Jacinta de São José

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Jacinta de São José
Nascimento 15 de outubro de 1716
Rio de Janeiro
Morte 2 de outubro de 1768 (51 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileira
Ocupação freira, filantropa e poetisa

Jacinta de São José[1] (nascida Jacinta Rodrigues Aires[2] e também conhecida como Jacinta de Jesus[3]) (Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1716Rio de Janeiro, 2 de outubro de 1768) foi uma freira, filantropa e poetisa brasileira.

Conhecida por ser fundadora de uma ordem religiosa, o Convento de Santa Teresa, embora tenha morrido antes de professar no mesmo.[2] Inaugurado oficialmente em 1780, o Convento se tornou a primeira fundação do ramo feminino do Carmelo Descalço na América Portuguesa.[2] Jacinta fundou também uma escola para meninas, que por muitos anos foi a única instituição do segmento no Brasil.[4][1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Jacinta desejava ser freira desde jovem, embora seu pai se opusesse. Após a morte dele, Jacinta começou sua vida devocional.[4]

Início do trabalho, realizações e morte[editar | editar código-fonte]

Apesar de desapercebida no início de sua vida monástica, acabou sofrendo perseguição, que se perpetuou até o ano de 1748, quando passou a ser protegida pelo governador Gomes Freire de Andrada, Conde de Bobadela.[2][4]

Em 1749, auxiliada pelo governador, Jacinta fundou seu próprio Convento.[4]

Como o bispo da região e as demais autoridades da Igreja no Brasil desaprovaram a fundação da nova ordem, transferiu-se para Lisboa e, posteriormente, para Roma, em 1759. Em ambas as cidades, obteve a aprovação para a fundação de seu Convento.[4]

Em Lisboa, testemunhou o terremoto de 1755. Durante dias ajudou feridos(as), até que ela mesma ficou doente por excesso de trabalho.[4]

Em 1756, retornou ao Brasil e fundou uma escola para meninas, anexada posteriormente ao seu Convento. Por vários anos, essa escola foi a única instituição do gênero no Brasil.[4]

Iniciou ainda a criação de um hospital para mulheres carentes. Nesse período, em 1763, seu protetor, Gomes Freire, acabou falecendo. Isso ocasionou lentidão ao processo de construções.[4]

Também chegou a publicar uma coletânea de poesias.[4]

Jacinta morreu em 2 de outubro de 1768, anos antes da inauguração oficial do Convento, em 1780.[2][4]

Obra selecionada[editar | editar código-fonte]

  • Devocionário – coletânea de poesias.[4]

Referências

  1. a b Martins, William de Souza (2012). «Santidade feminina no Rio de Janeiro setecentista: fragmentos da vida e da experiência religiosa de Jacinta de São José (1715-1768)». REVER: Revista de Estudos da Religião (1): 67–100. ISSN 1677-1222. Consultado em 9 de setembro de 2021 
  2. a b c d e Martins, William de Souza (25 de agosto de 2015). «A Vida da Madre Jacinta de São José: uma reflexão em torno dos modelos hagiográficos». Revista Mosaico - Revista de História (2): 183–190. ISSN 1983-7801. doi:10.18224/mos.v7i2.4147. Consultado em 25 de setembro de 2021 
  3. Borges, Célia Maia (1 de janeiro de 2009). «Imagens de devoção das carmelitas descalças». Imagem Brasileira (5): 270–279. ISSN 2763-9770. Consultado em 9 de setembro de 2021 
  4. a b c d e f g h i j k «Do San Jose Jacintha». famousamericans.net. Consultado em 9 de setembro de 2021