José Elias da Silva: diferenças entre revisões
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'''José Elias da Silva''' foi um [[anarquista]] [[brasileiro]] de fins do [[século XIX]] e início do [[século XX]]. |
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[[Pernambuco|Pernambucano]], trabalhou como [[marinheiro]] mas foi afastado por pregar ideias anarco-sindicalistas entre os colegas. Foi também operário da indústria têxtil e sapateiro. Segundo o relato de [[Afonso Schmidt]], surpreendia pela sua capacidade de [[oratória]], mesmo tendo origem humilde<ref>DULLES, John W.F.[https://books.google.com.br/books?id=poZ8DAAAQBAJ&pg=PA32 Anarchists and Communists in Brazil, 1900-1935]. University of Texas, 2014. Páginas 29 e 128 (em inglês)</ref>. |
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⚫ | Integrou o Centro de Estudos Sociais, fundado em [[1914]] no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], organizou com Orlando Correa Lopes e José Henrique Netto o congresso anarquista de [[1915]]<ref>GOMES, Angela de Castro. ''[https://books.google.com.br/books?id=uhOHCgAAQBAJ A invenção do trabalhismo]''. Editora FGV, 2015, [https://books.google.com.br/books?id=uhOHCgAAQBAJ&pg=PT93 p.93]</ref> |
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⚫ | Integrou o Centro de Estudos Sociais, fundado em [[1914]] no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], organizou com Orlando Correa Lopes e José Henrique Netto o congresso anarquista de [[1915]]<ref>GOMES, Angela de Castro. ''[https://books.google.com.br/books?id=uhOHCgAAQBAJ A invenção do trabalhismo]''. Editora FGV, 2015, [https://books.google.com.br/books?id=uhOHCgAAQBAJ&pg=PT93 p.93]</ref><ref>ARAÚJO, Clara; SCALON, Maria Celi. [https://books.google.com.br/books?id=Bqt3tEvGre4C Gênero, família e trabalho no Brasil]. FGV, 2005. Páginas 94-95</ref>. Escreveu, com Manoel Campos e Antonio Moutinho, o livro ''O anarquismo perante a organisação sindical: para desfazer mal entendidos'' ([[1916]])<ref>[https://pt.scribd.com/document/57539274/Breve-e-incompleta-relacao-de-livros-de-cunho-social-publicados-nem-todos-no-Brasil Breve e incompleta relação de livros de cunho social publicados (nem todos) no Brasil]. Centro de Estudos e Pesquisas Social/2011. Página 24</ref>. |
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⚫ | Ao lado de [[José Oiticica]], [[Astrojildo Pereira]] e [[Manuel Campos]], entre outros, foi um dos articuladores da [[Insurreição anarquista de 1918]] que inspirada pela [[Revolução Russa]] pretendia derrubar o governo central na então capital do país<ref>ABREU, Alzira Alves de. [https://books.google.com.br/books?id=vi2HCgAAQBAJ Dicionário histórico-biográfico da Primeira República (1889-1930)]. FGV, 2015, [https://books.google.com.br/books?id=vi2HCgAAQBAJ&pg=PT4067 p. 4067].</ref>. Foi um dos fundadores do [[Partido Comunista Brasileiro]]<ref>[https://pcb.org.br/portal2/10702 A fundação do PCB em 25 de março de 1922]. PCB</ref>. |
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São poucos os registros biográficos a seu respeito. Em entrevista á [[Fundação Getúlio Vargas|FGV]], [[Otávio Brandão]] afirma que, ao contrário do que consta nos documentos do PCB, ele não era operário, e sim [[funcionário público]], e trabalhava na Escola Visconde de Mauá, em [[Marechal Hermes]]<ref>[http://www.fgv.br/cpdoc/historal/arq/Entrevista213.pdf Otávio Brandão]. Depoimento, 1977</ref>. |
São poucos os registros biográficos a seu respeito. Em entrevista á [[Fundação Getúlio Vargas|FGV]], [[Otávio Brandão]] afirma que, ao contrário do que consta nos documentos do PCB, ele não era operário, e sim [[funcionário público]], e trabalhava na Escola Visconde de Mauá, em [[Marechal Hermes]]<ref>[http://www.fgv.br/cpdoc/historal/arq/Entrevista213.pdf Otávio Brandão]. Depoimento, 1977</ref>. |
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José Elias da Silva foi um anarquista brasileiro de fins do século XIX e início do século XX.
Pernambucano, trabalhou como marinheiro mas foi afastado por pregar ideias anarco-sindicalistas entre os colegas. Foi também operário da indústria têxtil e sapateiro. Segundo o relato de Afonso Schmidt, surpreendia pela sua capacidade de oratória, mesmo tendo origem humilde[1].
Integrou o Centro de Estudos Sociais, fundado em 1914 no Rio de Janeiro, organizou com Orlando Correa Lopes e José Henrique Netto o congresso anarquista de 1915[2][3]. Escreveu, com Manoel Campos e Antonio Moutinho, o livro O anarquismo perante a organisação sindical: para desfazer mal entendidos (1916)[4].
Ao lado de José Oiticica, Astrojildo Pereira e Manuel Campos, entre outros, foi um dos articuladores da Insurreição anarquista de 1918 que inspirada pela Revolução Russa pretendia derrubar o governo central na então capital do país[5]. Foi um dos fundadores do Partido Comunista Brasileiro[6].
São poucos os registros biográficos a seu respeito. Em entrevista á FGV, Otávio Brandão afirma que, ao contrário do que consta nos documentos do PCB, ele não era operário, e sim funcionário público, e trabalhava na Escola Visconde de Mauá, em Marechal Hermes[7].
Referências
- ↑ DULLES, John W.F.Anarchists and Communists in Brazil, 1900-1935. University of Texas, 2014. Páginas 29 e 128 (em inglês)
- ↑ GOMES, Angela de Castro. A invenção do trabalhismo. Editora FGV, 2015, p.93
- ↑ ARAÚJO, Clara; SCALON, Maria Celi. Gênero, família e trabalho no Brasil. FGV, 2005. Páginas 94-95
- ↑ Breve e incompleta relação de livros de cunho social publicados (nem todos) no Brasil. Centro de Estudos e Pesquisas Social/2011. Página 24
- ↑ ABREU, Alzira Alves de. Dicionário histórico-biográfico da Primeira República (1889-1930). FGV, 2015, p. 4067.
- ↑ A fundação do PCB em 25 de março de 1922. PCB
- ↑ Otávio Brandão. Depoimento, 1977