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'''Asha''' ({{IPAc-en|ˈ|ɑː|ʃ|ə}}; ''aša'') é o termo (correspondente ao [[Sânscrito védico]] [[rta|ṛta]]) na [[Língua avéstica]] para um conceito de extrema importância<ref name="DG_1963_46">{{harvnb|Duchesne-Guillemin|1963|p=46}}.</ref> na teologia e doutrina do [[Zoroastrismo]]. Na esfera moral, ''aša/arta'' representa o que tem sido chamado de "o conceito confessional decisivo do zoroastrismo."<ref name="Boyce_1987_cit_Lommel">{{harvnb|Lommel|1930|p=48}} qtd. in<br />&nbsp; {{harvnb|Boyce|1987|p=389}}.</ref> O oposto védico de ''aša'' é '''''[[druj]]''''', "mentira."
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O termo [[avéstico]] '''''asha''''' (''aša''; ''arta'' em [[Língua persa antiga|Persa antigo]], e ''ard'' em [[Persa médio]]) é um dos princípios centrais do [[Zoroastrismo]], e que representa a "verdade", "justiça" ou "ordem", podendo ser traduzido como "aquilo que está ligado de forma adequada, no seu lugar próprio". De facto, para os Indo-iranianos, toda a criação física (''geti'') estava determinada segundo um plano [[Cosmo|cósmico]]. O seu oposto é '''''druj''''' (''drauga'' em Persa antigo), que representa a "falsidade" e o "caos".


O significado do termo é complexo com uma gama altamente diferenciada de significados. É comumente resumido de acordo com suas implicações contextuais de 'verdade' e 'retidão', 'ordem' e 'trabalho correto'.<ref name="Boyce_1975_27">{{harvnb|Boyce|1975|p=27}}.</ref><ref name="Zaehner_1961_34ff">{{harvnb|Zaehner|1961|pp=34ff}}.</ref>
O termo tem um equivalente no [[Sânscrito védico]], ''ṛtá'', que também deriva do [[proto-indo-iraniano]].


A palavra também é o nome próprio da divindade '''Asha''', a [[Amesha Spenta]] que é a [[hipóstase]] ou "gênio"<ref name="Dhalla_1938_323">{{harvnb|Dhalla|1938|p=323}}.</ref> da "Verdade" ou "Retidão". Na [[Avesta]], esta figura é mais comumente referida como '''Asha Vahishta''' (''Aša Vahišta'', ''Arta Vahišta''), "Melhor Verdade".{{Ref_label|Best_Possession|b|none}} O descendente [[Persa médio]] é ''Ashawahist'' ou ''Ardwahisht''; na [[Língua persa]] ''Ardibehesht'' ou ''Ordibehesht''. Nos [[Gathas]], os mais antigos textos do Zoroastrismo e pensados terem sido compostos pelo próprio profeta, raramente é possível distinguir entre o princípio moral e a divindade. Textos posteriores consistentemente usam o epíteto 'Melhor' ao falar da Amesha Spenta, enquanto nos Gathas o adjetivo "melhor" de ''aša/arta'' é usado apenas uma vez.

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==Bibliografia==
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* {{citation|last=Boyce|first=Mary|title=A History of Zoroastrianism, Vol. I|year=1975|publisher=Brill|location=Leiden/Köln}}
* {{citation|last=Boyce|first=Mary|chapter=Ardwashišt|title=Encyclopedia Iranica|volume=2|year=1987|location=New York|publisher=Routledge & Kegan Paul}}: <!--pages=-->389-390
* {{citation|last=Dhalla|first=Maneckji Nusservanji|publisher=OUP|location=New York|year=1938| title=History of Zoroastrianism}}
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[[Categoria:Zoroastrismo]]
[[Categoria:Zoroastrismo]]

Revisão das 03h04min de 5 de maio de 2016

 Nota: Para o músico britânico, veja Asher Quinn.

Asha (/ˈɑːʃə/; aša) é o termo (correspondente ao Sânscrito védico ṛta) na Língua avéstica para um conceito de extrema importância[1] na teologia e doutrina do Zoroastrismo. Na esfera moral, aša/arta representa o que tem sido chamado de "o conceito confessional decisivo do zoroastrismo."[2] O oposto védico de aša é druj, "mentira."

O significado do termo é complexo com uma gama altamente diferenciada de significados. É comumente resumido de acordo com suas implicações contextuais de 'verdade' e 'retidão', 'ordem' e 'trabalho correto'.[3][4]

A palavra também é o nome próprio da divindade Asha, a Amesha Spenta que é a hipóstase ou "gênio"[5] da "Verdade" ou "Retidão". Na Avesta, esta figura é mais comumente referida como Asha Vahishta (Aša Vahišta, Arta Vahišta), "Melhor Verdade".[b] O descendente Persa médio é Ashawahist ou Ardwahisht; na Língua persa Ardibehesht ou Ordibehesht. Nos Gathas, os mais antigos textos do Zoroastrismo e pensados terem sido compostos pelo próprio profeta, raramente é possível distinguir entre o princípio moral e a divindade. Textos posteriores consistentemente usam o epíteto 'Melhor' ao falar da Amesha Spenta, enquanto nos Gathas o adjetivo "melhor" de aša/arta é usado apenas uma vez.

Referências

  1. Duchesne-Guillemin 1963, p. 46.
  2. Lommel 1930, p. 48 qtd. in
      Boyce 1987, p. 389.
  3. Boyce 1975, p. 27.
  4. Zaehner 1961, pp. 34ff.
  5. Dhalla 1938, p. 323.

Bibliografia

  • Boyce, Mary (1975), A History of Zoroastrianism, Vol. I, Leiden/Köln: Brill 
  • Boyce, Mary (1987), «Ardwashišt», Encyclopedia Iranica, 2, New York: Routledge & Kegan Paul : 389-390
  • Dhalla, Maneckji Nusservanji (1938), History of Zoroastrianism, New York: OUP 
  • Duchesne-Guillemin, Jacques (1963), «Heraclitus and Iran», History of Religions, 3 (1): 34–49, doi:10.1086/462470 
  • Lommel, Hermann (1930), Die Religion Zarathushtras nach dem Avesta dargestellt, Tübingen: JC Mohr 
  • Zaehner, Richard Charles (1961), The Dawn and Twilight of Zoroastrianism, New York: Putnam