Karaokê

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Caraoquê em bar de Los Angeles, nos Estados Unidos
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Caraoquê[1] (カラオケ Karaoke?) é um hobby de origem japonesa no qual as pessoas cantam acompanhando versões instrumentais de músicas famosas.

Etimologia

A palavra "caraoquê", na língua japonesa, é um substantivo formado pelas palavras kara ( "vazia"?) e ōkesutora (オーケストラ "orquestra"?).

História

O caraoquê foi inventado por Daisuke Inoue (nascido em 10 de maio de 1940 em Osaka), que, em 1971, montou e alugou os primeiros 11 aparelhos para bares em Kobe. Infelizmente, ele não patenteou sua invenção e os aparelhos, fitas de reprodução e os CDs foram logo feitos pela indústria do entretenimento. Daisuke não ganhou praticamente nada com a sua invenção, que é agora mundialmente famosa. O recorde mundial de caraoquê foi estabelecido em 20 de julho de 2008 em um clube de caraoquê em Kouvala, em Helsínquia, na Finlândia: 446 horas, 4 minutos e 6 segundos cantando sem parar.

Tecnologia

A música tocada é gravada sem voz. Existem CDs de caraoquê especiais, geralmente no formato CD+G. Estes CDs incluem a versão instrumental da música e as informações de texto. Ao tocar o CD, o cantor e o público podem ouvir a música e o cantor ler o texto na tela ao cantar a música. A maioria usam para orientar o trecho a ser cantado marcado em cores ou com uma animação.

As últimas gerações são chamados "sistemas de caraoquê" All-In-One (Magic Sing, Magic Mic, Magic Singalong). Estes são totalmente sem CDs: aqui, a escolha da música é armazenada em um chipe dentro do microfone, o que reduz a quantidade de equipamentos na utilização de forma significativa. Uma opção de baixo custo é se tocar a música de caraoquê através da placa de som do computador. Há uma variedade de players de caraoquê, tais como o programa de computador profissional Silverjuke ou o jogo para o PlayStation 2 SingStar.

Caraoquê em Portugal

O caraoquê, em 1991, chegou, ao Algarve, pelas mãos de duas irmãs irlandesas, sendo levado para o centro do país pela família Gameiro, os primeiros portugueses a fazer caraoquê em Portugal. Com foco nos bares do distrito de Santarém, os proprietários da empresa "SOS som e luz profissional" abrilhantaram muitas horas de diversão, concursos nacionais e foram até os responsáveis pelo aparecimento de nomes consagrados da música atual, como Katia Guerreiro, que deu os seus primeiros passos na música acompanhada pelo caraoquê num concurso de vozes nacionais. Cada música normalmente começa com o interlocutor chamando: "Ora!", e a sua respectiva resposta: "Pois!", dão início à disputa.

José Gameiro, Pedro Gameiro, Rita Gameiro e Leontia apresentavam os seus espectáculos às quintas, sextas e sábados, por diferentes bares, discotecas, espectáculos ao ar livre e festas privadas, atuando todos os sábados sempre no "Carlos Bar", bar do Cartaxo que contava com a presença de vozes de todo o país para os diferentes concursos nacionais de caraoquê que por lá passaram.

Caraoquê no Brasil

No Brasil, quando se fala em caraoquê, as pessoas lembram dos estabelecimentos comerciais de entretenimento, sendo muito populares na região da Liberdade, em São Paulo. Qualquer um pode cantar para o público ou em salas privadas, acompanhado por músico ao vivo ou playbacks instrumentais, ou do aparelho de origem coreana que utiliza-se de cartuchos com seleções de músicas. Cada música normalmente começa com o interlocutor chamando: "Cara", e a sua respectiva resposta: "O quê!", dão início à disputa.

Para a colônia nipo-brasileira, falar em caraoquê é falar sobre os concursos que acontecem nos fins de semana, durante todo o ano, principalmente na cidade de São Paulo, onde acontecem, em média, três concursos por fim de semana em diferentes regiões da cidade. Nesses concursos, participam cantores amadores, divididos em diferentes categorias por nível técnico e idade. Em fevereiro, acontece o Paulistão de Caraoquê, e, em julho, o Concurso Brasileiro da Canção Japonesa - Brasileirão.

Referências

  1. Dicionário escolar da língua portuguesa/Academia Brasileira de Letras. 2ª edição. São Paulo. Companhia Editora Nacional. 2008. p. 266.

Ver também

Ligações externas