Heitor Dhalia
Heitor Dhalia
| |
|---|---|
| Nome completo | Heitor Dhalia |
| Nascimento | 18 de janeiro de 1970 (55 anos) Recife, Pernambuco, Brasil |
| Nacionalidade | brasileiro |
| Ocupação | Diretor, Roteirista, Produtor |
| Atividade | 1988–presente |
| Festival de Cannes | |
| Seleção Oficial "Un Certain Regard" por À Deriva (2009) | |
| Outros prêmios | |
| Grande Prêmio do Cinema Brasileiro Melhor Roteiro Adaptado: O Cheiro do Ralo (2007) Festival do Rio Prêmio Especial do Júri: O Cheiro do Ralo (2007) Mostra Internacional de Cinema de São Paulo Prêmio da Crítica - Melhor Filme: O Cheiro do Ralo (2007) Prêmio do Júri Internacional - Melhor Filme: O Cheiro do Ralo (2007) New York LaCinemaFe Melhor Diretor: Nina (2004) Miami Brazilian Film Festival Melhor Diretor (curta-metragem): Conceição (2000) | |
| Indicações | |
| Grande Prêmio do Cinema Brasileiro Melhor Direção: À Deriva (2010), Serra Pelada (2014) Melhor Roteiro Original: Nina (2005), Serra Pelada (2014) Sundance Film Festival Grande Prêmio do Júri (World Cinema - Dramatic): O Cheiro do Ralo (2007) | |
Heitor Dhalia (Recife, 18 de janeiro de 1970) é um diretor de cinema, roteirista e produtor cinematográfico brasileiro, conhecido por sua versatilidade em transitar por diferentes gêneros e formatos, tanto no cinema quanto na televisão e no streaming. Entre seus trabalhos de maior destaque estão os longas-metragens Nina (2004), O Cheiro do Ralo (2007), À Deriva (2009) e Serra Pelada (2013), além das séries de sucesso Arcanjo Renegado (2020) e DNA do Crime (2023). Dhalia iniciou sua carreira na publicidade antes de migrar para o cinema e é co-fundador da produtora Paranoïd Filmes.
Biografia
[editar | editar código]Primeiros Anos e Formação
[editar | editar código]Nascido no Recife, capital de Pernambuco, em 18 de janeiro de 1970,[1] Heitor Dhalia passou sua infância e adolescência na cidade, onde desenvolveu interesse precoce por teatro e cinema.[2] Cursou Jornalismo na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).[1] Durante sua formação, vivenciou a efervescência cultural do Recife, que revelaria uma nova geração de cineastas nos anos seguintes, embora sua trajetória inicial o tenha levado para outros caminhos antes de se consolidar no cinema.[3]
Carreira na Publicidade
[editar | editar código]Aos 21 anos, Dhalia começou a trabalhar em agências de publicidade no Recife como redator.[1][2] Em 1993, aos 23 anos, mudou-se para São Paulo, onde construiu uma sólida carreira no mercado publicitário.[1] Trabalhou em renomadas agências como DPZT, Talent, DM9 e Young & Rubicam (Y&R),[2] criando e produzindo mais de uma centena de filmes publicitários e conquistando diversos prêmios no setor.[4][2] Dhalia descreve sua passagem pela publicidade como um período de aprendizado focado no "acabamento, no refinamento estético e visual", habilidades que posteriormente influenciaram sua linguagem cinematográfica.[2]
Transição para o Cinema e Primeiros Trabalhos
[editar | editar código]Apesar do sucesso na publicidade, Dhalia almejava trabalhar com cinema. Sua estreia na área ocorreu em 1999, como assistente de direção de Aluízio Abranches no longa-metragem Um Copo de Cólera.[1][4] No mesmo ano, co-dirigiu com Renato Ciasca e roteirizou o curta-metragem Conceição.[1][5] O curta, filmado em Pernambuco, narra a história de duas prostitutas que se apaixonam por vestidos de noiva em uma vitrine e pedem a dois bandidos para roubá-los.[5] Conceição foi premiado em festivais, incluindo o Miami Brazilian Film Festival (Melhor Diretor de Curta-Metragem) e o Festival de Cinema de Gramado (Melhor Trilha Sonora).[6][5] Em 2002, Dhalia foi co-roteirista, novamente com Aluízio Abranches, do filme As Três Marias.[1]
