Guapuruvu
Guapuruvu | |||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake 1919 | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
Caesalpinia parahyba (Vell.) Allemão Cassia parahyba Vell. (basiônimo) Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke Schizolobium excelsum Vogel Schizolobium glutinosum Tul. Schizolobium kellermanii Pittier |
O guapuruvu (nome científico: Schizolobium parahyba) é uma árvore da família das fabáceas, notável pela sua velocidade de crescimento que pode atingir 3 metros por ano. A árvore é também conhecida como guarapuvu, garapuvu, guapiruvu, garapivu, guaburuvu, vapirubu, ficheira, bacurubu, badarra, bacuruva, birosca, faveira, pau-de-vintém, pataqueira, pau-de-tamanco ou umbela. Foi inicialmente descrita por J. M. C. Vellozo em 1825 sob o nome de Cassia parahyba.
É a árvore símbolo de Florianópolis, capital de Santa Catarina.
Características
Árvore de 20 a 30 metros de altura, 60 a 80 centímetros de diâmetro na altura do peito.
Flores grandes, vistosas, amarelas. Tronco elegante, majestoso, reto, alto e cilíndrico, casca quase lisa, de cor cinzenta muito característica. Floresce durante os meses de outubro, novembro e dezembro.
Folhas compostas bipinadas de 80 a 100 cm de comprimento com 30 a 50 pinas opostas. Quarenta a sessenta folíolos por pina, de dois a três cm de comprimento. [1]
Planta decídua, heliófita, pioneira e seletiva higrófita, exclusiva da mata atlântica. Dispersão irregular e descontínua, prefere matas abertas e capoeiras, muito rara na floresta primária densa. Floresce a partir de agosto até outubro, após a queda da folhagem. Os frutos amadurecem de abril a julho.[1] Guapuruvu é o simbolo da vale do Paraiba.
Ocorrência
Nativa do Brasil, Bolívia, Paraguai, Venezuela, Equador, Panamá, Nicarágua, Honduras, Guatemala, El Salvador, Costa Rica, Belize e México.[2] No Brasil ocorre da Bahia até Santa Catarina na floresta pluvial da encosta atlântica.[1]
Usos
A madeira do guapuruvu é pouco resistente, mas presta-se à confecção de embarcações tipo canoas exatamente pela leveza e facilidade de entalhe.
A madeira é muito leve, com a densidade de 0,32 g/cm cúbico. Indicada para miolo de painéís e portas, brinquedos, saltos de sapato, formas de concreto, compensados e caixotaria.[1]
Outros usos
Suas sementes e folhas foram estudadas quanto a sua ação contra os efeitos lesivos de acidentes ofídicos por um grupo de pesquisa da Universidade Federal de Uberlândia. Esses estudos se iniciaram com o interesse da pesquisadora Mirian M. Mendes em avaliar o real potencial dessa planta que é utilizada por moradores da zona rural no Triângulo Mineiro - MG[3] [4] Também são usadas no artesanato tradicional para colares e botões.[5]
Referências
- ↑ a b c d Lorenzi, Harri. Árvores brasileiras; manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativa do Brasil. Nova Odessa: Editora Plantarum, 1992. 368p.
- ↑ Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. 27 May 2009
- ↑ Luis Henrique F Vale, Mirian M Mendes, Renata S Fernandes, Tássia R Costa, Lorane I S Hage-Melim, Maicon A Sousa, Amélia Hamaguchi, Maria I Homsi-Brandeburgo, Suzelei C França, Carlos H T P Silva, Paulo S Pereira, Andreimar M Soares, Veridiana M Rodrigues (2011) "Protective Effect of Schizolobium Parahyba Flavonoids Against Snake Venoms and Isolated Toxins." Current Topics on Medicinal Chemistry, PMID 21682680
- ↑ MENDES, Mirian Machado ; OLIVEIRA, C. F. ; LOPES, D. S. ; Vale, Luís Henrique F. ; Alcântara, Tânia M. ; IZIDORO, L. F. M. ; HAMAGUCHI, A. ; Homsi-Brandeburgo, M. I. Anti-snake venom properties of Schizolobium parahyba (Caesalpinoideae) aqueous leaves extract. Phytotherapy Research, v. 22, p. 859-866, 2008.
- ↑ Ruth J. Smith (2005), "Botanical Beads of the World" Accessed on 2012-03-07.