Gustavo do Palatinado-Zweibrücken

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Gustavo
Conde Palatino, Duque de Zweibrücken
Gustavo do Palatinado-Zweibrücken
Conde Palatino Gustavo, Duque de Zweibrücken
Duque do Palatinado-Kleeburg
Reinado 1701-1718
Antecessor(a) Adolfo João II
Sucessor(a) reintegrado no Palatinado-Zweibrücken
Duque do Palatinado-Zweibrücken[1]
Reinado 1718-1731
Predecessor(a) Carlos II
Sucessor(a) Cristiano III
 
Nascimento 12 de abril de 1670
  Castelo de Stegeborg, Suécia
Morte 17 de setembro de 1731 (61 anos)
  Zweibrücken
Nome completo Gustav Samuel Leopold
esposa (1) Doroteia do Palatinado-Veldenz
(2) Luísa Doroteia von Hoffmann
Casa Wittelsbach, ramo Palatino
Pai Adolfo João I do Palatinado-Kleeburg
Mãe Elsa Elisabeth Brahe
Religião Luterano

Gustavo do Palatinado-Zweibrücken (em alemão: Gustav Samuel Leopold von Pfalz-Zweibrücjken; Stegeborg, 12 de abril de 1670 - Zweibrücken, 17 de setembro de 1731) foi um conde Palatino, Duque de Kleeburg de 1701 al 1718 e duque de Zweibrücken de 1718 até 1731.

Usou também os títulos de 5.º Duque de Stegeborg (na Suécia), Conde Palatino do Reno, e Duque na Baviera.[2]

Foi o último membro em linha masculina da linhagem de Kleeburg, do ramo Palatino dos Wittelsbach, a reinar.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Gustavo Samuel Leopoldo nasceu no Castelo de Stegeborg, próximo de Söderköping (Suécia), em 1670, sendo o filho mais novo de Adolfo João I do Palatinado-Kleeburg.[2] As irmãs mais velhas, Catarina e Maria Isabel, eram mal tratadas pelos pais e, em 1687, Gustavo ajudou-as a fugir de casa dos pais para se refugiarem na corte sueca o que, na altura, se tornou um escândalo na Suécia.[3]

Em 1701, sucedeu ao seu irmão Adolfo João II como duque de Kleeburg. Mais tarde, em 1718, sucedeu também ao primo, Carlos XII, Rei da Suécia, como Duque de Zweibrücken, reintegrando, assim, o pequeno Palatinado-Kleeburg no Palatinado-Zweibrücken.[2] A morte do rei sueco também fez dele um candidato elegível ao trono sueco.

Nos anos 1720s, Gustavo mandou construir a residência ducal (Residenz) de Zweibrücken em estilo barroco, o chamado Schloss Zweibrücken, construído pelo arquiteto sueco Jonas Eriksson Sundahl. Fixou aí a sua residência de 1720 a 1725.

Gustavo Samuel Leopoldo morreu em Zweibrücken em 1731 sendo sepultado na igreja de Alexandre (Alexanderkirche). Como último representante do seu ramo da Casa de Wittelsbach, os seus territórios foram herdados pelo conde palatino Cristiano III, duque de Zweibrücken-Birkenfeld.

Ele candidatou-se à posição de Grão Mestre da Ordem militar Contantiniana de S. Jorge, cuja obscura dinastia de Grão-mestres se extinguira no final do século XVII, e cujo Grão-mestrado fora transferido para Francisco Farnésio, Duque de Parma em 1696. Nos anais dessa instituição de Cavalaria e do Vaticano, Gustavo é referido como Duque da Baviera. Gustavo falhou nas suas aspirações, e a posição de Grão-mestre foi confirmada, em 1701, pelo Papa que seria hereditária na Casa Farnésio e seus sucessores. O duque Farnésio foi posteriormente sucedido na posição pelo seu parente masculino, o futuro rei Carlos III de Espanha.

Politicamente, Gustavo era o último representante masculino da linha da sua avó paterna, Catarina Vasa. Após a morte do seu primo, o rei Carlos XII, Gustavo de Stegeborg (como era conhecido) foi um dos candidatos elegíveis à sucessão legítima aos tronos do Reino da Suécia e do Grão-Ducado da Finlândia. Se tivesse sido escolhido, teria sido o rei Gustavo III. Contudo, nenhuma fação ou partido na Suécia o apoiou, e os seus direitos sucessórios nunca foram recordados na história. Pelo contrário, a sua prima Ulrica Leonor conseguiu tornar-se a rainha reinante da Suécia.

Gustavo faleceu durante o reinado de Frederico I da Suécia. Os seus direitos ao trono sueco foram herdados quer pelo seu sobrinho Carlos Adolfo Gyllenstierna, conde de Ericsberg, pela sua irmã, a Condessa Palatina Maria Isabel de Kleeburg e, ainda, pelo primo, Carlos Frederico, Duque de Holstein-Gottorp.

Casamentos[editar | editar código-fonte]

Em 10 de julho de 1707, Gustavo casou com a condessa Palatina Doroteia (1658-1723), filha de Leopoldo Luís do Palatinado-Veldenz. Deste casamento não houve descendência.

A 13 de maio de 1723, em Zweibrücken, casou em segundas núpcias, com Luísa Doroteia von Hoffmann (1700–1745), filha de Johan Heinrich von Hoffman e de Anne Chocq, casamento considerado morganático. Ela converteu-se ao Catolicismo em 1723 e, a 3 de março de 1724, foi-lhe atribuído o título de Condessa von Hoffmann pelo Sacro Imperador Romano-Germânico. Deste casamento também não houve descendência.

Ascendência[2][editar | editar código-fonte]


Gustavo do Palatinado-Zweibrücken
Casa de Wittelsbach
( Ramo Palatino – linhagem de Zweibrücken-Landsberg )
Nascimento: 12 de abril 1670 Morte: 17 de setembro 1731
Precedido por
Adolfo João II
Duque do Palatinado-Kleeburg
1701 - 1718
Sucedido por
reintegrado no Palatinado-Zweibrücken
Precedido por
Carlos II
Duque do Palatinado-Zweibrücken
1718 - 1731
Sucedido por
Cristiano III


Referências

  1. O título formal era Conde palatino no Reno e Duque de Zweibrücken (em alemão: Pfalzgraf bei Rhein und Herzog von Zweibrücken). Na sua qualidade de membro dum ramo colateral da família do Príncipe-Eleitor do Palatinado, usava o título Conde Palatino no Reno, onde se localizava aquele Eleitorado.
  2. a b c d Michel Huberty, Alain Giraud, F. and B. Magdelaine. L'Allemagne Dynastique, Tome IV, Wittelsbach. (1985). ISBN 2-901138-04-7 pp.73, 83–84,108–109, 144–145, 206-207
  3. Nanna Lundh-Eriksson (1947). Hedvig Eleonora. Stockholm: Wahlström & Widstrand. ISBN (in Swedish)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]