Fucsina básica

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Fucsina básica
Alerta sobre risco à saúde
Identificadores
Número CAS 8075-08-9,[1][2]
Propriedades
Fórmula molecular mistura principalmente de rosanilina e pararosanilina, podendo conter Magenta II e neofucsina[3]
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Fucsina básica é uma mistura de rosanilina e pararosanilina, podendo conter também magenta II e neofucsina[3][4][5][6]

Existem outras formulações químicas similares de produtos comercializados e chamados de fucsina, e vários outros sinônimos desta molécula.[4]

Entre as diversas variações deste corante, destacam-se os seguintes homólogos, com seus respectivos C.I., se classificado:[7]

  • Pararosanilina , Magenta 0 ,C.I. 42500.[8]
  • Rosanilin, Magenta I, C.I. 42510.[9]
  • Magenta II, normalmente na forma de cloridrato (monohydrochloride of 4-[(4-aminophenyl)(4-iminocyclohexa-2,5-dien-1-ylidene)methyl]-2-methylaniline}.[10][11][6]
  • Nova fucsina, Magenta III, C.I. 42520.[12]

Uso[editar | editar código-fonte]

Ela torna-se magenta quando dissolvida em água; como um sólido, ela forma cristais verdes escuros. É utilizado tanto no tingimento de tecidos, assim como nas colorações em histologia e citologia, na coloração de bactérias e também como um desinfetante.

É utilizada ainda, em suas variações, como um reagente analítico.

Formulações usadas para produção do reagente de Schiff devem ter alta concentração de pararosanilina. A atual composição da fucsina básica tende a variar por fornecedor e batelada de produção, fazendo as bateladas (partidas) aproveitáveis de modo diferente para diferentes propósitos.

Em solução com fenol como um acentuador ela é chamada fucsina fenicada (como por exemplo as Fucsinas das técnicas de Ziehl–Neelsen e Kinyoun) e é usada para a coloração de bactérias que causam a tuberculose.

Fucsina básica é agora frequentemente usada em coloração de Gram em microbiologia.

Soluções do corante[editar | editar código-fonte]

Solução aquosa saturada[13][editar | editar código-fonte]

Solução de trabalho a 0,1%[13][editar | editar código-fonte]

  • Solução saturada de fucsina básica 0,1 ml
  • Água destilada ou deionizada 100 ml

Fucsina fenicada de Kinyoun[editar | editar código-fonte]

Segundo Levinson e MacFate:[13]

  • Fucsina básica 4 gr
  • Fenol fundido 8 ml
  • Álcool etílico 95% 20 ml
  • Água destilada ou deionizada 100 ml

Variação[14]

  • Fucsina básica 4g
  • Álcool etílico 95º % 20ml
  • Fenol fundido 9,75 ml
  • Água destilada ou deionizada q.s. 100ml

Fucsina fenicada de Pottz[editar | editar código-fonte]

  • Fucsina básica 4 gr dissolvida em 25 ml de álcool etílico 95%.
  • Adicionar 12 gr de fenol. Misturar bem.
  • Adicionar 25 ml de glicerol.
  • Finalmente, adiconar 130 ml de água destilada ou deionizada.

Filtrar, uando soro de Seitz esterelizado para remover qualquer organismos acidófilos que possam estar presentes. mantém-se indefinidamentre em temperatura ambiente.

Fucsina fenicada de Ziehl-Neelsen[editar | editar código-fonte]

Segundo www.pncq.org.br[14]

  • Fucsina básica 0.3g
  • Álcool etílico 95º % 10ml
  • Fenol fundido 5,75 ml
  • Água destilada ou deionizada q.s. 100ml

Variação

  • Fucsina básica 1 g
  • Álcool etílico 95º % 10ml
  • Fenol fundido 50 gr
  • Água destilada ou deionizada q.s. 100ml

Dissolver o corante em um gral no álcool ou deixar de um dia para outro em banho num copo de béquer. Juntar o fenol (fundido previamente em banho-maria) misturando bem para obter uma mistura bem homogênea. Juntar a água pouco a pouco lavando o gral ou o copo de béquer. Filtrar depois de 24 horas de repouso.

Observação: Deve se diluída a um décimo em água (por exemplo 10 ml de solução em 90 ml de água) para uso no método de coloração de Gram.

Observações gerais sobre as soluções[editar | editar código-fonte]

Devem ser envasadas em frasco de vidro de coloração âmbar.

Referências

  1. Basic fuchsin, site www.chemseller.com
  2. Basic fuchsin, site www.lookchem.com
  3. a b Basic Fuchsin - StainsFile
  4. a b "Basic chemical data". Discovery Series online database, Developmental Therapeutics Program, U.S. National Institutes of Health. Retrieved on 2007-10-08.
  5. Goyal, S.K. "Use of rosaniline hydrochloride dye for atmospheric SO2 determination and method sensitivity analysis". Journal of Environmental Monitoring, 3, 666-670, DOI: 10.1039/b106209n. Retrieved on 2007-10-08.
  6. a b magenta II - www.ebi.ac.uk
  7. Basic Fuchsin Homologues - StainsFile
  8. Pararosanilin - StainsFile
  9. Rosanilin - StainsFile
  10. Magenta II - StainsFile
  11. Dye Standards, Part II. 7: Magenta II (No CI Number). European Committee for Clinical Laboratory Standards (ECCLS), Subcommittee on Reference Materials for Tissue Stains (SRMTS); Histochem J 24 (4), 238-239. 4 1992. PubMed: 1375216 - www.ncbi.nlm.nih.gov
  12. New Fuchsin - StainsFile
  13. a b c Levinson, Samuel A.; MacFate, Robert P. - Clinical Laboratory Diagnosis. 7th edition, Philadelphia, Lea & Febiger, 1969, 1323 pp
  14. a b «PESQUISA DE BACILO ÁLCOOL - ÁCIDO RESISTENTE – BAAR - www.pncq.org.br». Consultado em 17 de maio de 2008. Arquivado do original em 30 de novembro de 2006 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]