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João Joaquim de Carvalho Vasconcellos

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João Joaquim de Carvalho Vasconcellos
João Joaquim de Carvalho Vasconcellos
João Joaquim de Carvalho Vasconcellos
Deputado Estadual do Rio de Janeiro
Período 1 de janeiro de 1928
até 31 de dezembro de 1931
Deputado Constituinte do Rio de Janeiro
Período 1947
até 1949
1950
1952[1]
Prefeito de Araruama
Período 18 de fevereiro de 1924
até 3 de dezembro de 1927
31 de janeiro de 1954
até 5 de novembro de 1958
Dados pessoais
Nascimento 05 de abril de 1888
Araruama, Rio de Janeiro, Brasil
Morte 04 de maio de 1963 (75 anos)
Rio de Janeiro, Guanabara, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Primeira-dama D. Maria Carolina
Partido PRF[2]
PEF[3]
FPA[4]
Profissão Médico clínico geral

João Joaquim de Carvalho Vasconcellos (Araruama, 05 de abril de 1888Rio de Janeiro, 05 de abril de 1963) foi um político e médico clínico geral brasileiro. Foi o segundo prefeito de Araruama, reeleito anos depois.[5] Ganhou destaque por ser um dos principais médicos fluminense no combate a Pandemia de Gripe Espanhola, e por essa razão é patrono da Cadeira nº 57 da Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro [6]

Início da trajetória Médica

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João se muda muito novo de Araruama para a cidade do Rio de Janeiro com a intenção de estudar medicina na Faculdade Nacional de Medicina.[7][8][6] Seu professor Rocha Faria o leva para estagiar na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro.[6] Por saudade de sua família, resolve voltar para Araruama em 1914.[6]

Pandemia de Gripe Espanhola

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Ainda médico recém formado, se depara com o maior desafio médico de sua geração, a Gripe Espanhola.[9][10]

Se muda para Cabo Frio, tomando lugar e se tornando o único médico do município em plena pandemia. Se tornou famoso em toda a cidade.[6]

Apesar de saudável, foi infectado pela gripe.[6]

Carreira Política

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Devido a sua grande popularidade na Região dos Lagos, pelo fato de ser um dos únicos médicos da região, resolve investir na carreira política.Em 1924 é eleito Prefeito de Araruama.[11]

O jornal O Paiz, de 04 de dezembro de 1927, declara o Prefeito de Araruama como impedido do cargo.[12] Não se sabe o motivo, a teoria mais aceita é que, eleito Deputado Estadual, teria que se mudar de forma antecipada a Niterói (aonde ficava a antiga Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, atual Câmara Municipal de Niterói.)[13]

O presidente da Câmera de Vereadores de Araruama também foi declarado impedido, por não se encontrar na cidade. Com isso assume a presidência da Camera de Vereadores, e consequentemente a prefeitura, o vereador mais votado nas eleições de 1924.[12]

Assumiu então Francisco Libório da Silveira, para exercer um mandato tampão, entre 04 e 31 de dezembro de 1927.[12] Estavam presentes na posse de Francisco Libório: Feliciano Pires de Abreu Sodré (governador do Rio de Janeiro), Manuel Duarte (governador eleito), José Maria Castanho, Norival de Freitas (Deputado Federal) e Alves Silva.[12]

Concorre novamente a prefeitura em 1936, pela Frente Popular Araruamense, ficando em segundo lugar 614 votos. Antônio Joaquim Alves Branco venceu as eleições com 822 votos.[4]

Eleito Deputado Constituinte em 1947 e 1950, retorna a Araruama em 1953 para assumir novamente o cargo de prefeito.[5] Em sua gestão fundou a Fundação Casa Popular e o Centro de Prevenção do Câncer Ginecológico.[6]

Sua esposa D. Maria Carolina falece em Cabo Frio em 1922.

Em 1960 funda seu próprio hospital, o Hospital da Casa de Caridade.[6]

Referências

  1. Aureliano Biancarelli (1986). «O Defeito dessa bancada - Representar só 25% Da população - O que são Deputados Constituintes» (PDF). Senado Federal. Consultado em 31 de julho de 2020 
  2. «Partido Republicano Fluminense - Primeiro Distrito». Rio de Janeiro. O Imparcial (00175): 11. 24 de julho de 1930 
  3. «Partido Evolucionista Fluminense». Rio de Janeiro. Diário Carioca (01977): 4. 2 de janeiro de 1935 
  4. a b «Eleições Fluminense - Resultado da Eleição em Araruama». Rio de Janeiro. Diário Carioca (02457): 9. 19 de julho de 1936 
  5. a b «Prefeitura de Araruama». Prefeitura de Araruama. Consultado em 31 de julho de 2020 
  6. a b c d e f g h «Cadeira nº 57 - João Joaquim Carvalho de Vasconcellos». Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro. Consultado em 31 de julho de 2020 
  7. «Dias Acadêmicos - Faculdade de Medicina». Rio de Janeiro. A Imprensa (01576): 10. 16 de abril de 1912 
  8. «Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro». Rio de Janeiro. O Imparcial (00369): 6. 8 de dezembro de 1913 
  9. «Influenza pandemic of 1918–19» (em inglês). Encyclopaedia Britannica. 4 de março de 2020. Consultado em 22 de março de 2020 
  10. «Pandemic influenza: an evolving challenge» (em inglês). World Health Organization. 22 de maio de 1918. Consultado em 1 de fevereiro de 2020 
  11. «Influenza pandemic of 1918–19» (em inglês). Encyclopaedia Britannica. 4 de março de 2020. Consultado em 22 de março de 2020 
  12. a b c d «Rio de Janeiro». Rio de Janeiro. O Paiz (15790): 8. 4 de dezembro de 1927 
  13. Rafael Zuma. «Histórico». Consultado em 27 de abril de 2017