Foguete (fogo de artifício): diferenças entre revisões

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Revisão das 23h20min de 16 de outubro de 2020

 Nota: Se procura pela aeronave ou veículo espacial, veja Foguete espacial.
Torcedores corinthianos soltando foguetes em comemoração a vitória do time na Copa Libertadores da América de 2012.

O foguete (também conhecido como foguete de tiro ou pistola) é um tipo de fogo de artifício muito popular no Brasil e na América do Sul cujo efeito principal é o estampido, podendo ter um ou mais tiros. É utilizado principalmente em festas populares, religiosas, celebrações esportivas e final de ano. Em alguns lugares do Brasil, esses tipos de foguetes também são conhecidos como rojões.

Tipos

Um tubo de foguete de 3 tiros, um tipo de foguete típico e muito utilizado nos países da America do Sul.

Em geral, existem vários tipos de foguetes sendo os mais populares e comuns os foguetes de cano de um, três ou doze tiros, podendo ter um ultimo tiro mais forte (tornando-os em 12x1, 3x1, etc), existindo até foguetes com dezenove ou vinte e quatro tiros comuns e de um a quatro tiros mais fortes (tiro de resposta).[1][2]

Este tipo de foguete é conhecido foguete de cano e é composto por um tubo, buchas e bombas de tiro que formam uma espécie de morteiro que dispara as bombas para cima.[3] Podem ser soltos com a mão ou em base para fixar no chão.

Também há os conhecidos rojões de vara que são foguetes de vara maiores em que se acende o pavio e ele sobe com a própria carga propelente até explodir no céu. Estes devem ser soltos em tubos ou canos em que a vara fique livre, caso contrário há um risco dele ficar preso e explodir no chão ou mesmo de voar para uma direção contrária a desejada.[2]

Legislação

Ver artigo principal: Fogo de artifício

No Brasil, segundo o decreto-lei nº 4238, de 8 de abril de 1942, os foguetes são considerados fogos de artifício de classe C, com venda livre somente para maiores de 18 anos de idade e uso somente com licença de autoridade competente em hora e local previamente designados.

Recentemente, diversas cidades tem aprovado leis para proibir e restringir o uso e venda destes tipos de fogos de artifício visto que produzem muito barulho e poluição. Em 2018, a cidade de São Paulo aprovou um projeto de lei proibindo a utilização, venda e fabricação de foguetes de estampido nos limites do município.[4]

Em 2016, foi a cidade de Campinas que proibiu a soltura de fogos de artifício que façam barulho.[5] Diversas outras cidades possuem projetos de lei e regulamentos municipais com o objetivo de restringir ou proibir a queima destes artefatos com o fim de evitar poluição no ar e que o barulho causado por eles possa causar transtornos, principalmente para as pessoas com autismo, idosos e aos animais que são os que mais sofrem com o barulho dos fogos.

Perigos e acidentes

Nesta radiografia é possível ver uma mutilação causada por uma explosão de fogos de artifício na mão da pessoa que os soltava.

Perigosos e fontes de poluição sonora, tais fogos de artifício são por vezes utilizados como armas, principalmente nas notórias guerras entre torcidas organizadas de futebol rivais[6], através de disparos do alto de edifícios[7] ou mesmo com a fabricação de bombas caseiras.

Dados do Ministério da Saúde do ano de 2001, indicam que 471 crianças perderam suas vidas devido as queimaduras e que durante as festas juninas e comemorações de final de ano, o número de atendimentos a queimados costuma dobrar. Ainda assim no Brasil, o uso destes fogos de artifício são bastante comuns em jogos de futebol e celebrações religiosas como por exemplo nas festas em homenagem a Santo Antônio no mês de junho.

Em 2009, o ex-prefeito de Vinhedo, Milton Álvaro Serafim e seu partido PSDB foram condenados a pagar indenização por danos morais e materiais a um jovem que perdeu a mão esquerda devido a um acidente com um foguete durante sua campanha eleitoral em 1996. O jovem tinha 7 anos na época do acidente e estava na rua quando um foguete que estava sendo solto por outra pessoa explodiu e o atingiu.[8]

Em 2011, uma igreja do movimento Santo Daime, conhecido por utilizar fogos de artifício em seus rituais, foi condenada a indenizar um fazendeiro na cidade de Braço do Norte, SC devido a morte de uma vaca. O incidente ocorreu em 2005 quando durante um culto, fogos de artifício foram disparados em direção a casa do fazendeiro, assustando a vaca que estava prenha e acabou abortando o filhote e morrendo posteriormente. Veterinários constaram que a vaca faleceu devido ao susto que levou.[9]

Em 2014, o cinegrafista da Rede Bandeirantes, Santiago Andrade foi atingido por um rojão de vara e morreu durante a cobertura de uma manifestação no Rio de Janeiro. O black bloc Caio Silva de Souza teria acendido o rojão e o colocado no chão em posição horizontal, o foguete saiu descontrolado e atingiu o cinegrafista na cabeça, explodindo na hora, deixando-o inconsciente e causando sua morte cerebral três dias depois.[10]

Frequentemente, foguetes causam acidentes que podem variar entre ferimentos e escoriações em pessoas que os soltam ou ficam próximas a quem está soltando, ou mesmo rojões que ao serem disparados atingem linhas de distribuição de energia, deixando os moradores das adjacências sem luz elétrica.[11][12] O uso destes fogos de artifício requer cuidados especiais, um distanciamento seguro e o uso em ambientes externos para manter a segurança de todos.

Esquemas

Referências