José Hercílio Curado Fleury

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José Hercílio Curado Fleury
Chefe de gabinete do Ministro do Trabalho e do Ministro da Previdência Social do Brasil
Período 1970 a 1978
Ministro do Trabalho
Ministro da Previdência Social
Júlio Barata (ministro do Trabalho do Brasil de 1969 a 1974)
Arnaldo da Costa Prieto
Luís Gonzaga do Nascimento e Silva (Ministros da Previdência Social, Arnaldo Prieto e Nascimento e Silva.)
Deputado estadual por Goiás
Período 7 de maio de 1947-1 de fevereiro de 1951
Legislatura 1.ª legislatura
Dados pessoais
Nascimento 6 de março de 1910
Corumbá, Goiás, Brasil
Morte 4 de outubro de 1999 (89 anos)
São Paulo, São Paulo, Brasil
Progenitores Mãe: Ana Joaquina Curado Fleury
Pai: César Dunstan Curado Fleury
Alma mater Faculdade de Direito da Universidade do Brasil
Filhos(as) Maurício
Adriano
Eleonora
Simoneta.
Partido AIB(1932-1937)
PR (1946-1948)
PSP (1946-1965)

José Hercílio Curado Fleury (Corumbá, 6 de março de 1910 – São Paulo, 4 de outubro de 1999) foi um político e advogado brasileiro filiado ao Partido Social Progressista que serviu como suplente empossado de deputado estadual por Goiás e posteriormente, como chefe de gabinete do Ministro do trabalho e previdência social do Brasil, tendo servido sob dois chefes da pasta ministerial.

Sob seu mandato estadual, apresentou e fez ser aprovado o artigo 54 da Constituição Estadual de Goiás de 1947, que autorizava o  desmembramento de até 55.000 Km2 no Planalto goiano para localização  do futuro Distrito Federal.[1]

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Nascido em Corumbá de Goiás, em 6 de março de 1910, José Hercílio Curado Fleury era filho de Ana Joaquina e César Dunstan Curado Fleury, que era um político local e presidiria o diretório municipal do Partido Social Democrático. Estudou no Ginásio Diocesano de Uberaba, no Liceu de Goiás e bacharelou-se em direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Brasil.[1]

Participação no Integralismo[editar | editar código-fonte]

Durante o período Constitucional da Era Vargas, Curado Fleury esteve no Rio de Janeiro se bacharelando em direito. Ali, participou de movimentos estudantis, sendo um dos organizadores da Associação Goiana no Rio de Janeiro. Ingressou no partido de aspirações nazi-fascistas, a Ação Integralista Brasileira, onde permaneceu até a extinção e o surgimento da ditadura do Estado Novo.[2] Após isso, exerce a advocacia em Corumbá, a partir de 1938.[1]

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Deputado estadual por Goiás[editar | editar código-fonte]

Após o fim do Estado Novo[3], José Hercílio ingressa na política para disputar as Eleições estaduais em Goiás em 1947, embora tenha perdido com apenas 983 votos[4]. Ele acabou por assumir o mandato quando o Tribunal Superior Eleitoral cassou o registro do Partido Comunista Brasileiro em maio de 1947.[5] Durante seu mandato, apresentou o artigo constitucional estadual aprovado, de número 54, que tratava das Disposições Transitórias e que que autorizava o  desmembramento de até 55.000 Km2 no Planalto goiano para localização  do futuro Distrito Federal.[1] Também representou o governador Coimbra Bueno, na instalação do munícipio de Porangatu.[6]

Atuação pedagógica[editar | editar código-fonte]

Sócio Fundador do Centro Unificado de Brasília – CEUB, 1967; tornando-se depois Secretário Geral (1971-1972) e Diretor da  Faculdade de Direito (1972-1974); e Conselheiro do CEUB de 1967 até sua morte.

Secretário-geral do PSP-Goiás[editar | editar código-fonte]

José Hercílio contribuiria ainda, na formação do Partido Social Progressista no estado de Goiás, filiando-se ao partido e tornando-se Secretário-geral do Diretório Regional. Permaneceu até a dissolução do PSP, com o Ato Institucional n.º 2.[1][7]

Funcionário do Ministro da Previdência Social e do Ministério do Trabalho[editar | editar código-fonte]

Foi Consultor Jurídico e Chefe do Serviço Jurídico  do Insitito de Aposentadoria e Pensões dos Empregados de Tranpsortes e Cargas, o IAPTEC, do período de 1954 até 1966, quando assumiu a assessoria parlamentar do Ministério do Trabalho do Brasil, permanecendo até 1970. Em seguida, chefiou o gabinete do Ministro, Júlio Barata, de 1970 até 1974, quando comandou o gabinete dos dois primeiros titulares do Ministério da Previdência Social, encerrando o seu serviço ministerial em 1980.[1]

Morte[editar | editar código-fonte]

Faleceu em 4 de outubro de 1989, com residência fixada em São Paulo.[1]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d e f g «Perfil Biográfico de José Hercílio Curado Fleury | Portal da Alego». Perfil Biográfico de José Hercílio Curado Fleury | Portal da Alego. Consultado em 4 de dezembro de 2023 
  2. Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «ESTADO NOVO». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 4 de dezembro de 2023 
  3. «29 de outubro de 1945: o fim do Estado Novo». www.al.sp.gov.br. Consultado em 4 de dezembro de 2023 
  4. «Microsoft Power BI». app.powerbi.com. Consultado em 4 de dezembro de 2023 
  5. Arédio Teixeira Duarte, Itami Campos (30 de novembro de 2011). «O Legislativo em Goiás - História e Legislaturas» (PDF). Revista e Ampliada. Consultado em 27 de Maio de 2020 
  6. REIS, João Gonçalves dos (2017). Descoberto da Piedade. Goiânia: Cânone. p. 143. ISBN 978-85-8058-088-4 
  7. CASTELO BRANCO, Humberto (27 de outubro de 1965). «Ato Institucional n.º 2» 🔗. Palácio do Planalto- Governo do Brasil. Consultado em 24 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 24 de novembro de 2023