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Hélder da Silva

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Hélder da Silva[1] (Gabela, 15 de setembro de 1969) é um físico, eletrotécnico, pesquisador e inventor angolano. Suas pesquisas e invenções têm foco principalmente no campo eletromagnético e em sistemas eletrônicos para a aviação.[2] É membro da Associação Angolana de Inventores e Inovadores.[3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Fez o ensino secundário-técnico em eletricidade no Instituto Médio Industrial de Luanda (IMIL), formando-se em eletrotécnica pelo Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, em Portugal.[4] Passou a residir neste país desde sua mudança para estudos.[4]

Suas pesquisas renderam um primeiro grande reconhecimento em 1999, quando recebeu medalha de bronze na Feira de Genebra, na Suíça, com um dispositivo de detecção e identificação de malas de viagens nos aeroportos.[4]

Em 2010 recebeu medalha de prata na Feira de Nuremberga, na Alemanha, com um sistema automático para aterragem de aviões com defeito nos trens de aterragem.[4] Na mesma feira recebeu medalha de prata por um sistema automático para sucção e drenagem para pacientes com traqueotomia sem balão.[4]

Em 2014 ficou em segundo lugar nas feiras InnovaWorld e Innova Social com um projeto sistema de transmissão de dados das caixas negras sem contacto físico.[5] No ano seguinte conquistou a medalha de prata e duas de bronze com um projeto de um sistema de controlo de acidentes de aviação, na Feira Internacional de Ideias, Invenções e Novos Produtos (IENA).[3] Em 2018, em Toronto, no Canadá, ganhou medalha de ouro com um dispositivo para comunicar à distância com as caixas negras dos aviões.[4]

Em 2022 conquistou a medalha de ouro na Feira Internacional de Ciências na Alemanha num trabalho sobre campo magnético,[6] demonstrando a dimensão prática do teorema de Paul Dirac, tendo sido desenvolvido um dispositivo mecânico que demonstra o teorema em questão.[7] O dispositivo desenvolvido por Silva demonstrou que uma através de uma injeção de um campo magnético residual, e com a ajuda desse campo, anula-se o outro pólo, restando uma só polaridade em vez dos pólos norte e sul.[6] Assim, seria possível provar o sentido de orientação dos campos e o motivo pelo qual os planetas deslocam-se continuamente.[8]

A partir das pesquisas e das premiações no campo do eletromagnetismo, Silva chegou a ser especulado como indicado ao Prémio Nobel de Física em 2023, trabalhando em demonstrações e divulgações sobre sua descoberta.[9] Porém afirmou que seu trabalho, mesmo muito promissor e de fronteira de pesquisa científica e tecnológica, precisa estar vinculado a uma linha ou grupo de pesquisa acadêmica-universitária, além de ter publicações e revisão por pares para que tenha candidatura robusta ao prémio.[10]

Referências