Iate Tênis Clube

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Iate Tênis Clube
Iate Tênis Clube
Tipo iate clube, edifício
Geografia
Coordenadas 19° 50' 54.114" S 43° 58' 44.371" O
Mapa
Localização Pampulha, Belo Horizonte - Brasil
Patrimônio bem tombado pelo IPHAN, Património Mundial da Unesco, bem tombado pelo IEPHA, bem tombado pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

O Iate Tênis Clube é um clube recreativo localizado na orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. Seu edifício foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer no começo da década de 1940, integrando o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, reconhecido pela Unesco como Património Mundial desde 2016.

Criação[editar | editar código-fonte]

O edifício principal do Iate Tênis Clube.

O Iate Tênis Clube, inicialmente chamado de "Iate Golfe Clube", é um dos quatro edifícios projetados por Oscar Niemeyer por encomenda de Juscelino Kubitschek, então prefeito da capital mineira, no início da década de 1940, quando da criação da barragem que formou a Lagoa da Pampulha.[1] Trata-se de um clube recreativo ainda em operação.[2]

O destaque arquitetônico do clube é uma edificação que possui, na parte superior, o Salão Portinari, assim nomeado em homenagem a Candido Portinari, autor de um dos painéis pintados no local.[3] A parte de baixo da edificação é um abrigo para barcos.[4] As áreas externas do clube têm jardins que foram projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx.[5]

Na década de 1970, o clube construiu um anexo com salão de festas e sala de ginástica. O projeto não foi elaborado por Oscar Niemeyer, arquiteto original do conjunto, e tem estilo que destoa do restante do conjunto.[5]

Patrimônio da humanidade[editar | editar código-fonte]

Anexo do Iate Tênis Clube, construído em terreno invadido pertencente à Prefeitura de Belo Horizonte.

Em 2016, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha foi declarado patrimônio cultural da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). A parte original do clube integra o conjunto, mas a Unesco fez ressalvas quanto à existência do anexo, que foi construído de forma irregular em parte de terreno de propriedade do município de Belo Horizonte e invadida pelo clube. Por ter obstruído a visão do clube a partir da Igreja da Pampulha, prejudicando a relação visual entre os edifícios do conjunto arquitetônico, sua demolição com reconstituição paisagística foi condição dada pela Unesco para concessão da declaração de Patrimônio Mundial.[6]

A Prefeitura de Belo Horizonte abriu, em 2019, pedido de reintegração de posse da área invadida para demolição do anexo e recomposição paisagística da área, conforme solicitado pela Unesco, e aguarda decisão judicial.[6]

Referências

  1. «Guia de arquitetura de Belo Horizonte: 25 lugares para conhecer na capital mineira». ArchDaily Brasil. 19 de novembro de 2019. Consultado em 15 de fevereiro de 2023 
  2. «Prefeitura entra com liminar pedindo que reintegração de posse do 'puxadinho' do Iate Tênis Clube seja julgada com urgência». G1. Consultado em 15 de fevereiro de 2023 
  3. Gerais, Portal Minas. «Turismo em Minas Gerais | Iate Tênis Clube». Portal Minas Gerais. Consultado em 15 de fevereiro de 2023 
  4. «Iate Tênis Clube | Portal Oficial de Belo Horizonte». portalbelohorizonte.com.br. Consultado em 15 de fevereiro de 2023 
  5. a b Minas, Estado de (3 de outubro de 2015). «Anexo do Iate Clube ameaça título de patrimônio cultural da Pampulha». Estado de Minas. Consultado em 15 de fevereiro de 2023 
  6. a b «Prefeitura entra com liminar pedindo que reintegração de posse do 'puxadinho' do Iate Tênis Clube seja julgada com urgência». G1. Consultado em 15 de fevereiro de 2023