Guido de Arezzo

Guido d'Arezzo (992 — 1050) foi um monge italiano e regente do coro da Catedral de Arezzo (Toscana), província de seu nascimento.
Foi o criador da notação moderna, com a criação do tetragrama, encerrando com o uso de neumas na História da Música, e batizou as notas musicais com os nomes que conhecemos hoje: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si (antes, ut, re, mi, fa, sol, la e san), e é por ele que os países de origem ibérica têm uma fala das notas musicais diferente dos povos Anglo-Saxônicos. baseando-se em um texto sagrado em latim do hino a São João Batista: [1]
- Ut queant laxis
- Resonare fibris
- Mira gestorum
- Famuli tuorum
- Solve polluti
- Labii reatum
- Sancte Ioannes
Vertendo-se livremente para o português, reza mais ou menos assim:
“Para que os servos possam, com suas vozes soltas, ressoar as maravilhas de vossos atos, limpa a culpa do lábio manchado, ó São João!”
A Guido d'Arezzo é também atribuído a invenção da "Mão Guidoniana", um sistema mnemônico usado para o ensino da leitura musical, em que os nomes das notas correspondiam a partes da mão humana.
O sistema de Guido d'Arezzo sofreu algumas pequenas transformações no decorrer do tempo: a nota Ut passou a ser chamada de Do, para facilitar o canto com a terminação da sílaba em vogal, derivando-se provavelmente da proposta lançada por Giovanni Doni, nome de um músicólogo italiano, que escolheu a primeira sílaba do seu sobrenome (afirmando ser, na verdade, a primeira sílaba do nome Dominus) para essa nova denominação. E foi criada, posteriormente, a nota Si (por esse nome ser as inicias do nome de São João, no hino a São João Batista em latim: Sancte Ioannes), novamente facilitando o canto com a terminação de uma vogal.