Gurgel Supermini
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Abril de 2015) |
Gurgel Supermini | |||||||
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Visão geral | |||||||
Produção | 1992-1995 | ||||||
Fabricante | Gurgel Motores S/A | ||||||
Modelo | |||||||
Classe | Minicarro Segmento A | ||||||
Carroceria | Hatchback, 2 portas | ||||||
Designer | João Gurgel | ||||||
Ficha técnica | |||||||
Motor | Boxer de dois cilindros, refrigerado a água. Gurgel Enertron. | ||||||
Potência | 36 cv | ||||||
Transmissão | 4 Marchas, manual | ||||||
Layout | Motor dianteiro, tração traseira | ||||||
Modelos relacionados | Gurgel Motomachine Gurgel BR-800 Gurgel SuperCross Gurgel Delta Gurgel Cena Gurgel BR-Van | ||||||
Dimensões | |||||||
Comprimento | 3.195 mm | ||||||
Entre-eixos | 2.000 mm | ||||||
Largura | 1.500 mm | ||||||
Altura | 1.468 mm | ||||||
Peso | 645 Kg | ||||||
Tanque | 40 | ||||||
Consumo | 19 km/l (em estrada) | ||||||
Cronologia | |||||||
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O Supermini é a evolução do BR-800, ele foi a resposta da Gurgel aos novos 1.0 da concorrência. Seguindo a mesma proposta de seu antecessor, é um minicarro exclusivamente urbano compacto e econômico, as maiores diferenças estão no desenho mais moderno, acabamento e potência.
Em relação ao seu antecessor, ele ganhou algumas “curvas” que fizeram sua aparência melhorar, agora com um acabamento de melhor qualidade como o painel mais bem desenhado, bancos altos e melhores, interior todo acarpetado e o entreeixos 10 cm maior.
A versão SL (a mais comum) contava com equipamentos como conta-giros, relógio analógico, toca-fitas com antena no teto, brake-light, repetidores de pisca no teto, banco traseiro bi-partido e outros, enquanto seus concorrentes na faixa dos 1.0 sequer ofereciam retrovisor do lado direito ou encostos de cabeça.
Em relação à parte mecânica o motor continua praticamente o mesmo (Gurgel Enertron), só que evoluções mecânicas fizeram o consumo diminuir e a potência aumentar para 36 cv, mantendo a tração traseira mas utilizando um novo câmbio. Diferentemente do BR-800 o Supermini não é 100% brasileiro, o câmbio é argentino.
Porém, mesmo com todos estes avanços técnicos, a concorrência possuía veículos mais potentes, espaçosos, e confortáveis (mesmo com ausência de itens de requinte como os do Supermini). Não obteve o sucesso esperado, gerando grande queda nas vendas. Sua carroceria era em fibra, a parte frontal de seu chassi tem um sistema chamado de fusível, em caso de colisão ela se deforma para absorver o impacto. O Supermini se manteve em fabricação até o fim de 1994, chegando a ser vendidas algumas unidades em 1995 com denominação ano/modelo 1995/1995, após isso a Gurgel Motores S/A acabou por falir. Hoje, ainda existem muitos circulando pelo Brasil com motor original ou adaptado do Fusca, Gol BX, entre outros. O motor do Fusca é o mais comumente usado.
