Ewa Wanda Cybulska

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Ewa Wanda Cybulska
Nascimento 9 de novembro de 1929
Varsóvia, Polônia
Morte 22 de maio de 2021 (91 anos)
Piracicaba, São Paulo, Brasil
Residência Brasil
Nacionalidade brasileira
Alma mater Universidade de São Paulo (graduação, mestrado e doutorado)
Orientador(es)(as) Ross Allen Douglas
Instituições
Campo(s) Física
Tese Estudo de reações produzidas pelos prótons em lítio (1979)

Ewa Wanda Cybulska (Varsóvia, 9 de novembro de 1929São Paulo, 22 de maio de 2021) foi uma física, pesquisadora e professora universitária brasileira.

Considerada pelo CNPq como uma das pioneiras da ciência no Brasil, Ewa era aposentada do Instituto de Física da Universidade de São Paulo e foi participante ativa na construção do primeiro reator nuclear no Brasil no atual Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).

Biografia[editar | editar código-fonte]

Ewa nasceu em Varsóvia, em 1929. Era filha de Teodor e Hanna Cybuslka. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial e a invasão da Polônia, a família saiu do país, residindo na Inglaterra, onde Ewa terminou os estudos. A família desembarca no Brasil em 1947. Determinada a cursar física, ela prestou o vestibular para a então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (FFCL/USP), onde se forma bacharela em física em 1954. Fez parte da primeira geração de físicos brasileiros, formada pelos cientistas italianos Gleb Wataghin e Giuseppe Occhialini, e pelos brasileiros Mário Schenberg, Marcello Damy, César Lattes e Oscar Sala.[1]

Entre 1953 e 1955, foi bolsista da CAPES no Laboratório do Acelerador Eletrostático Van de Graaff. Em 1956, junto de Marcelo Damy, participou da construção e instalação do primeiro reator nuclear no Brasil, instalado hoje no atual IPEN. Junto de vários pesquisadores, participou dos primeiros testes do reator em 15 de setembro de 1957.[1]

Em 1958, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde tornou-se professora e pesquisadora do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Junto de Luiz Marques publicou no país os primeiros trabalhos sobre espectroscopia gama. De volta a São Paulo em 1968, torna-se professora assistente do Instituto de Física da USP, novamente trabalhando com o Acelerador Van de Graaff, dirigido por Oscar Sala.[1]

Em 1970, defendeu o mestrado e em 1979 defendeu o doutorado. Trabalhou no acelerador Pelletron desenvolvendo trabalhos de física nuclear básica com reações nucleares e espectroscopia gama. Parte para a Universidade de Liverpool, em 1979, para um estágio de pós-doutorado. Trabalhou no Instituto de Física como professora de 1968 a 1999, quando se aposentou. Continuou na universidade como professora aposentada colaboradora, atuando principalmente na pós-graduação.[1]

Morte[editar | editar código-fonte]

Ewa morreu em 22 de maio de 2021, na capital paulista, aos 91 anos.[2]

Referências

  1. a b c d CNPq (ed.). «Ewa Wanda Cybulska». Pioneiras na Ciência. Consultado em 3 de junho de 2021 
  2. «Ewa Wanda Cybulska, pioneira da física nuclear, faleceu em São Paulo». Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares. Consultado em 3 de junho de 2021