Jardins Farnésios

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 Nota: Não confundir com o Giardino Farnese al Gianicolo no rione Trastevere.
Jardins Farnésios
Gravura de Giuseppe Vasi (1761). Os jardins foram construídos acima das ruínas do Palácio Tiberiano, que foram enterradas. Abaixo a vista atual, posterior às escavações que revelaram novamente o palácio.
Vista dos jardins atualmente, com as ruínas do Palácio Tiberiano em primeiro plano.

Jardins Farnésios (em italiano: Orti Farnesiani sul Palatino) é um jardim de Roma, criado em 1550 na porção setentrional do monte Palatino pelo cardeal Alessandro Farnese. Foram os primeiros jardins botânicos privados da Europa.

História[editar | editar código-fonte]

Alessandro Farnese foi nomeado cardeal-diácono da Igreja Católica em 1534 aos quatorze anos pelo seu avô, o papa Paulo III, que havia sido eleito dois meses antes. Ele é lembrado por ter sido um colecionador de arte, dono da maior coleção de esculturas romanas em propriedade privada desde a Antiguidade, a famosa Coleção Farnese (atualmente quase toda em Nápoles depois de ter sido herdada pelos reis da Casa de Bourbon-Parma), só comparável com a própria coleção papal, abrigada no Cortile del Belvedere (Palácio Vaticano), e a coleção do município de Roma, no Campidoglio. Em 1550, quando Farnese comprou a porção norte do Palatino, ele ordenou que as ruínas do antigo Palácio Tiberiano, no canto noroeste da colina, fossem enterradas para permitir a construção de uma suntuosa residência de inverno. O local tem vista para o Fórum Romano e fica bem próximo do Arco de Tito. A propriedade foi batizada de "Horti Farnesiani".

Os jardins se tornaram muito populares nos séculos XVIII e XIXI entre os viajantes que passavam por Roma como parte do chamado Grand Tour.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Os jardins foram divididos no estilo clássico de quadrantes com um poço ou uma fonte no centro, uma alusão aos antigos peristilos romanos da área recriados pelo famoso arquiteto Vignola.[2][3] O projeto da villa foi primeiro atribuído a Michelangelo e depois a Vignola e Rainaldi.

A propriedade foi dividida em terraços e os degraus que levavam de um para o outro passavam pelo "Ninfeo della Piogga" (um ninfeu) e terminavam no "Teatro del Fontanone". A Casina Farnese estava decorada por afrescos e abrigava aviários. Caminhos pitorescos na base do antigo Palácio Tiberiano incluíam passagens subterrâneas e antigas esculturas.[1]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b La Regina, Adriano, ed. (2007) [2004]. Archaeological Guide to Rome. Richard Sadleir (trans.) New update ed. [S.l.]: Electa. pp. 76–77 
  2. «History of Palatine Hill» (em inglês). Consultado em 9 de março de 2018. Cópia arquivada em 8 de maio de 2020 
  3. «History of the Farneses and the garden» (em inglês). The Roman Forum 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]