Ficha Técnica
[editar | editar código-fonte]Motor
[editar | editar código-fonte]- Denominação: Gurgel Enertron
- Tipo de construção: Combustão interna, dois cilindros, montado na dianteira do veículo
- Disposição dos cilindros: opostos horizontalmente
- Diâmetro: 85,5 mm
- Curso do pistão: 69 mm
- Cilindrada: 792 cm³
- Taxa de compressão: 8,7:1
- Válvulas: no cabeçote
- Folga das válvulas: 0,15 mm admissão e 0,15 mm escapamento (regulagem a quente)
- Potência máxima: 26,5 kW (36 cv) a 5500 rpm (ABNT NBR-5484)
- Torque máximo: 66 Nm (6,6 kgf) a 2500 rpm (ABNT NBR-5484)
- Lubrificação: sob pressão, com bomba toroidal
- Alimentação: por bomba de gasolina mecânica
- Carburador: de corpo simples e aspiração descendente
- Filtro de ar: seco, com elemento filtrante de papel
- Arrefecimento: a água com circulação forçada por bomba d'água integrada ao comando de válvulas. Radiador com depósito de compensação, ventilador elétrico, acionado por interruptor termostático
- Ignição: controlada por micro-processador eletrônico, mas não elimina o distribuidor
- Ângulo de avanço inicial: 16º AMPS
- Velas: rosca (M 14 x 1,25 mm) - tipo: NGK BPR 5 EY / Bosch WR 8 AC
- Afastamento dos eletrodos: 0,6 a 0,8 mm
- Combustível: Gasolina tipo C
Embreagem
[editar | editar código-fonte]- Tipo: monodisco a seco, acionamento mecânico
- Folga do pedal: 10 a 20 mm
Transmissão
[editar | editar código-fonte]- Tração traseira por eixo cardã e diferencial
- Caixa de mudanças: 4 marchas sincronizadas à frente e uma à ré
Relação de transmissão:
- 1ª: 3,65:1
- 2ª: 2,14:1
- 3ª: 1,37:1
- 4ª: 1,00:1
- ré: 3,66:1
- Razão de transmissão do diferencial: 4,10:1
Carroceria
[editar | editar código-fonte]Estrutura espacial em aço com perfil tubular misto (quadrado e cilíndrico). Os tubos transversais que formam o lado inferior da carroceria são na verdade tubos de torque que, em caso de colisão lateral, se deformam amortecendo o impacto. A carroceria é formada também por painéis modulares em plástico de engenharia, um tipo de material que já era conhecido no meio automobilístico com matéria-prima na confecção de algumas peças, mas que foi reconhecido como material muito versátil devido à Gurgel, que utilizava largamente o material em seus veículos. O percentual de utilização da fibra de vidro no Supermini era de cerca de 65%, como exemplo, além da carroceria, o painel interior, as forrações de acabamento das portas e até mesmo algumas peças do motor são feitas de fibra de vidro. A parte frontal do chassi é provida de um sistema de segurança que utiliza barras de aço de torque, que se deformam no caso de uma eventual colisão, amortecendo o impacto.
Suspensão dianteira
[editar | editar código-fonte]- Independente, com molas helicoidais e amortecedores telescópicos de dupla ação, geometricamente progressiva.
Suspensão traseira
[editar | editar código-fonte]- Sistema "Leaf Coil" - conjuga a ação das lâminas paralelas à ação das molas helicoidais e amortecedores. As lâminas paralelas de aço, além de absorverem o torque do diferencial, trabalham também como um sistema estabilizador (Patente Gurgel).
Direção
[editar | editar código-fonte]- Mecânica, tipo pinhão e cremalheira
- Diâmetro mínimo de curva: 8,8 m
Rodas
[editar | editar código-fonte]- Aro estampado em aço - 4,5 J x 13
- Pneus radiais- 145 R x 13
Freios
[editar | editar código-fonte]- De serviço: hidráulico, circuito duplo com ação nas quatro rodas
- Dianteiros a disco
- Traseiros a tambor
- De estacionamento: mecânico, com ação sobre as rodas traseiras
Sistema elétrico
[editar | editar código-fonte]- Bateria: 12V, 45Ah
- Alternador: 12V, 32A
Peso
[editar | editar código-fonte]- 645 Kg
- Carga útil (4 ocupantes e bagagens): 350 Kg
- Peso total admissível: 995 Kg
Abastecimento
[editar | editar código-fonte]- Reservatório de combustível: 40 litros
- Cárter do motor (com filtro): 2,5 litros
- Caixa de mudanças: 1,1 litros
- Diferencial: 0,8 litros
- Radiador (sistema de arrefecimento): 3,4 litros
- Fluido de freio: 0,34 litros
Dimensões
[editar | editar código-fonte]- Comprimento: 3,195 m
- Largura: 1,50 m
- Altura: 1,468 m
- Distância entre eixos: 2,00 m
- Bitola dianteira: 1,285 m
- Bitola traseira: 1,285 m
- Altura livre do solo: 15 cm
Desempenho
[editar | editar código-fonte]- Velocidade máxima: 120 km/h
- Aceleração (0–100 km/h): 34,63 segundos
Produção
[editar | editar código-fonte]Ano | Produção (unidades) |
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1992 | 500 |
1993 | ? |
1994 | ? |
1995 | ? |
Total | 500 |
Referências
- Revista Quatro Rodas, Novembro de 1992, Editora Abril
- Revista Quatro Rodas, Outubro de 2003, Editora Abril
Ligações Externas
[editar | editar código-fonte]- Best Cars Web Site. Carros do passado
- Quatro Rodas. Grandes Brasileiros: Gurgel Supermini
- Quatro Rodas. Gurgel: o engenheiro que virou carro
- Lexicar Brasil. Gurgel
- Automobile Catalog
- Site Gurgel 800. Gurgel Supermini: espécie em evolução
- Gurgel Clube Rio de Janeiro