Consolidação como Diretor e Roteirista
[editar | editar código]A estreia de Heitor Dhalia na direção de longas-metragens aconteceu em 2004 com Nina. O filme, estrelado por Guta Stresser e Myrian Muniz, é livremente inspirado no romance Crime e Castigo de Fiódor Dostoiévski, transportando o drama para um universo visualmente impactante, com o uso de animações do quadrinista Lourenço Mutarelli.[7] Dhalia buscou uma atmosfera universal e atemporal, explorando a psique de uma jovem oprimida que classifica os homens entre "ordinários" e "extraordinários".[7] Nina recebeu reconhecimento internacional, incluindo o prêmio de Melhor Diretor no New York LaCinemaFe[6] e Menção Especial da Crítica no Festival Internacional de Cinema de Moscou.[4]
Seu segundo longa, O Cheiro do Ralo, lançado em 2007, consolidou Dhalia como um nome proeminente no cinema brasileiro contemporâneo. Baseado no romance homônimo de Lourenço Mutarelli, o filme é estrelado por Selton Mello no papel de Lourenço, o dono de uma loja de penhores que compra objetos usados de pessoas em dificuldades financeiras e desenvolve uma obsessão pelo "cheiro do ralo" e pela nádega de uma garçonete. A obra foi aclamada pela crítica por sua originalidade, humor ácido e pela atuação de Mello.[8] A adaptação cinematográfica buscou traduzir a linguagem híbrida do romance, incorporando elementos da sociologia, filosofia, história e psicologia na construção do personagem e em suas relações sociais e históricas.[9] O Cheiro do Ralo conquistou importantes prêmios, como o Prêmio Especial do Júri no Festival do Rio, Melhor Filme pela Crítica e pelo Júri Internacional na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo,[8][6] e foi selecionado para a competição World Cinema Dramatic do Sundance Film Festival em 2007,[6] onde foi indicado ao Grande Prêmio do Júri.[6]
Em 2009, Dhalia lançou À Deriva, um drama intimista sobre o fim de um casamento e o despertar sexual de uma adolescente durante férias em Búzios nos anos 1980. O filme, estrelado por Vincent Cassel, Débora Bloch e a estreante Laura Neiva, foi selecionado para a mostra "Un Certain Regard" do Festival de Cannes de 2009,[1][10] um marco em sua carreira. A crítica destacou a maturidade do diretor, a sensibilidade na abordagem dos temas e as atuações do elenco.[10]
Experiência Internacional
[editar | editar código]Em 2012, Dhalia dirigiu seu primeiro longa-metragem em Hollywood, o thriller Gone (distribuído no Brasil como 12 Horas), estrelado por Amanda Seyfried. A experiência, no entanto, foi publicamente descrita por Dhalia como frustrante devido à falta de controle criativo e às imposições do sistema de estúdio.[11] Ele afirmou que o filme "não era seu" e que os produtores estavam mais focados em pré-vendas do que na qualidade artística.[11] Gone teve uma recepção crítica majoritariamente negativa[12] e um desempenho modesto nas bilheterias, arrecadando cerca de US$ 18,1 milhões mundialmente, com um orçamento estimado em US$ 19 milhões.[13]
Retorno ao Brasil e Projetos de Destaque
