La isla mínima

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La isla mínima
Espanha
Direção Alberto Rodríguez Librero
Roteiro Alberto Rodríguez Librero
Rafael Cobos López
Elenco Jesús Castro
Julián Candón
Manolo Solo
Mercedes León
Raúl Arévalo
Adelfa Calvo
Antonio de la Torre
Javier Gutiérrez
Jesús Carroza
Nerea Barros
Salva Reina
Gênero dramafilme de suspense
Música Julio de la Rosa
Cinematografia Alex Catalán
Distribuição Vertigo Média
Lançamento 2014, 4 de agosto de 2016, 11 de junho de 2015, 18 de junho de 2015
Duração 105 minuto
Prêmios recebidos European Film Award – People's Choice Award for Best European Film

La isla mínima (br Pecados Antigos, Longas Sombras,[1] pt Terras Pantanosas[2]) é um filme espanhol de 2014 de género policial, dirigido por Alberto Rodríguez Librero.[3]

Enredo[editar | editar código-fonte]

Em 1980, os detectives policiais madrilenos Pedro Suarez e Juan Robles são mandados para uma localidade nos anduriais andaluzes, das marismas do Guadalquivir, no interior espanhol, para investigar o desaparecimento de duas irmãs adolescentes (Carmen e Estrella), durante as festas populares. Pedro, ostensivamente crítico do passado franquista de Espanha, depara-se com problemas com as autoridades locais, saudosas do antigo regime, ao passo que Juan consegue relacionar-se melhor naquele meio.[4]

Os detectives encontram-se com o pai das raparigas, Rodrigo, um pescador local. Embora Rodrigo e a sua esposa, Rocío, aleguem que as suas filhas eram raparigas pacatas e comuns, sem que houvesse motivos para o seu desaparecimento, os detectives ficam a saber pela polícia local que as duas adolescentes eram conhecidas por se envolverem em promiscuidades e pela juventude local que as duas tinham aspirações de fugir da localidade. A mãe, Rocío, dá aos detectives uma fita de negativos fotográficos chamuscada, onde se entrevêem as jovens desaparecidas, nuas e na cama com um homem desconhecido, cujo rosto é ofuscado pelo flash da câmara. Pouco depois, são descobertos os cadáveres das irmãs, enjeitados no brejo da localidade, com vestígios de terem sido violadas, mutiladas e torturadas antes de as matarem.

Transtornados e sem pistas, os detectives decidem seguir Quini, o bem-parecido ex-namorado de Carmen. Quini, que ora se encontra a namorar com outra rapariga da localidade, Marina, arranja maneira de se escamotear aos detectives, enquanto estes o seguiam, e de os surpreender para os ameaçar com uma navalha. Depois de o desarmarem e escorraçarem, os detectives concluem que o Quini deve fazer parte do que quer que estivesse por detrás dos homicídios. O problema muda de figura, quando um bêbado local, Castro, relata aos detectives uma ocorrência similar à das irmãs, que já ocorrera antes, à sua ex-namorada, Beatriz, quando ela se aproximara de Quini e das irmãs, tendo os seus restos mortais sido descobertos mais tarde, desmembrados por entre os brejos, junto com uma maleta.[4]

Pedro e Juan continuam a investigação, desvendando aos poucos inúmeros segredos. Como, por exemplo, que as balsas do rio e das marismas estavam a ser usadas no contrabando de heroína e que Rodrigo furtara um quilo e a vendera, o que lhe valera a inimizade de pessoas influentes da localidade. Contudo, os íncolas envolvidos nos negócios da droga abordam os detectives, revelando as suas actividades narcotraficantes, por inteiro e às claras, mas advertindo que não tiveram qualquer envolvimento nos homicídios. Um desses íncolas auxilia na investigação, ao descrever uma viatura branca, marca Dyane 6, que viu ao pé da igreja abandonada, onde fora encontrada a carteira de uma das irmãs.

Depois de rebuscar por entre os pertences das vítimas, os detectives conseguem estabelecer nexos causais que lhes apontam para Quini e para um sujeito chamado Sebastián, ao encontrarem um conjunto de panfletos publicitários de ofertas de emprego, para fora da localidade, dirigidos a mulheres. Ao esquadrinhar o passado de Sebastián, descobrem um antigo mandado de captura emitido contra ele, por suspeitas de abusos sexuais a menores. Isto serve para consedimentar a suspeita de que ele poderia ser o culpado principal. Juan e Pedro deduzem que Quini e Sebastián estariam envolvidos numa rede criminosa, que visava embair jovens locais, desejosas de abandonar a localidade, em busca de melhores oportunidades de vida e de uma maior independência pessoal num meio citadino, por meio de panfletos publicitários de ofertas de emprego, por molde a raptá-las e fazer delas escravas sexuais, prendendo-as numa antiga coutada de caça.[4]

A relação dos detectives torna-se tensa, porém, quando Pedro descobre o passado franquista de Juan, que enquanto membro da polícia política alvejou uma rapariga durante uma manifestação anti-regime. Pedro também perde a calma, quando um terceiro suspeito, Alfonso Corrales, que se valeu das suas influências políticas junto das autoridades locais, para puxar uns cordelinhos e ser ilibado do caso.

