marte teriam sido transformados, sob Domiciano (r. 81–96), no Templo dos Divinos.[3][5]

Referências

  1. a b c d Platner 1929, p. 581.
  2. Richardson 1992, p. 112.
  3. a b c d e «Villa Publica» (em inglês). Consultado em 22 de julho de 2015 
  4. Richardson 1992, p. 57.
  5. Richardson 1992, p. 111.


Bibliografia

  • Platner, Samuel Ball (1929). A Topographical Dictionary of Ancient Rome. Londres: Oxford University Press