Ilha Dawson
| Ilha Dawson | |
|---|---|
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| Coordenadas: | |
| Geografia física | |
| País | Chile |
| Arquipélago | Terra do Fogo |
| Ponto culminante | 975 m |
| Perímetro | 285,3 km |
A Ilha Dawson (denominada Isla de San Pablo em 1580 por Pedro Sarmiento de Gamboa) é uma ilha do Chile situada no arquipélago da Terra do Fogo. Possui uma superfície de 129 mil hectares. Está situada a 100 quilômetros ao sul de Punta Arenas, na Magalhães e Antártica Chilena e é administrada pela Armada do Chile.
Infraestrutura e patrimônio cultural[editar | editar código-fonte]
Atualmente, a ilha serve como base naval e é um assentamento de um regimento de infantaria da Armada do Chile, por se localizar em um ponto estratégico no Estreito de Magalhães.[1]
Monumentos e patrimônio histórico[editar | editar código-fonte]
Puerto Harris fica no mesmo local onde, no final do século XIX, havia um campo de trabalho forçado de indígenas.[2] Eles eram principalmente do povo Selknam, embora inicialmente a maioria fosse Kawéskar. Lá eles foram confinados, submetidos à reeducação e aculturação por meio de trabalho forçado não remunerado, por religiosos católicos da congregação salesiana, que receberam uma concessão de terras do Estado chileno e um pagamento (uma libra esterlina) por cada indígena confinado. Como resultado, a população praticamente sucumbiu no local à exposição a doenças contagiosas ocidentais, superlotação, falta de assistência médica e choque cultural.[3]
Vinte e nove sítios arqueológicos associados aos habitantes originais da ilha foram encontrados em Dawson, nas proximidades da Ilha Wickham, e na ilhota Offing de Puerto Harris,[4] que são protegidos por lei para esses locais.[5]
História[editar | editar código-fonte]
Registros arqueológicos[editar | editar código-fonte]
Os registros arqueológicos mais antigos de habitação humana em Dawson datam de cerca de 4.500 a 4.100 anos atrás. Consistem em grandes pontos líticos bifaciais, por vezes denticulados (com arestas serrilhadas).[6] De qualquer forma, apenas os povos canoeiros tiveram acesso a Dawson durante o Holoceno.[7]
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Desde a expedição de Magalhães em 1520, a ilha começou a ser avistada e mapeada por vários navegadores europeus, principalmente das colônias espanholas. Durante a expedição de Magalhães, o extremo norte da ilha (Punta Valentín) foi avistado pela primeira vez em 1º de novembro, razão pela qual ele chamou o estreito que hoje leva seu nome de "Canal de Todos los Santos". Em seguida, foram exploradas as costas leste e oeste da ilha, já que João Serrão, no comando da caravela Concepción, entrou entre Dawson e Isla Grande de Tierra del Fuego, reconhecendo o canal hoje conhecido como Fiorde Almirantazgo, que descartou como uma saída para o Pacífico, enquanto a frota de Magalhães ancorou e navegou ao lado do Estreito, de onde continuaram juntos em sua circum-navegação da Terra.[8]
Notas[editar | editar código-fonte]
De tradução[editar | editar código-fonte]
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Isla Dawson».
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ Ministerio de Bienes Nacionales (Chile) (ed.). «Monumento Histórico: Campo de Prisioneros Políticos en Río Chico, Isla Dawson»
- ↑ Coloane, Francisco (1996). El guanaco blanco. [S.l.]: Lom Ediciones. p. 17
- ↑ Alonso Marchante, José Luis (2019). Selk'nam: Genocidio y resistencia. [S.l.]: Catalonia
- ↑ Legoupil, D., Christensen, M., & Morello, F. (2011). «Una encrucijada de caminos: el poblamiento de la isla Dawson (estrecho de Magallanes).». Magallania. 39 (2): 137-152.
- ↑ Nacional, Biblioteca del Congreso. «Biblioteca del Congreso Nacional | Ley Chile». www.bcn.cl/leychile (em espanhol). Consultado em 29 de março de 2023
- ↑ Legoupil, D., Christensen, M., & Morello, F. (2011). «Una encrucijada de caminos: el poblamiento de la isla Dawson (estrecho de Magallanes).». Magallania. 39 (2): 137-152.
- ↑ Legoupil, D., Christensen, M., & Morello, F. (2011). «Una encrucijada de caminos: el poblamiento de la isla Dawson (estrecho de Magallanes).». Magallania. 39 (2): 137-152.
- ↑ Rapaz Candia, Jorge (1 de dezembro de 2000). «Isla Dawson, algo más que soberanía» (PDF). Revista de Marina