[editar | editar código]De volta ao Brasil, Dhalia dirigiu Serra Pelada (2013), um drama épico sobre a corrida do ouro no famoso garimpo paraense nos anos 1980. O filme, estrelado por Juliano Cazarré, Júlio Andrade, Wagner Moura e Sophie Charlotte, abordou temas como ambição, violência e a amizade em um ambiente hostil.[14][15] A produção enfrentou desafios, incluindo a recriação do garimpo em São Paulo.[15] O filme foi bem recebido no Brasil e posteriormente adaptado para uma minissérie de quatro capítulos, Serra Pelada, a Saga do Ouro, exibida pela Rede Globo em 2014, com direção geral de Dhalia e roteiro co-escrito com Vera Egito.[16]
Em 2017, lançou seu primeiro documentário, On Yoga: The Architecture of Peace. Baseado no livro homônimo do fotógrafo Michael O'Neill, o filme acompanha O'Neill em sua jornada entrevistando mestres de ioga ao redor do mundo. Produzido por Paranoïd Filmes, O'Neill e Urso Filmes, o documentário contou com a participação de figuras como Deepak Chopra e Moojibaba.[17][18] O filme foi reconhecido por sua qualidade técnica, recebendo prêmios de Melhor Fotografia da Associação Brasileira de Cinematografia (ABC) e no Imago International Awards.[6]
Dando continuidade à sua exploração de diferentes linguagens, Dhalia adaptou a graphic novel Tungstênio de Marcelo D'Salete para o cinema em 2018. O filme, com roteiro de Marçal Aquino, Fernando Bonassi e Marcelo Quintanilha, entrelaça as histórias de quatro personagens em Salvador, Bahia, a partir de um crime ambiental.[19] A crítica destacou a estética visual do filme, com uso de enquadramentos e cores que remetem aos quadrinhos, embora alguns apontassem um desequilíbrio entre a força visual e o desenvolvimento dos personagens.[19]
Em 2019 (lançado comercialmente em 2021), Dhalia dirigiu Anna, um drama psicológico que explora temas de assédio moral e sexual em um ambiente de criação artística teatral. O filme mergulha na psique de uma atriz que, ao se preparar para o papel de Ofélia, vê as fronteiras entre realidade e imaginação se esvaírem.[20]
Sucesso em Séries de Streaming
[editar | editar código]A partir de 2020, Heitor Dhalia expandiu significativamente sua atuação para o formato de séries, especialmente para plataformas de streaming, alcançando grande sucesso de público e crítica.
Em 2020, dirigiu episódios e atuou como produtor executivo da série Todxs Nós, uma produção da HBO que aborda questões de gênero e sexualidade.[carece de fontes]
No mesmo ano, iniciou sua parceria com o Globoplay e o AfroReggae Audiovisual com a série Arcanjo Renegado (2020-presente). Criada por José Júnior, a série, da qual Dhalia dirigiu a primeira e segunda temporadas,[21] acompanha um sargento do BOPE no Rio de Janeiro. A produção foi elogiada pela qualidade da ação, atuações e por integrar o chamado "Afroverso", um universo compartilhado de produções do AfroReggae.[21] Uma quarta temporada já foi confirmada.[21]
Em 2023, Dhalia alcançou projeção internacional como criador e diretor geral da série DNA do Crime, uma produção da Netflix e Paranoïd Filmes.[22] Inspirada em crimes reais na fronteira Brasil–Paraguai, a série policial tornou-se um fenômeno global,[23] sendo a primeira série de ação brasileira a alcançar o primeiro lugar no Top 10 Global de séries de língua não inglesa da Netflix.[24] A segunda temporada foi confirmada para lançamento em 4 de junho de 2025.[22]
Em 2024, dirigiu a série O Jogo que Mudou a História para o Globoplay. Também criada por José Júnior, a produção explora a gênese das facções criminosas no Rio de Janeiro durante os anos 1970. A série foi elogiada pela crítica por sua produção meticulosa, roteiro bem elaborado e a representação visceral da violência e das dinâmicas de poder.[25]
