José Rodrigues Nunes
José Rodrigues Nunes (1800, Salvador, Bahia - 1881, Salvador, Bahia) foi um pintor, professor, decorador, restaurador, cenógrafo, encarnador brasileiro, discípulo de Franco Velasco (1780 - 1833).[1][2]
Lecionou desenho no "Liceu Provincial de Salvador" que funcionava no Convento da Palma, entre 1837 e 1859, tendo como alunos Olímpio Pereira da Mata, Macário José da Rocha,e João Francisco Lopes Rodrigues, Francisco da Silva Romão e, seu filho Francisco Rodrigues Nunes.[3] Além de professor, atuou como cenógrafo do "Teatro São José" durante muitos anos.[carece de fontes]
Trabalhos
[editar | editar código-fonte]É considerado um dos representantes da fase final da pintura colonial baiana. Realiza vários trabalhos, destacando-se: o forro e os painéis laterais da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, 1831-1834; as pinturas para a Irmandade do Santíssimo Sacramento da Matriz de São Pedro, 1839; os painéis laterais da nave da Irmandade do Santíssimo Sacramento do Passo, 1860, e os quadros representando os "Passos de Cristo", 1855, ajudou nas pinturas da Igreja do Bonfim, entre 1818 e 1820.[3][4]
Suas obras estão espalhadas em acervos de diferentes instituições, como na Faculdade de Medicina da Bahia (três pinturas), Instituto Histórico e Geográfico da Bahia (dois quadros), Irmandade do Santíssimo Sacramento da Matriz do Paço (dois painéis sobre A Transfiguração de Jesus e a Santa Ceia) e Museu de Arte da Bahia(nove quadros oriundos da coleção de Jonathas Abbott).[5]
Santa Izabel, São João e São Zacarias
[editar | editar código-fonte]Óleo sobre tela, guardado no Museu de Arte da Bahia, cópia de "O Sono do Pequeno São João", de autoria de Carlo Dolci do século XVII. Salvo pequenos detalhes, praticamente é uma transcrição literal do original.[5]
Santa Família (1820)
[editar | editar código-fonte]A obra está no Museu de Arte da Bahia, é uma cópia feita por José Rodrigues da obra de Annibale Carracci. Como ele nunca esteve na Europa, presume-se que está cópia foi feita com base em estampas da original.[6]
Nossa Senhora da Conceição (1880)
[editar | editar código-fonte]Retrata a Virgem com aparência jovial, envolta em nuvens, circundada por oito querubins. A obra encontra-se no Museu de Arte da Bahia.[6]
Retrato de Franco Velasco (1853)
[editar | editar código-fonte]Óleo sobre tela, retrato póstumo do pintor Franco Velasco, com o símbolo do calvário ao fundo e ele à frente com o pincel à mão. A obra encontra-se no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.[5]
Notas e Referências
- ↑ «O Barroco no Brasil». Consultado em 10 de março de 2009. Arquivado do original em 14 de março de 2009
- ↑ Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais
- ↑ a b «Seu gosto era copiar a arte alheia - Livro de Laudelino Freire». Consultado em 10 de março de 2009. Arquivado do original em 29 de junho de 2009
- ↑ «Os pintores do Bonfim». Consultado em 10 de março de 2009. Arquivado do original em 9 de janeiro de 2009
- ↑ a b c Pereira, Suzana Alice Silva (2005). «A pintura baiana na transição do barroco ao neoclássico». Consultado em 25 de agosto de 2021
- ↑ a b «Religiosidade Cristã e as Artes Plásticas - Museu de Arte da Bahia». Google Arts & Culture. Consultado em 25 de agosto de 2021