História de Blumenau: diferenças entre revisões
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Em 14 de fevereiro de 1856, o Dr. Hermann Blumenau escreve uma carta ao Presidente (Governador) da Província de Santa Catarina apelando por socorro policial. Nela consta: “...só uma medida grande e enérgica, uma desinfecção completa do terreno entre Itajaí Grande e o Mirim, uma destruição e aprisionamento deste bando de rapinas pode restabelecer a tranqüilidade e nos tirar deste estado lamentável.” ¹ |
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Reafirmando as constantes reclamações do Dr. Blumenau, o Presidente da Província de Santa Catarina, João José Joaquim, num pronunciamento público, em 1856 diz: “Esses bárbaros, que não poupam nem mulheres, nem crianças, e que só pensam em roubar-nos e assaltar-nos de emboscada, segundo o meu modo de ver, não poderão nunca ser tratados com bondade e condescendência. (....) Cada vez me convenço mais que o prático, senão até mesmo necessário, é arrancar os selvagens à força das florestas e colocá-los em lugar onde não possam escapar. Dessa forma poderíamos proteger os agricultores contra esses assassinos e poder-se-ia, pelo menos, dos filhos desses bárbaros, fazer cidadãos úteis.” ² |
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Dados apontam que nesta data o número de pessoas na colônia se elevava a 600, aproximadamente. |
Dados apontam que nesta data o número de pessoas na colônia se elevava a 600, aproximadamente. |
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Revisão das 01h33min de 10 de janeiro de 2013
Esta é a história de Blumenau, município do estado de Santa Catarina.
Antes da fundação
Consta na obra "Pedro Wagner - O Pioneiro" que, quando o Dr. Hermann Blumenau chegou à região para estudar onde implantar a colônia, no local hoje chamado Capim Volta, já morava Johann Peter Wagner, mais conhecido como Pedro Wagner. O Dr. Blumenau fez a partilha das terras, bem como sua organização conjuntamente com Pedro Wagner, que morou até 1845 em São Pedro de Alcântara, a primeira colônia alemã de Santa Catarina, de onde foi, entre 1846 e 1848, para o local hoje chamado "Capim Volta", hoje também conhecido como Ponta Aguda. Há indicações de que já a partir de 1835 a região do baixo Itajaí vinha sendo ocupada por colonos egressos da Colônia São Pedro de Alcântara.
Colônia São Paulo de Blumenau
A Colônia São Paulo de Blumenau (hoje a cidade de Blumenau) foi estabelecida em princípio de agosto de 1850.
1850 a 1852
Segundo a obra "Colonização do Estado de Santa Catarina", a colônia "foi situada sobre o Itajahy-grande, a nove léguas de sua foz, cinco e meia de Brusque e trinta da capital, e acima das colônias "Belga", do engenheiro Wanlede e da Colônia Itajahy, que constituio os arraiaes Belchior e Pocinho." Nas proximidades da foz do rio da Velha teve início a colônia com 6 colonos em 1850, sendo que os primeiros entrados foram em número de 17 e ficados, 6; em 1851 entraram 8 e ficaram 5; em 1852 entraram 110 e ficaram 72; em 1853 entraram 28 e ficaram 30 e em 1854 entraram 146 e ficaram 133. A diferença dos ficados em 1853 é coberta pelos nascimentos. O total existente em dezembro de 1854 era de 246 colonos, sendo 142 homens e 104 mulheres. Neste último ano nasceram 4 e faleceram 2.
A fundação
Foi fundador da colônia o súdito alemão Hermann Blumenau que, embora transferindo em 13 de janeiro de 1860 a colônia ao Governo Imperial, continuou na direção da mesma até 2 de fevereiro de 1882, ocasião em que foi comunicado da dispensa de seus serviços, cuja alta relevância é conhecida. No mesmo ano retirou-se para a Alemanha, indo residir no ducado de Braunschweig, onde veio a falecer quase octogenário.
Embora as primeiras entradas de colonos tenham ocorrido em 1850, conforme documentos da época, o fundador da colônia estatuiu posteriormente como data oficial da fundação o dia 28 de agosto de 1852, talvez porque nesta ocasião tenha se efetuado o primeiro e mais sério estabelecimento.
1853
Segundo um relatório, em 1853 a colônia possuía 15 casas, das quais 14 dos colonos. Entre estes contavam-se "um médico, um professor primário, um jardineiro, um alveitar, um ferreiro, um espingardeiro, um ferreiro (!), um torneiro, um cavouqueiro, dois sapateiros, um canteiro, três marceneiros, um construtor de engenhos e um moleiro." Embora artífices, também eram, como os outros, agricultores.
1856
Em 14 de fevereiro de 1856, o Dr. Hermann Blumenau escreve uma carta ao Presidente (Governador) da Província de Santa Catarina apelando por socorro policial. Nela consta: “...só uma medida grande e enérgica, uma desinfecção completa do terreno entre Itajaí Grande e o Mirim, uma destruição e aprisionamento deste bando de rapinas pode restabelecer a tranqüilidade e nos tirar deste estado lamentável.” ¹ Reafirmando as constantes reclamações do Dr. Blumenau, o Presidente da Província de Santa Catarina, João José Joaquim, num pronunciamento público, em 1856 diz: “Esses bárbaros, que não poupam nem mulheres, nem crianças, e que só pensam em roubar-nos e assaltar-nos de emboscada, segundo o meu modo de ver, não poderão nunca ser tratados com bondade e condescendência. (....) Cada vez me convenço mais que o prático, senão até mesmo necessário, é arrancar os selvagens à força das florestas e colocá-los em lugar onde não possam escapar. Dessa forma poderíamos proteger os agricultores contra esses assassinos e poder-se-ia, pelo menos, dos filhos desses bárbaros, fazer cidadãos úteis.” ²
Dados apontam que nesta data o número de pessoas na colônia se elevava a 600, aproximadamente.
1872
Após vinte anos de sua fundação Blumenau contava com 6000 pessoas, tinha um parque industrial com 92 fábricas diversas, possuia 27 mil cabeças de gado em suas pastagens, era cortada por 30 quilômetros de estradas e caminhos e já conseguia exportar 130 contos anuais.
1873
Neste ano tornou-se Distrito e em 1880 emancipa-se do regime colonial, tornando-se pela Lei nº. 860, de 4 de fevereiro, um novo município. Ao se emancipar o balanço das despesas que dera ao govêrno subia a 2300 contos - mas contava com 15 mil habitantes e a sua produção era das mais ricas.
Bibliografia
Ver também
- Colônias alemãs em Santa Catarina
- Colônia Dona Francisca (hoje Joinville)
- Imigração alemã no Brasil
- Kolonie Zeitung
- Colônias alemãs na Bahia
- Colônias alemãs no Espírito Santo
- Colônias alemãs em Minas Gerais
- Colônias alemãs no Paraná
- Colônias alemãs no Rio de Janeiro
- Colônias alemãs no Rio Grande do Sul
- Colônias alemãs em Rondônia
- Colônias alemãs em São Paulo