Outros Trabalhos Relevantes
[editar | editar código]Ao longo de sua carreira, Dhalia também dirigiu a minissérie O Caçador (2014) para a Rede Globo, estrelada por Cauã Reymond, que recebeu críticas positivas e boa audiência.[carece de fontes] Em 2019, lançou o documentário Em Busca da Cerveja Perfeita, onde explora o universo da cerveja artesanal.[26] Seu filme mais recente, Invisíveis (The Ballad of a Hustler) (2023), uma co-produção Brasil/EUA filmada em Nova Iorque, foi selecionado para a mostra Panorama Mundial do Festival do Rio de 2023.[27]
Paranoïd Filmes
[editar | editar código]Heitor Dhalia é co-fundador, junto com Egisto Betti, da produtora Paranoïd Filmes (originalmente Paranoid BR), estabelecida em 2009.[28][2] A empresa tem uma atuação diversificada, produzindo conteúdo para publicidade, cinema, televisão e plataformas de streaming,[28] sendo responsável por muitos dos projetos de Dhalia, bem como de outros diretores. Dhalia descreve sua abordagem como a de um "artista empreendedor",[29] tendo investido recursos próprios no início de sua carreira cinematográfica e buscando um modelo de produção independente e dinâmico.[2][1] Essa postura reflete a menção de que ele "montou uma cooperativa de cinema e adotou modelo raro de produção independente",[30] interpretada mais como uma filosofia de trabalho colaborativo e de risco compartilhado dentro de sua produtora do que uma cooperativa formal.
Estilo de Direção, Temática e Influências
[editar | editar código]O trabalho de Heitor Dhalia é marcado por um forte apuro estético, possivelmente herdado de sua extensa carreira na publicidade, onde o "acabamento visual" é primordial.[2][3] Ele se define como um "esteta"[2] e seus filmes frequentemente exibem uma direção de arte e fotografia cuidadosas, como observado em Nina[7] e Tungstênio.[19]
Tematicamente, Dhalia demonstra um interesse recorrente pela natureza humana, pelas complexidades psicológicas de seus personagens e por dramas que exploram relações interpessoais em crise, como em O Cheiro do Ralo, À Deriva e Anna.[9][10][20] Ele transita com fluidez por diferentes gêneros, desde o drama psicológico e o thriller até o épico de ação e o documentário.
Uma característica notada por críticos e acadêmicos é a forma como Dhalia se posiciona em relação à identidade regional nordestina. Enquanto seu curta Conceição é profundamente enraizado em Recife, com locações, atores e narrativa locais (embora já com uma estética influenciada pela publicidade),[3] seus longas-metragens, em geral, tendem a buscar uma universalidade temática e estética, afastando-se dos marcadores culturais fortes que caracterizam parte da produção de outros cineastas pernambucanos de sua geração, como os ligados ao movimento "Árido Movie".[3] Sua obra dialoga mais com um modelo de produção industrial, o "cinemão", que visa um alcance de público mais amplo, sem abdicar de uma assinatura autoral.[31]
Entre suas influências, Dhalia cita nomes canônicos do cinema e da literatura mundial como Stanley Kubrick, Akira Kurosawa e William Shakespeare.[2] Ele também acompanha e valoriza a diversidade da produção audiovisual brasileira contemporânea, incluindo a vanguarda da produção pernambucana e a influência de linguagens periféricas como o funk.[2]
Dhalia frequentemente colabora com os mesmos profissionais, como os roteiristas Marçal Aquino e Vera Egito, e atores como Selton Mello e Wagner Moura.