Os detectives continuam a investigação, acabando por descortinar que Sebastián é o caseiro da coutada de caça. Pedro tenta ir no encalço do Dyane 6 branco de Sebastián, mas perde-o no meio dos brejos. Com a ajuda de um caçador local, Jesús, o trio acaba por conseguir apanhar Sebastián, por entre as marismas. Pedro, Juan e Jesús são todos alvejados por Sebastián, mas no comenos em que Sebastián se preparava para fuzilar Pedro, Juan consegue apanhá-lo de surpresa e apunhalá-lo reiteradamente. Mal Sebastián cai à marisma inânime, Juan abre a mala do carro, onde descobre Marina, pejada de hematomas e em trajes menores. [4]

A localidade regressa ao seu estado pachorrento e pacífico. O sindicato dos trabalhadores cessa com a greve. Tudo parece estar a confluir para um final risonho, Pedro é promovido e obtém uma colocação numa esquadra mais próxima da família. Na última noite na localidade, Pedro recebe fotografias incriminatórias de Juan, vindas de um jornalista local que ajudou no caso. Juan justifica a sua conduta na manifestação anti-regime, dizendo que estava apenas a encobrir um sinistro, resultante de uma bala perdida, disparada por um colega. Persistindo em ocultar o seu papel na polícia política franquista, em que dava pela alcunha de "El Cuervo".

Na manhã seguinte, antes da derradeira separação, Juan pergunta-lhe se ainda está apreensivo em relação a ele. Pedro não lhe responde. A narração termina assestando um futuro incerto para os dois. [4]

Elenco[editar | editar código-fonte]

  • Raúl Arévalo é Pedro Suárez.
  • Javier Gutiérrez é Juan Robles.
  • Antonio da Torre é Rodrigo.
  • Nerea Barros é Rocío.
  • Jesús Castro é Joaquín Varela "Quini".
  • Mercedes León é Senhora Casa Coto.
  • Adelfa Calvo é Fernanda
  • Manolo Só é o jornalista.
  • Cecilia Villanueva é María
  • Salva Rainha é Jesús
  • Jesús Carroza é Miguel
  • Juan Carlos Villanueva é o juiz Andrade
  • Alberto González é Alfonso Currais.
  • Manuel Salgas é Sebastián Rovira Gálvez.
  • Ana Tomeno é Marinha
  • Beatriz Cotobal é a mãe de Marinha
  • Marga Reis Castellot é Macarena

Gravações cinematográficas[editar | editar código-fonte]

O filme foi galardoado com os seguintes prêmios:

  • Concha de Prata do Festival de San Sebastián 2014 ao melhor actor para Javier Gutiérrez.
  • Prêmio do júri do Festival de San Sebastián 2014 à melhor fotografia para Álex Catalão.[5]
  • 2 Prêmio Forqué 2014: a melhor longa-metragem de ficção e ao melhor actor para Javier Gutiérrez.[6]
  • 5 Prêmios Feroz: ao melhor filme (drama), à melhor realização para Alberto Rodríguez, ao melhor actor protagonista para Javier Gutiérrez, à melhor música original para Julio da Rosa e ao melhor trailer.[7]
  • Prêmio do público na 28ª gala da Academia do Cinema Europeu, celebrada em 2015 em Berlim.[8][9]

O filme contou com 17 candidaturas aos prémios Goya na sua 29ª edição e obteve 10 prêmios:

XXIX edição dos Prêmios Goya
Categoria Pessoa Resultado
Melhor filme Ganhador
Melhor director Alberto Rodríguez Ganhador
Melhor actor protagonista Javier Gutiérrez Ganhador
Raúl Arévalo Nominado
Melhor actriz de partilha Mercedes León Nominada
Melhor actor de partilha Antonio da Torre Nominado
Melhor actriz revelação Nerea Barros Ganhadora
Melhor gião original Rafael Cobos Alberto Rodríguez


Ganhadores
Melhor música original Julio da Rosa Ganhador
Melhor fotografia Alex Catalão Ganhador
Melhor montagem José M. G. Moyano Ganhador
Melhor direção artística Pepe Domínguez Ganhador
Melhor direção de produção Manuela Ocón Nominado
Melhor desenho de vestuário Fernando García Ganhador
Melhor maquilhagem e Cabelareiro Yolanda


PiñaSylvie Imbert

Nominado
Melhor som Daniel de Zayas Nacho Royo-Villanova Pelayo Gutiérrez






Nominados
Melhores efeitos especiais Pedro


MorenoJuan Ventura Pecellín

Nominados
Medalhas do Círculo de Escritores Cinematográficos[10][11]
Categoria Pessoa Resultado
Melhor filme Ganhadora
Melhor director Alberto Rodríguez Ganhador
Melhor actor Javier Gutiérrez Ganhador
Raúl Arévalo Nominado
Melhor actor secundário Antonio da Torre Nominado
Melhor actriz revelação Nerea Barros Ganhadora
Melhor guion original Rafael Cobos Alberto Rodríguez


Ganhadores
Melhor música Julio da Rosa Ganhador
Melhor fotografia Alex Catalão Ganhador
Melhor montagem José M. G. Moyano Ganhador
LIX edição dos Prêmios Sant Jordi[12]
Categoria Pessoa Resultado
Melhor actor em filme espanhol Javier Gutiérrez Ganhador
Raúl Arévalo Ganhador
Prêmios Platino[13]
Ano Categoria Candidato Resultado
2014 Melhor Filme Iberoamericana de Ficção Nominado
Melhor Direcção Alberto Rodríguez Livreiro Nominado
Melhor Interpretação Masculina Javier Gutiérrez Álvarez Nominado
Melhor Guion Rafael Cobos, Alberto Rodríguez Livreiro Nominado
Melhor Música Original Julio da Rosa Nominado
Melhor Direcção de Montagem José M. G. Moyano Nominado
Melhor Direcção de Arte Pepe Domínguez Nominado
Melhor Direcção de Fotografia Álex Catalão Ganhador[14]
Melhor Direcção de Som Daniel de Zayas, Pelayo Gutiérrez, Nacho Royo-Villanova Nominado

Referências