Roger Désormière

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Roger Désormière
Roger Désormière
Nascimento 13 de setembro de 1898
Vichy
Morte 25 de outubro de 1963 (65 anos)
18.º arrondissement de Paris
Sepultamento Bartins Cemetery of Vichy
Cidadania França
Alma mater
Ocupação maestro, compositor, membro da Resistência Francesa
Prêmios
  • Prix Blumenthal
Movimento estético música clássica
Instrumento flauta
Causa da morte câncer de pulmão

Roger Désormière (Vichy (Allier), 13 de setembro de 1898 - Paris, 25 de outubro de 1963) foi um maestro e compositor francês[1]. É conhecido por ter dirigido os Ballets Suecos e os Ballets Russos e por ter sido um dos primeiros a gravar, e talvez o melhor, em 1941 a ópera Pélleas et Mélisande de Claude Debussy .

Biografia[editar | editar código-fonte]

Entrou no Conservatório de Paris, realizando os cursos de flauta com Philippe Gaubert, de harmonia com Xavier Leroux, de orquestra com Vincent d'Indy e de contraponto e fuga com Charles Koechlin. Formou com Henri Sauguet, Maxime Jacob e Henri Cliquet-Pleyel o grupo conhecido como École d'Arcueil[2]. Em 1922 obteve o Prémio Blumenthal.

Foi diretor musical dos Ballets Suecos (1924-1925) e depois dos Ballets Russos de Serguei Diaguilev (1925-1929). Com eles estreou em 1924, Mercure de Erik Satie; en 1925, Barabau, de Vittorio Rieti, La Pastorale de Georges Auric e Jack in the Box, de Satie; em 1927, Pas d'acier de Sergei Prokofiev, e Ode, de Nicolas Nabokov; finalmente, em 1929, Le fils prodigue de Prokofiev.

A partir de 1932, interessou-se pela música para filmes, e dirigiu a música da empresa Pathé-Nathan. Dirigiu no Teatro de La Scala de Milão, no Covent Garden de Londres, na Opéra-Comique de Monte Carlo (1937-1946), na Ópera de Paris (1945) e na BBC de Londres (1946-1947). De 1947 a 1951 dirigiu a Orquestra Nacional de França.

Compôs música de teatro, uma opereta e muitas bandas sonoras de filmes como La Règle du jeu, Arlette et l'amour e L'Homme du jour. Também foi um reconhecido flautista.

Fundou, com Serge Nigg, Louis Durey e Elsa Barraine, a «Association française des musiciens progressistes». Enquanto maestro em Roma em 1950, sofreu uma paralisia que terminou a sua carreira musicas, padecendo de afasia para o resto da sua vida. Morreu em 1963 em consequência de um cancro do pulmão.

Ardente defensor da música contemporânea francesa (Messiaen, Satie, Boulez, Dutilleux, e Duruflé), também soube ressuscitar algumas obras primas esquecidas do passado, editando e dirigindo obras de Rameau, Couperin, e Delalande.

Henri Sauguet dirá dele[3]:

«Foi o guia, a revelação, o apoio, o animador, o propagador, o apóstolo que fez brilhar a vida presente da nossa arte».
— Henri Sauguet

Roger Désormière casou com Colette Steinlen, filha do desenhador e pintor Théophile-Alexandre Steinlen.

Discografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • D. Mayer e P. Souvtchinsky, Roger Désormière et son temps, Édition du Rocher, 1966.

Referências

  1. Goodwin N. Roger Désormière. New Grove Dictionary of Opera. Macmillan, London and New York, 1997.
  2. Roux M-A. Portrait. Nota que acompanha INA CD IMV041, 2001.
  3. Buckle R. Diaghilev. London, Weidenfeld & Nicolson, 1979.