Filmografia
[editar | editar código]Diretor
[editar | editar código]| Ano | Título | Formato | Observações |
|---|---|---|---|
| 1988 | A Pantomima da Morte | Curta-metragem (vídeo) | Também roteirista |
| 1999 | Conceição | Curta-metragem | Co-dirigido com Renato Ciasca; também roteirista |
| 2004 | Nina | Longa-metragem | Também roteirista |
| 2007 | O Cheiro do Ralo | Longa-metragem | Também roteirista |
| 2009 | À Deriva | Longa-metragem | Também roteirista |
| 2012 | Gone (12 Horas) | Longa-metragem | Produção norte-americana |
| 2013 | Thiago Pethit: Moon | Videoclipe | [32] |
| 2013 | Serra Pelada | Longa-metragem | Também roteirista |
| 2014 | O Caçador | Minissérie de TV | 13 episódios; direção geral |
| 2014 | Serra Pelada, a Saga do Ouro | Minissérie de TV | Adaptação do longa; direção geral[16] |
| 2017 | On Yoga: The Architecture of Peace | Documentário | Longa-metragem |
| 2018 | Tungstênio | Longa-metragem | |
| 2019 | Em Busca da Cerveja Perfeita | Documentário | Longa-metragem[26] |
| 2019 | Anna (lançado em 2021) | Longa-metragem | Também roteirista e produtor[20] |
| 2020–2022 | Arcanjo Renegado | Série de TV | Direção geral (Temporadas 1 e 2)[21] |
| 2020 | Todxs Nós | Série de TV | Diretor de episódios |
| 2023 | DNA do Crime | Série de TV | Criador e Diretor Geral (Temporada 1)[24][22] |
| 2023 | Invisíveis (The Ballad of a Hustler) | Longa-metragem | [27] |
| 2024 | O Jogo que Mudou a História | Série de TV | Direção geral[25] |
| 2025 | DNA do Crime (Temporada 2) | Série de TV | Diretor Geral; estreia prevista para 2025[22] |
Roteirista
[editar | editar código]| Ano | Título | Formato | Observações |
|---|---|---|---|
| 1988 | A Pantomima da Morte | Curta-metragem (vídeo) | Com Henrique Amaral e Marcelo Pinheiro[4] |
| 1999 | Conceição | Curta-metragem | |
| 2002 | As Três Marias | Longa-metragem | Co-roteirista com Aluízio Abranches[4] |
| 2004 | Nina | Longa-metragem | Com Marçal Aquino[4] |
| 2007 | O Cheiro do Ralo | Longa-metragem | Com Marçal Aquino[4] |
| 2009 | À Deriva | Longa-metragem | Com Vera Egito[4] |
| 2013 | Serra Pelada | Longa-metragem | Com Vera Egito[4] |
| 2014 | Serra Pelada, a Saga do Ouro | Minissérie de TV | Com Vera Egito[16] |
| 2019 | Anna | Longa-metragem | [20] |
| 2020 | Todxs Nós | Série de TV | Criador; roteirista de 8 episódios[32] |
| 2023 | DNA do Crime | Série de TV | Criador (8 episódios)[32] |
Produtor
[editar | editar código]| Ano | Título | Formato | Observações |
|---|---|---|---|
| 2007 | O Cheiro do Ralo | Longa-metragem | Produtor[33] |
| 2013 | Serra Pelada | Longa-metragem | Produtor[33] |
| 2014 | A Batalha da Rua Maria Antônia | Longa-metragem | Produtor[33] |
| 2014 | Serra Pelada, a Saga do Ouro | Minissérie de TV | Produtor Executivo[33] |
| 2016 | Amores Urbanos | Longa-metragem | Produtor Executivo[33] (Dirigido por Vera Egito) |
| 2017 | On Yoga: The Architecture of Peace | Documentário | Produtor[17] |
| 2018 | Tungstênio | Longa-metragem | Produtor[33] |
| 2018 | Todas as Razões Para Esquecer | Longa-metragem | Produtor[33] (Dirigido por Pedro Coutinho) |
| 2019 | Anna | Longa-metragem | Produtor[20] |
| 2020 | Todxs Nós | Série de TV | Produtor Executivo (8 episódios)[32] |
| 2021 | Doutor Gama | Longa-metragem | Produtor[32] |
| 2022 | Quando Falta o Ar | Documentário | Produtor[32] |
| 2022 | Arcanjo Renegado (Temporada 2) | Série de TV | Produtor (4 episódios)[32] |
| 2023 | Grande Sertão | Longa-metragem | Produtor[32] |
| 2023 | A Batalha da Rua Maria Antônia | Longa-metragem | Produtor[32] (Diferente do filme de 2014 com mesmo título) |
| 2023–2024 | O Jogo que Mudou a História | Série de TV | Produtor (10 episódios)[32] |
| 2025 (previsto) | Maria e o Cangaço | Minissérie de TV | Produtor (6 episódios)[32] |
Nota: A filmografia lista os trabalhos mais proeminentes e pode não ser exaustiva, especialmente em relação a projetos de publicidade ou participações menores. As funções de produtor podem variar entre produtor, co-produtor e produtor executivo conforme as fontes.
