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Jornal do Brasil: diferenças entre revisões

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Nos anos 1950, o [[designer gráfico]] [[Amílcar de Castro]] revolucionou o [[design de jornais]] no [[Brasil]], com a reforma gráfica pra o JB.
Nos anos 1950, o [[designer gráfico]] [[Amílcar de Castro]] revolucionou o [[design de jornais]] no [[Brasil]], com a reforma gráfica pra o JB.

O jornal apoiou o [[golpe militar de 1964]]. Publicou, no dia [[1º de abril]] daquele ano, editorial defendendo a deposição do presidente [[João Goulart]]:

{{Quote2|Desde ontem se instalou no país a verdadeira legalidade... Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia militares. A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas.|''Jornal do Brasil''<ref name="JB 1964-04-01">Editorial do ''Jornal do Brasil'', 1º de abril de 1964.</ref>}}

Citando [[Pontes de Miranda]], o jornal alegou que as "''Forças Armadas violaram a Constituição para poder salvá-la''" <ref name="JB 1964-04-05">Jornal do Brasil, 6 de abril de 1964.</ref> Posteriormente, o jornal se submeteu à auto-censura, em conformidade com as instruções do governo vigente, situação que perdurou até 1972.<ref name="CDRA">{{citar web | autor=Soares, Glaucio| titulo=Censura durante o regime autoritário| publicado = ANPOCS| url=http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_10/rbcs10_02.htm| formato= | acessodata=[[10 de julho]] de [[2010]]}}</ref> Seguiria, entretanto, apoiando o regime militar. Em [[31 de março]] de [[1973]], o jornal publicou em editorial:

{{Quote2|Vive o País, há nove anos, um desses períodos férteis em programas e inspirações, graças à transposição do desejo para a vontade de crescer e afirmar-se. Negue-se tudo a essa revolução brasileira, menos que ela não moveu o país, com o apoio de todas as classes representativas, numa direção que já a destaca entre as nações com parcela maior de responsabilidades.|''Jornal do Brasil''<ref name="JB 1973-03-31">Editorial do ''Jornal do Brasil'', 31 de março de 1973.</ref>}}


Em [[2005]], o JB instalou-se na Casa do Bispo, imóvel histórico e representativo do colonial luso-brasileiro, datado do início do [[século XVII]], que já serviu de sede à [[Fundação Roberto Marinho]].
Em [[2005]], o JB instalou-se na Casa do Bispo, imóvel histórico e representativo do colonial luso-brasileiro, datado do início do [[século XVII]], que já serviu de sede à [[Fundação Roberto Marinho]].
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[[Categoria:Jornais em língua portuguesa]]
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Revisão das 14h24min de 11 de fevereiro de 2011

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O Jornal do Brasil é um tradicional jornal brasileiro, publicado diariamente na cidade do Rio de Janeiro.

Histórico

Fundado em 1891 por Rodolfo Epifânio de Sousa Dantas, com intenção de defender o regime deposto. De nível elevado, contava com a colaboração de José Veríssimo, Joaquim Nabuco, Aristides Spínola, Ulisses Viana, o Barão do Rio Branco e outros como Oliveira Lima, então apenas um jovem historiador. As afinidades da maioria desses elementos com o regime deposto foram sintetizadas por Nabuco como a melhor República possível. O periódico inovou por sua estrutura empresarial, parque gráfico, pela distribuição em carroças e a participação de correspondentes estrangeiros, como Eça de Queirós. O seu primeiro número veio a público em abril. De orientação conservadora, defendia a monarquia recém-derrubada, até que Rui Barbosa (1849-1923) assumiu a função de redator-chefe (1893). Nesta fase inicial, o Barão do Rio Branco (1845-1912) colaborou, em suas páginas, com as célebres colunas Efemérides e Cartas de França.

A redação do jornal foi atacada (empastelada, como se dizia na época) em 16 de dezembro de 1891, dias após a morte de Pedro II do Brasil.

Por ter sido o único periódico da então Capital a publicar o manifesto do Contra-Almirante Custódio de Melo quando da eclosão da Segunda Revolta da Armada (6 de setembro de 1893), o presidente da República, Floriano Peixoto (1891-1894), determinou o fechamento do jornal e mandou caçar Rui Barbosa, vivo ou morto. O jornal, fechado, assim permaneceu por um ano e quarenta e cinco dias.

A partir de 15 de novembro de 1894 voltou a circular, sob a direção da família Mendes de Almeida. A opção pela data assinalava o apoio à República, e a sua nova proposta editorial voltava-se para as reivindicações populares. Foi propriedade dos Conde e Condessa Pereira Carneiro e depois de seu genro, Manuel Francisco do Nascimento Brito.

Nos anos 1950, o designer gráfico Amílcar de Castro revolucionou o design de jornais no Brasil, com a reforma gráfica pra o JB.

Em 2005, o JB instalou-se na Casa do Bispo, imóvel histórico e representativo do colonial luso-brasileiro, datado do início do século XVII, que já serviu de sede à Fundação Roberto Marinho.

A partir de 16 de Abril de 2006 começou a circular nas bancas no chamado "formato europeu", um formato maior que o tabloide e menor que o convencional, seguido por diversos jornais daquele continente.

Em 2008 o Jornal do Brasil realizou uma parceria de digitalização com o buscador Google que resultou no livre acesso em texto completo das edições digitalizadas das décadas de 30 a 90, que podem ser acessadas pelo link Acervo histórico digitalizado do Jornal do Brasil

Crise

Em 2001, a família Nascimento Brito arrendou o título do jornal para o empresário Nelson Tanure por 60 anos, renováveis por mais 30.[1] A intenção do empresário, conhecido por comprar empresas pré-falimentares, saneá-las e depois revendê-las, era recuperar o prestígio do jornal. Naquele ano, as vendas do jornal eram de 70 mil em média durante a semana e 105 mil aos domingos.[1] Recuperou-se a partir de 2003, atingindo 100 mil exemplares em 2007, quando então as vendas novamente começaram a cair, chegando a 20.941 em março de 2010.[2]

Em julho de 2010, foi anunciado o fim da edição impressa do jornal que, a partir de 1 de setembro do mesmo ano, existiria somente em versão online, com alguns conteúdos restritos a assinantes, o JB Premium.[2] O JB agora autodenomina-se "O Primeiro jornal 100% digital do País!"

Referências

Ver também

Ligações externas

* Centro de Pesquisa e Documentação do Jornal do Brasil