Lavatera trimestris

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Classificação científica
Reino: Plantae
Clado: angiospérmicas
Clado: eudicotiledóneas
Ordem: Malvales
Família: Malvaceae
Género: Lavatera
Espécie: L. trimestris
Nome binomial
Lavatera trimestris
L.

Lavatera trimestris é uma espécie de planta com flor pertencente à família Malvaceae, conhecida pelos nomes comuns de Lavatera-de-três-meses ou Malva-de-três-meses.[1]

A autoridade científica da espécie é L., tendo sido publicada em Species Plantarum 2: 692. 1753.


Descrição[editar | editar código-fonte]

É uma planta herbácea perene ou terófita[2][3], consoante o clima. Dispõe de talos erectos, muito ramificados, que podem atingir entre os 20 e os 80 centímetros de altura. O talo é dotado de um indumento (que é o nome que se dá ao revestimento que enroupa os órgãos vegetais das plantas)[4] de pêlos estrelados ou fascículados ou por pêlos simples.[5]

As folhas são caducas, trilobadas e dentadas, se bem que as inferiores também podem ser arredondadas, todas de uma tonalidade verde-clara, prásina ou verde-amarelado.[3]

As flores despontam das axilas do talo, a partir de pedúnculos grandes, de dimensões maiores do que o pecíolo da folha axilante, na ponta dos talos. São flores solitárias e em forma de trompeta, com pétalas crenadas, obovais (em forma de ovo invertido)[6], cuneiformes e subemarginadas[7], com corolas rosa-claro ou liláses, raiadas a roxo.[5]

Floresce de Março a Junho.[1]

Distribuição[editar | editar código-fonte]

É nativa da zona mediterrânica, desde a Turquia até à Península Ibérica.[8]

Portugal[editar | editar código-fonte]

Trata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente em Portugal Continental, concretamente nas regiões a Sul do Mondego, mais precisamente nas zonas do Centro-oeste calcário, do Centro-oeste olissiponense, do Centro-sul miocénico, do Centro-sul arrabidense, do Centro-sul plistocénico, do Sudeste setentrional, do Sudeste meridional, do Sudoeste setentrional, do Sudoeste meridional, do Barrocal algarvio, do Barlavento e do Sotavento, bem como, ainda, no Arquipélago dos Açores.[9]

Em termos de naturalidade é nativa de Portugal Continental e introduzida no Arquipélago dos Açores.

Ecologia[editar | editar código-fonte]

Trata-se de uma planta de habitat ruderal, que é tanto capaz de medrar em courelas agricultadas, como em charnecas, de tal sorte que se pode encontrar, também em bouças, pradarias, ermos e bermas de estradas. Privilegia os solos de substracto argiloso, calcário ou arenoso.[10]

Protecção[editar | editar código-fonte]

Não se encontra protegida pela legislação portuguesa ou da Comunidade Europeia, e não se considera uma espécie que inspire cuidados quanto à sua preservação[2]

Referências

  1. a b «UTAD- Jardim Botânico -Lavatera_trimestris». Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Consultado em 25 de janeiro de 2021 
  2. a b «Lavatera trimestris L.». Herbari Virtual del Mediterrani Occidental (em inglês). Consultado em 25 de janeiro de 2021 
  3. a b «Flora-On | Flora de Portugal interactiva». flora-on.pt. Consultado em 25 de janeiro de 2021 
  4. «Dicionário Online - Dicionário Caldas Aulete - Significado de indumento». aulete.com.br. Consultado em 25 de janeiro de 2021 
  5. a b Castroviejo, S. (coord. gen.). 1986-2012. Flora iberica 234. Real Jardín Botánico, CSIC, Madrid.
  6. Infopédia. «oboval | Definição ou significado de oboval no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 25 de janeiro de 2021 
  7. Infopédia. «emarginado | Definição ou significado de emarginado no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 25 de janeiro de 2021 
  8. Malva trimestris en The Euro+Medit PlantBase
  9. «UTAD- Jardim Botânico -Lavatera_trimestris». Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Consultado em 25 de janeiro de 2021 
  10. «Flora-On | Flora de Portugal interactiva». flora-on.pt. Consultado em 25 de janeiro de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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