Prêmios e Indicações
[editar | editar código]Heitor Dhalia recebeu diversos prêmios e indicações ao longo de sua carreira. Abaixo uma lista selecionada:[6]
| Ano | Premiação | Categoria | Filme | Resultado |
|---|---|---|---|---|
| 2000 | Festival de Cinema de Gramado | Melhor Trilha Sonora (dividido com a equipe) | Conceição | Venceu |
| 2000 | Miami Brazilian Film Festival | Melhor Diretor - Curta-Metragem | Venceu | |
| 2004 | New York LaCinemaFe | Silver Apple - Melhor Diretor | Nina | Venceu |
| 2004 | Festival Internacional de Cinema de Moscou | Prêmio Especial da Crítica Russa | Venceu | |
| 2005 | Grande Prêmio do Cinema Brasileiro | Melhor Roteiro Original (com Marçal Aquino) | Indicado | |
| 2006 | Festival do Rio | Prêmio Especial do Júri | O Cheiro do Ralo | Venceu |
| 2006 | Festival do Rio | Melhor Filme Latino-Americano - FIPRESCI | Venceu | |
| 2006 | Mostra Internacional de Cinema de São Paulo | Prêmio da Crítica - Melhor Filme | Venceu | |
| 2006 | Mostra Internacional de Cinema de São Paulo | Prêmio do Júri Internacional - Melhor Filme | Venceu | |
| 2007 | Sundance Film Festival | Grande Prêmio do Júri (World Cinema - Dramatic) | Indicado | |
| 2007 | Grande Prêmio do Cinema Brasileiro | Melhor Roteiro Adaptado (com Marçal Aquino) | Venceu | |
| 2007 | Grande Prêmio do Cinema Brasileiro | Melhor Direção | Indicado | |
| 2009 | Festival de Cannes de 2009 | Prix Un Certain Regard | À Deriva | Indicado |
| 2010 | Grande Prêmio do Cinema Brasileiro | Melhor Direção | Indicado | |
| 2013 | Festin Lisboa | Melhor Filme pelo Público | Serra Pelada | Venceu |
| 2014 | Grande Prêmio do Cinema Brasileiro | Melhor Direção | Indicado | |
| 2014 | Grande Prêmio do Cinema Brasileiro | Melhor Roteiro Original (com Vera Egito) | Indicado | |
| 2017 | Prêmio ABC (Associação Brasileira de Cinematografia) | Melhor Fotografia de Documentário (Lula Carvalho) | On Yoga: The Architecture of Peace | Venceu |
| 2018 | Imago International Award for Best Cinematography | Melhor Fotografia de Documentário (Lula Carvalho) | Venceu | |
| 2018 | Festival de Cinema de Gramado | Melhor Longa-Metragem Brasileiro | Tungstênio | Indicado |
| 2020 | Prêmio ABC (Associação Brasileira de Cinematografia) | Melhor Direção de Fotografia Série de TV (Azul Serra & Adolpho Veloso) | Arcanjo Renegado | Indicado |
| 2021 | Prêmio Platino | Melhor Criador de Série (com José Júnior) | Indicado | |
| 2023 | Prêmio Produ Awards | Melhor Direção - Série e Minissérie de Ação, Policial, Suspense, Terror | Indicado | |
| 2023 | Prêmio APCA | Melhor Série | DNA do Crime | Indicado |
| 2024 | New York Festivals TV & Film Awards | Gold World Medal - Melhor Programa de Entretenimento de Crime/Ação | Venceu | |
| 2024 | New York Festivals TV & Film Awards | Gold World Medal - Melhor Direção (com Pedro Morelli) | Venceu | |
| 2024 | Prêmio Platino | Melhor Criador de Minissérie ou Telessérie Cinematográfica | Indicado | |
