José Pedro Batiston

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José Pedro Batiston (Lins, 2 de dezembro de 1939 - ) é um político brasileiro, tendo sido prefeito de Três Lagoas.[1]

Casado com Ivani Pires Batiston, com quem tem três filhos, foi presidente da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas. Exerceu dois mandatos de vereador entre os anos de 1977 e 1984, sendo, inclusive, presidente da Câmara Municipal de Três Lagoas.

Foi o último prefeito de Três Lagoas apontado pelo Governo Federal durante a ditadura militar, quando Três Lagoas ocupava posição de Área de Segurança Nacional e os treslagoenses não podiam eleger seus próprios governantes no Executivo.

Foi eleito deputado estadual em 1990, tendo exercido o mandato nos anos de 1991 e 1992, quando se elegeu prefeito de Três Lagoas para o quadriênio de 1993 a 1996.[1][2]

Em sua administração, priorizou a saúde e a educação, tendo construído quatro postos de saúde nos bairros e quatro escolas municipais. Também lutou para que o campus da UFMS não fosse desativado na cidade. Destacou-se, também, a primeira-dama, Ivani Pires Batiston. Dentre suas ações sociais, encontram-se a realização de consultas oftalmológicas nas escolas municipais e o aviamento de receitas de oculistas e médicas para a comunidade.

No dia 29 de outubro de 1993, a Prefeitura de Três Lagoas, por meio do prefeito José Pedro Batiston, firmou convênio com o estado visando a construção de quatrocentas unidades habitacionais populares nos bairros Jardim Maristela e Vila Piloto III. Foi aberta conta-corrente para que fossem depositados os repasses estaduais. A Prefeitura utilizou o dinheiro indevidamente para pagar funcionários, além de que não se tem documentação do que houve com uma parte menor da quantia. Desta maneira, das quatrocentas habitações acordadas, foram construídas e entregues somente cinquenta casas na Vila Piloto III, e mais cinquenta casas foram iniciadas no Jardim Maristela.

Segundo decisão posterior da Justiça, o fato de o Município não ter dinheiro em caixa para o pagamento de seus funcionários não exclui a responsabilização do Prefeito pela aplicação indevida de recursos que foram especificamente destinados à construção de casas populares. As provas colhidas nos autos demonstram uma profunda desorganização por parte da administração municipal quanto aos bens e dinheiros públicos, o que denota a falta de preocupação de Batiston, na qualidade de Prefeito, com o saneamento das contas públicas.

Percebendo a ineficácia de sua administração, sua inabilidade para com a política e a corrupção que persistia desde o governo anterior, José Pedro Batiston renunciou ao cargo, sendo substituído por seu vice, Darcy da Costa Filho.

Em 12 de junho de 2006, o juiz Albino Coimbra Neto, da 2ª Vara Criminal de Três Lagoas, julgou a Ação Penal Pública movida pelo Ministério Público contra José Pedro Batiston, acusado pelos crimes de peculato e emprego irregular de verbas públicas. O juiz condenou o ex-prefeito de Três Lagoas a pena de dois anos e oito meses de detenção.[1]

Referências

  1. a b c «Juiz condena ex-prefeito de Três Lagoas a 2,8 anos de prisão». MS Notícias. 12 de junho de 2006. Consultado em 4 de março de 2023. Arquivado do original em 29 de junho de 2006 
  2. Ferreira, Lívia (24 de março de 2008). «Ex-prefeito condenado a quase três anos de detenção». Correio do Estado. Consultado em 4 de março de 2023 

Precedido por
José Lopes
Prefeito de Três Lagoas
8 de abril31 de dezembro de 1985
Sucedido por
Antônio João Campos de Carvalho
Precedido por
Miguel Jorge Tabox
Prefeito de Três Lagoas
1 de janeiro de 1993— dezembro de 1995
Sucedido por
Darcy da Costa Filho