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Hamas: diferenças entre revisões

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Tendo executado vários atentados terroristas suicidas, como por exemplo o [[Atentado terrorista do Café Moment]], o Hamas é listado como organização terrorista pelo [[Canada]],[[União Européia]], [[Israel]], [[Japão]] e [[Estados Unidos]] e banido pela [[Jordânia]]. [[Austrália]] e [[Reino Unido]] listam somente a ala militar do Hamas, as [[Brigadas de Izz ad-Din al-Qassam]], como organização terrorista. Os Estados Unidos e a União Européia têm implementado medidas restritivas contra o Hamas a nível internacional.

==Nome==



==Origem==
==Origem==

Revisão das 20h03min de 18 de janeiro de 2009

Ficheiro:Logo of Hamas.svg
Emblema do Hamas

O Hamas (em árabe: حماس, transl. Ḥamās, acrónimo de حركة المقاومة الاسلامية, Ḥarakat al-Muqāwamat al-Islāmiyyah, cujo significado é "Movimento de Resistência Islâmica") é uma organização paramilitar e partido político sunita palestino que mantém a maioria dos assentos no conselho legislativo da Autoridade Nacional Palestina[1].

O Hamas foi criado em 1987 pelo Sheik Ahmed Yassin, Abdel Aziz al-Rantissi e Mohammad Taha da ala palestina da Irmandade Muçulmana no início da primeira Intifada. Famoso por seus numerosos ataques suicidas e outros ataques contra a população israelense e suas forças armadas, o Hamas também mantém extensivos programas sociais e ganhou popularidade na sociedade palestina ao estabelecer hospitais, escolas, bibliotecas e outros serviços através da Cisjordânia e Faixa de Gaza. A Carta Fundamental do Hamas exorta à recaptura do Estado de Israel e sua substituição pela República Islâmica Palestina na área que hoje é conhecida internacionalmente como Israel, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. O Hamas desceve seu conflito com Israel como político e não religioso ou antissemita. Entretanto, sua carta fundamental, escritos e muitas de suas declarações públicas refletem a influência de teorias conspiratórias antissemitas.

A ala política do Hamas ganhou várias eleições democráticas locais em Gaza, Qalqilya, e Nablus. Em janeiro de 2006, o Hamas em uma vitória surpreendente, observada por entidades internacionais[2], levou 76 dos 132 assentos nas eleições parlamentares palestinas, enquanto que o partido que liderava anteriormente, o Fatah, ganhou apenas 43. Muitos achavam que o governo anterior do Fatah era corrupto e ineficiente, e os partidários do Hamas viram isso como uma chance para instaurar a resistência armada como movimento que defende os palestinos da ocupação de Israel. Entretanto, desde a vitória nas eleições do Hamas, brigas particulares tem ocorrido entre o Hamas e o Fatah. A principal razão para esta briga está na diferença ideológica. Hamas é um grupo que adota a rigorosa interpretação do Islã, enquanto que o Fatah é um grupo mais laico e principalmente, apoiado pela União Européia e Israel.

Depois da Batalha de Gaza em 2007, oficiais do Hamas eleitos foram expulsos de suas posições do governo da Autoridade Nacional Palestina na Cisjordânia e substituidos por membros do rival e se tornaram independentes em ações o que muitos palestinos veêm como uma ação ilegal. Em 18 de junho de 2007, o presidente palestino Mahmoud Abbas (Fatah) publicou um decreto chamando o Hamas de milícia e força executiva ilegais.

Tendo executado vários atentados terroristas suicidas, como por exemplo o Atentado terrorista do Café Moment, o Hamas é listado como organização terrorista pelo Canada,União Européia, Israel, Japão e Estados Unidos e banido pela Jordânia. Austrália e Reino Unido listam somente a ala militar do Hamas, as Brigadas de Izz ad-Din al-Qassam, como organização terrorista. Os Estados Unidos e a União Européia têm implementado medidas restritivas contra o Hamas a nível internacional.

Nome

Origem

Criado no final de 1987, na cidade de Gaza. O movimento era então próximo da Irmandade Muçulmana do Egito[3].

O Hamas se desenvolve diferentemente na Cisjordânia , não participando da criação ou do controle de instituições públicas.

Segundo alguns analistas, a Irmandade Muçulmana palestina, durante os anos 1970 e 1980, era financiada direta ou indiretamente por diferentes estados, como a Arábia Saudita e a Síria, mas também pelo Mossad, o serviço secreto israelense. [4].

O braço político e beneficente da Irmandade Muçulmana é então reconhecido oficialmente por Israel. O grupo se concentra na ajuda social e em projetos religiosos, com uma intensa ação social e comunitária. Em meados de 1980, a Irmandade Muçulmana palestina evolui, sob a influência do sheik Ahmed Yassin, que prega a luta armada contra o "ocupante hebreu" e é preso pelo governo israelense em 1989. Posteriormente solto, em uma troca de prisioneiros, foi morto em um targeted killing, pelo Tzahal.

As primeiras ações armadas do Hamas ocorrem com o início da Primeira Intifada. Inicialmente atacam rivais palestinos e depois, os militares israelenses. Empreendem também ataques contra civis israelenses, em ações armadas e violentas. Em 1989, o movimento sofre um golpe quando seu fundador, Ahmed Yassin, é feito prisioneiro em Israel.

O Hamas preconiza a luta contra Israel, por todos os meios, visando à libertação da Palestina e a formação de um estado independente palestiniano "... desde o Rio Jordão até o mar". Sua carta de princípios, redigida em 1988, preconiza o estabelecimento de um estado muçulmano na Palestina mas, segundo seu dirigente, Khalid Meshal, a carta não prega de modo algum a destruição de Israel. Em árabe, está escrito para colocar um fim na ocupação israelitas da Palestina. "Não queremos nos livrar do outro. Desejamos apenas obter nossos direitos."

Autor de repetidos actos violentos contra Israel, o grupo figura na lista de organizações terroristas do Conselho da União Europeia [5], do Canadá[6], do Japão[7], dos Estados Unidos[8] e de Israel[9]; os ataques de seu braço armado - as brigadas Izz ad-Din al-Qassam - visam tanto a alvos militares como a alvos civis israelitas.

Bandeira com a Shahada, frequentemente utilizada por apoiantes do Hamas.[10]

Por outro lado, o movimento criou uma vasta rede de assistência social na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e, em 25 de Janeiro de 2006, venceu as eleições para o parlamento Palestino, derrotando o Fatah. Após a contagem final, em 28 de janeiro de 2006, conquistou 74 das 132 cadeiras do parlamento, não precisando, portanto, formar coligações.

Como partido político, liderou dois governos sucessivos da Autoridade Palestiniana. Seus representantes têm afirmado o interesse em resolver as divergências com o Fatah, e têm buscado o reconhecimento internacional da organização, como interlocutor qualificado e legítimo representante dos interesses do povo palestino, embora até então não reconheça o Estado de Israel.

Em dezembro de 2008 teve sua rede de assistência social e educacional na Faixa de Gaza destruída por Israel[11], após acção militar em resposta aos mísseis que a membros da organização lançam diariamente sobre a fronteira, em direcção ao território israelita.[carece de fontes?]

O cessar-fogo duradouro

Em fevereiro de 2006, o Hamas, através de Khaled Meshaal, propôs um cessar-fogo duradouro, desde que Israel devolvesse os territórios ocupados desde 1967[12]. A proposta não foi aceita pelos israelenses.

Referências

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