| 2024 | Seoul International Drama Awards | Prêmio Especial do Júri | Venceu |
Referências
[editar | editar código]- ↑ a b c d e f g h i «Heitor Dhalia». Enciclopédia Itaú Cultural. 28 de fevereiro de 2020. Consultado em 30 de maio de 2025
- ↑ a b c d e f g h i j k Alexandre Zaghi Lemos (23 de abril de 2018). «Heitor Dhalia: "Não há país desenvolvido sem uma indústria criativa forte"». Meio & Mensagem. Consultado em 30 de maio de 2025
- ↑ a b c d Ferraretto, Pacifica (2010). GERAÇÃO ÁRIDO MOVIE: Reinvenções do Nordeste no cinema pernambucano do século XXI (Dissertação (Mestrado em Multimeios)). Campinas: Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas. Consultado em 30 de maio de 2025
- ↑ a b c d e f g h i «Quem é Quem: Heitor Dhalia». Filme B. Consultado em 30 de maio de 2025 [ligação inativa]
- ↑ a b c «Conceição». Porta Curtas. Consultado em 30 de maio de 2025
- ↑ a b c d e f g «Heitor Dhalia - Awards». IMDb. Consultado em 30 de maio de 2025
- ↑ a b c Daniel Schenker (abril de 2008). «Nina». Cinema Escrito. Consultado em 30 de maio de 2025
- ↑ a b Marcelo Müller. «O Cheiro do Ralo». Papo de Cinema. Consultado em 30 de maio de 2025
- ↑ a b Polnow, Rodrigo Nogueira (2009). O Cheiro do ralo : literatura e cinema (Dissertação (Mestrado em Letras)). Porto Alegre: Instituto de Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Consultado em 30 de maio de 2025
- ↑ a b c Marcelo Müller. «À Deriva». Papo de Cinema. Consultado em 30 de maio de 2025
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- ↑ Robledo Milani. «12 Horas». Papo de Cinema. Consultado em 30 de maio de 2025
- ↑ «Gone (2012)». Box Office Mojo. Consultado em 30 de maio de 2025
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- ↑ «'DNA do Crime' fura bolha brasileira e vira fenômeno mundial da Netflix | Tela Plana». VEJA. Consultado em 1 de abril de 2024
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- ↑ a b «Em Busca da Cerveja Perfeita». AdoroCinema. Consultado em 31 de maio de 2025
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- ↑ a b «Paranoid Filmes». Rio2C. Consultado em 30 de maio de 2025
- ↑ «#29 • O artista empreendedor • Heitor Dhalia». Atitude Empreendedora. 12 de agosto de 2020. Consultado em 30 de maio de 2025
- ↑ «Estreante em Hollywood, Heitor Dhalia diz que '12 horas' é do produtor». Consultado em 6 de junho de 2013 [ligação inativa]
- ↑ Oliveira Junior, Luiz Carlos de (2012). O novíssimo cinema brasileiro e o velho modo de produção do “cinemão”: contradições da retomada (Dissertação (Mestrado em Meios e Processos Audiovisuais)). São Paulo: Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo. Consultado em 31 de maio de 2025
- ↑ a b c d e f g h i j k «Heitor Dhalia - Filmography». IMDb. Consultado em 31 de maio de 2025
- ↑ a b c d e f g «Filmografia Heitor Dhalia». AdoroCinema. Consultado em 31 de maio de 2025
Ligações externas
[editar | editar código]- Heitor Dhalia no IMDb
- Paranoid Filmes no Rio2C (Perfil da produtora)