Império Heftalita
Império Heftalita Império Eftalita • Heftalitas • Hunos brancos • Sveta Huna • Yanda • Ye-ti-i-li-do | |||||||||
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Império Heftalita ca. 500
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Coordenadas de Badiana | |||||||||
Continente | Ásia | ||||||||
Região | Ásia Central | ||||||||
Capitais | Badiana | ||||||||
Países atuais | Afeganistão | ||||||||
Língua oficial | bactriano | ||||||||
Línguas regionais | gandari
sânscrito (litúrgica) | ||||||||
Religiões | budismo[1] | ||||||||
Forma de governo | confederação tribal | ||||||||
Período histórico | Antiguidade Tardia e Idade Média | ||||||||
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Estados antecessores e sucessores
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Os heftalitas ou eftalitas, também conhecidos como hunos brancos, foram uma confederação nômade na Ásia Central da Antiguidade Tardia e começo da Idade Média. O Império Heftalita, no auge de seu poder (na primeira metade do século VI), estava situado nos territórios dos atuais Afeganistão, Turcomenistão, Uzbequistão, Tajiquistão, Quirguistão, Cazaquistão, Paquistão, Índia e China.[4] O reduto do poder heftalita foi Tocaristão nas encostas norte do Indocuche, no atual noroeste do Afeganistão.[5] Pelas primeiras décadas do século V, os heftalitas se aliaram com o Império Sassânida contra os quidaritas e conquistaram em 467 a capital deles, Balaã (identificada como a atual Bactro)[6] Pelo fim do século V, os heftalitas destruíram o Império Gupta e conquistaram o norte e centro da Índia.[4] Mas, pelo fim do século VI, foram derrotados e expulsos da Índia pelos reis indianos Iasodarmã e Narasima-Gupta.[7]
Nas crônicas chinesas, os heftalitas são chamados Yanda ou Ye-ti-i-li-do,[8] enquanto fontes chinesas mais antigas, de c. 125, chamam-os Hoa ou Hoa-tun e os descreve como uma tribo que vive além da Grande Muralha.[9] Em outros lugares, foram chamados "hunos brancos", sendo conhecidos pelos gregos como eftalitas, Abdel ou Avbdel, pelos indianos como Sveta Huna (hunos brancos), quionitas ou Turushka,[10] pelos armênios como Hephthal, Hep’t’al ou Tetal, pelos sírios como Ephthalita e Tedal, pelos persas como Hephtal e Hephtel e pelos árabes e persas como Haital, Hetal, Heithal, Haiethal e Heyâthelites, enquanto o nome bactriano deles foi ηβοδαλο (Ebodalo).[8] De acordo com muitos estudiosos especialistas, a língua falada pelos heftalitas foi uma língua iraniana oriental, mas diferente da língua bactriana que foi utilizada como a "língua oficial" e cunhada em moedas. Eles podem ser os ancestrais epônimos da moderna união tribal pastó dos durrani, a maior união tribal no Afeganistão.[11]
Referências
- ↑ a b c d e Kurbanov 2010, p. 232-238.
- ↑ «Chinese Travelers in Afghanistan - Abdul Hai Habibi» (em inglês). Consultado em 23 de janeiro de 2014
- ↑ Wink 2002, p. 110.
- ↑ a b Kurbanov 2010, p. 1; 23.
- ↑ Kurbanov 2010, p. 5-6.
- ↑ Kurbanov 2010, p. 12.
- ↑ Kurbanov 2010, p. 180.
- ↑ a b Kurbanov 2010, p. 2.
- ↑ Morris 2011, p. 80.
- ↑ «Historical Sketch of Buddhism and Islam in Afghanistan» (em inglês). Consultado em 23 de janeiro de 2014
- ↑ Kurbanov 2010, p. 242.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Kurbanov, Aydogdy (2010). The Hephtalites: Archaeological and historical analysis (PDF). Universidade Livre de Berlim: Departamento de História e Estudos Culturais
- Morris, Charla Jean (2011). From the First Rising Sun: The Real First Part of the Prehistory of the Cherokee People and Nation According to Oral Traditions, Legends, and Myths. [S.l.]: AuthorHouse. ISBN 1463436440
- Wink, André (2002). Al-Hind, the Making of the Indo-Islamic World: Early Medieval India and the Expansion of Islam 7Th-11th Centuries. Leida: BRILL. ISBN 0391041738