Koyo Kouoh

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Koyo Kouoh
Koyo Kouoh
Nascimento 1967 (57 anos)
Duala
Cidadania Camarões
Ocupação curadora, curadora de arte

Koyo Kouoh (Duala, 1967)[1] nasceu nos Camarões. É curadora e atua como Diretora Executiva e Curadora Chefe do Museu Zeitz de Arte Contemporânea da África na Cidade do Cabo desde 2019. Em 2015, o New York Times a chamou de "uma das mais proeminentes curadoras e gestoras de arte da África".[2] Vive e trabalha na Cidade do Cabo e em Dakar.

Infância e educação[editar | editar código-fonte]

Kouoh cresceu em Duala[3], estudou administração de empresas e bancos na Suíça[2], e administração cultural na França. Ela é fluente em francês, alemão, inglês e italiano.[2]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Inspirada pela antologia de escritos por mulheres afrodescendentes de Margaret Busby, Filhas da África - Daughters of Africa (1992), Kouoh editou conjuntamente um equivalente em língua alemã, Töchter Afrikas, que foi publicado em 1994.[3]

Em 2001 e 2003, Kouoh atuou como co-curadora - ao lado do escritor Simon Njiami - nos Encontros de Bamako (Rencontres de Bamako), uma bienal de fotografia realizada no Mali.[3]

De 2008 a 2019, Kouoh atuou como diretora artística fundadora da RAW Material Company,[4] um centro de arte, conhecimento e sociedade em Dacar. Foi também curadora do programa de educação na 1:54 Contemporary African Art Fair[5] em Londres.

Kouoh atuou como consultora curatorial para a documenta 12 (2007) e 13 (2012), foi co-curadora de Les Rencontres de la Photographie Africaine em Bamako em 2001 e 2003, bem como colaboradora com diferentes funções na Bienal de Dacar. Em fevereiro de 2014, foi incumbida pela União Europeia e pelo Ministério da Cultura do Senegal para o desenvolvimento de uma reforma completa da Bienal de Dacar. Posteriormente, Kouoh foi curadora da edição de 2016 da EVA International, a bienal de arte contemporânea da República da Irlanda.[6] Esteve no comitê de pesquisa que escolheu o curador polaco Adam Szymczyk como diretor artístico da documenta 14 em 2017.[2]

Desde 2019, Kouoh tem atuado como Diretora Executiva e Curadora-Chefe do Zeitz Museum of Contemporary Art Africa na Cidade do Cabo, África do Sul.[7]

Em 2020, Kouoh recebeu o Grande Prêmio Suíço de Arte / Prêmio Meret Oppenheim. O prêmio foi fundado em 2001 e homenageia personalidades do mundo da arte e da arquitetura, bem como da crítica, da curadoria e da pesquisa, que se distinguiram pelo trabalho de particular relevância e importância para a arte contemporânea e arquitetura na Suíça e além.[8]

Exposições[editar | editar código-fonte]

Os programas discursivos, as exposições e as publicações de Kouoh incluem artistas contemporâneos, pensadores, fotógrafos, escritores, ativistas, não artistas, designers, colecionadores, políticos, arquitetos, curadores e chefes. Especializada em fotografia, vídeo e arte no espaço público, foi curadora de inúmeras exposições internacionais e escreveu sobre a arte africana contemporânea. Os seus projetos mais recentes incluem Body Talk: Feminismo, Sexualidade e o Corpo no Trabalho de Seis Mulheres Artistas Africanas,[9] "Personal Liberties" (Liberdades Pessoais), um programa composto por três exposições, seminários, palestras, exposições e uma publicação sobre sexualidade na África, homossexualidade e homofobia, Condition Report on Building Art Institutions in Africa (Relatório da Condição sobre a Construção de Instituições de Arte na África),[10] uma coleção de ensaios resultantes do simpósio homônimo realizado em Dacar em janeiro de 2012, Word!Word?Word! Issa Samb and the undecipherable form (Palavra! Palavra?Palavra! Issa Samb e a forma indecifrável),[11] a primeira monografia dedicada ao trabalho do seminal artista processual senegalês, Issa Samb. Para além de um corroborado programa teórico e expositivo na RAW Material Company, Koyo Kouoh mantém uma dinâmica atividade curatorial internacional.

Outras atividades[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Sean O’Toole (January 27, 2020), Zeitz Museum Director Koyo Kouoh Looks to Transform South Africa’s Art Scene ARTnews
  2. a b c d e f Ginanne Brownell Mitic (October 1, 2015) Curator Puts Contemporary African Art on the Map New York Times.
  3. a b c Sean O’Toole (January 27, 2020), Zeitz Museum Director Koyo Kouoh Looks to Transform South Africa’s Art Scene ARTnews.
  4. «RAW Material» 
  5. «1:54 Contemporary Art Fair» 
  6. http://eva.ie/still-the-barbarians
  7. Gareth Harris (March 5, 2019), Zeitz Mocaa appoints new director following #MeToo scandal The Art Newspaper.
  8. «Prix Meret Oppenheim 2020». www.e-flux.com (em inglês). Consultado em 20 de julho de 2020 
  9. Kouoh, Koyo (2015). Body Talk: Feminism, Sexuality and the Body in the Work of Six African Women Artists. [S.l.: s.n.] ISBN 9782940524358 
  10. Kouoh, Koyo (2013). Condition report : symposium on building art institutions in Africa = Etat des lieux : symposium sur la création d'institutions d'art en Afrique. Ostfildern: Hatje Cantz. ISBN 9783775737494 
  11. Samb, Issa. Word! Word? Word!. [S.l.]: Ram Publications. ISBN 3956790278 
  12. Boards Goethe-Institut.
  13. Alex Greenberger (October 4, 2018), Chimurenga Named Winner of Vera List Center’s 2018–20 Jane Lombard Prize for Art and Social Justice ARTnews.
  14. Matthew Blackman (October 31, 2018), Zeitz Mocaa: Africa’s private ‘Tate Modern’ must do more for its public The Art Newspaper.