Abranches (família)
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A Família Abranches teve início no famoso cavaleiro fidalgo D. Álvaro Vaz de Almada[1], por Henrique VI de Inglaterra titulado conde de Avranches (logo passado a Abranches em Portugal) na Normandia e que acompanhou o infante D. Infante D. Pedro no recontro de Alfarrobeira onde ambos perderam a vida frente às hostes do rei D. Afonso V de Portugal, sobrinho e genro do infante.
Os filhos de D. Álvaro adoptaram o nome do título (Abranches). Como D. Álvaro e os filhos caíram em desgraça, por terem apoiado o infante D. Pedro, só o filho mais novo, do 2º casamento, então uma criança, não se exilou, embora tenha sido escondido na Beira.
Este filho, D. Fernando, quando voltou a Lisboa e foi recebido por D. Afonso V e tomou o nome Almada, original, e veio mesmo, mais tarde, a requerer o título do pai, que lhe foi concedido, sendo o 2º e último conde de Abranches. Os outros filhos de D. Álvaro foram mais tarde perdoados por ordem real e regressaram ao Reino de Portugal.
Curiosidade
[editar | editar código-fonte]Este apelido passou, ao longo do tempo e em diferentes regiões, por alguma variações.
Além da troca comum do original francês "Avranches" por Abranches quando toca ao português, por vezes, erradamente aparece "Abrantes", e, em certa escrita antiga portuguesa, aparece como "Brãnches" ou "Dabranches" derivado de "d´Abranches" (como foi o caso usado pelo cronista Garcia de Resende ao referir-se a D. Fernando de Almada, 4.º conde de Avranches][2]). Mas talvez o mais curioso é ter surgido o "Branches", em alguns pergaminhos (como foi o caso de se referirem a João de Abranches como "Juan de Branches", quando esteve a lutar na Catalunha ao lado de D. Pedro de Coimbra, Condestável de Portugal e rei de Aragão[3]).
Referências
- ↑ Nobiliarchia Portugueza, por Antonio de Villasso, Villela, 1676, pág. 226
- ↑ Liuro das obras de Garcia de Reesende, que tracta de vida e grandissimas virtudes e bodades ... do ... principe elrey dom Ioam ho segundo deste nome: e dos reys de Portugal ho trezeno ... , Hida da Iffante Dona Breatiz, Garcia de Resende, 1554
- ↑ Notas sobre un diploma de la Cancillería de Renato de Anjou como rey de Aragón, por M.A. Vilaplana, Acta historica et archaeologica mediaevalia, ISSN 0212-2960, Nº 9, 1988, pág. 63, nota 41
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Dicionário Universal Ilustrado, Ed. João Romano Torres & Cª.1911.
- Nova Enciclopédia Portuguesa, Ed. Publicações Ediclube, 1996.
- SOVERAL, Manuel Abranches de - «Ascendências Visienses. Ensaio genealógico sobre a nobreza de Viseu. Séculos XIV a XVII», Porto 2004, ISBN 972-97430-6-1.
- Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira - 50 vols. Vários, Editorial Enciclopédia, Lisboa, vol .1 - pg. 99.
- O Grande Livro dos Portugueses, Círculo de Leitores, 1ª Edição, Lisboa, 1991, página 7.
- Anuário da Nobreza de Portugal - 2006, António de Mattos e Silva, Dislivro, Histórica, 1ª Edição, Lisboa, 2006.
- Armorial Lusitano, Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, 3ª Edição, Lisboa, 1987.
- La Casa de Alba, José Luis Sampedro Escolar, La esfera de los Libros, 1ª Edição, Madrid, 2007.